Curiosidades

Estudante de BH quebra recorde mundial de memorização

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Existem aquelas pessoas que têm uma memória muito boa e aquelas que reclamam de sua memória ruim. Mas com certeza, mesmo as que dizem ter uma memória boa não se comparam com esse menino. Com apenas 17 anos, esse estudante de Belo Horizonte conseguiu memorizar e falar 10.122 casas decimais do número de Euler.

Por conta disso, Maike Anthony Silva, aluno de eletrotécnica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), se tornou o novo recordista mundial de memorização reconhecido pelo Guinness World Records nesta semana.

Em uma entrevista, o estudante contou que se preparou durante um ano para conseguir memorizar todos esse números. O teste foi feito em fevereiro e tinha várias regras a serem cumpridas, além de ter que ser testemunhado e filmado. De acordo com Maike, o número a ser batido do recorde anterior era de 4.500 casas decimais.

Recorde

Bhaz

“Eu tinha que falar todos os dígitos com duas testemunhas e um cronometrista. Não podia dar uma pausa maior que 15 segundos entre um dígito e outro e não tinha intervalo, já que tava tudo sendo gravado. Se eu errasse algum dígito eu podia me corrigir, mas apenas antes de falar o próximo. No meu caso, nem precisei. Falei todos de primeira. Depois foi só pegar a gravação e mandar para o Guinness”, explicou ele.

Essa paixão dele por memorizar as coisas surgiu por acaso enquanto ele estava se preparando para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Quando estava no primeiro ano do Ensino Médio, Maike se debruçou sobre os estudos de cálculo mental e logo se encantou.

“A maioria dos livros sobre o assunto era em inglês e eu não lia nada na época, então comecei a estudar sozinho para aprender. Depois de ler esses livros, comecei a memorizar várias coisas para praticar a técnica que eu havia aprendido. Publiquei tudo no meu YouTube e, eventualmente, encontrei esse recorde no Guinness”, disse.

Memorizar

Gustavo Furtado

O número de Euler, que foi o memorizado pelo estudante, é uma constante matemática com infinitas casas decimais e valor aproximado de 2,7182. E segundo Maike, conseguir quebrar esse recorde ainda tão novo lhe deu uma grande lição de resiliência e persistência.

“É muito bom porque você cria um objetivo que vai demorar muito para ver se realizando. Você enfrenta muitas frustrações no meio do processo, mas no final, quando você consegue, dá aquele alívio. É um sentimento de satisfação muito grande”, concluiu ele.

Memorizar melhor

Hypescience

Se você é uma pessoa que tem dificuldade em memorizar as coisas, com a técnica certa, é possível fazer com que você se lembre do que quiser. De acordo com Nelson Dellis, Campeão da Memória dos EUA quatro vezes e Grande Mestre da Memória, não é preciso depender totalmente do smartphone.

Segundo ele, com um pouco de aplicação todas as pessoas podem melhorar a própria memória.

Para começar com uma memorização simples pense nas sete maravilhas do mundo. Nelson indica que para memorizá-las melhor, a pessoa deve transformar cada uma delas em uma imagem mental simples, estranha e fácil de lembrar. Por exemplo, a Grande Muralha da China pode ser imaginada como somente a imagem de uma parede.

“Usar imagens mentais suculentas como essas é extremamente eficaz. O que você deve fazer é criar grandes memórias multissensoriais”, afirmou Julia Shaw, pesquisadora em psicologia da University College London e autora de dois livros sobre memória.

As imagens mentais têm que ser criadas para que a pessoa possa quase cheirar, passar a mão, sentir e ver. Tudo para que elas sejam o mais marcante possível. Segundo estudos do cérebro, a amígdala, parte reptiliana primitiva e emocional do cérebro, impulsiona várias partes do cérebro para armazenar memórias. Por isso, aquelas que causam emoções fortes têm uma probabilidade maior de serem fixadas.

Depois disso, Nelson propõe que a pessoa coloque as imagens em algum lugar que elas conheçam bem. Ele coloca as sete maravilhas do mundo em sua própria casa, como por exemplo, logo na entrada, que tem um muro alto que representa a Muralha da China. Ele diz que imagens estranhas são as melhores e mais marcantes.

Essa técnica se chama “Palácio da Memória”, e Nelson diz que é ótima para lembrar coisas em uma determinada ordem. Ela relaciona o que a pessoa tem que lembrar com um lugar real e bastante conhecido.

Os estudos mostraram que as pessoas que tentam memorizar coisas usando essa técnica têm uma atividade mais intensa na região occipitoparietal do cérebro. Isso é uma indicação de que a técnica também ajuda outras áreas do cérebro que são usadas por outros sentidos.

Claro que memorizar as sete maravilhas do mundo é uma coisa simples. Mas agora quando se precisa memorizar coisas maiores a motivação necessária para isso tem que ser maior. Para isso, Nelson sempre repetia para si o mesmo mantra. “Quero memorizar isso, quero memorizar isso”, repetia ele. Essa pode parecer uma frase simples, mas ela mantinha a atenção dele no objetivo.

Depois que as imagens mentais já foram classificadas e colocadas em ordem no palácio mental, o que resta é passear pelo palácio com uma certa frequência. E fazer isso serve para ter certeza que as imagens não sairão da cabeça.

Fonte: Bhaz, Hypescience

Imagens: Bhaz, Gustavo Furtado, Hypescience

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