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Existe viagem no tempo? A impressionante descoberta que desafia as leis da física

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Todo mundo já quis voltar no tempo para corrigir alguma coisa, não é mesmo? Uma atitude que teve, algo que falou, ou simplesmente reviver um bom momento. Se não para o passado, pelo menos para o futuro quase todos nós já tivemos a vontade de viajar. Mas em praticamente todos os filmes que mostram viagens no tempo, vemos que se mexermos em algum fato do passado, mesmo que mínimo, isso pode acarretar mudanças bruscas no  futuro.

No entanto, essa possibilidade ainda fascina muitas pessoas. Justamente por isso que vários estudos sobre viagem no tempo são feitos. Nos filmes de ficção científica, um conceito clássico para conseguir voltar ao passado é através do buraco de minhoca. Porém, na realidade, os cientistas têm cogitado que o interior dos buracos negros possa ser onde esse portal para o passado esteja.

Estudo

Ciência hoje

Com isso em mente, os pesquisadores Valeri P. Frolov, da Universidade de Alberta, e Andrei Zelnikov, da Universidade Charles em Praga, resolveram estudar os detalhes da viagem no tempo com o ponto de vista da física.

Voltando em 2016, uma outra equipe de cientistas tinha proposto que os buracos de minhoca poderiam ter um formato de anel e não terem matéria nas suas entradas. E um estudo mais recente deu um passo mais além e sugeriu que os objetos que deslizassem pelos buracos de minhoca poderiam ir direto para o passado.

Para o estudo de Frolov e Zelnikov, eles fizeram seus cálculos tendo como base esses modelos anteriores. Com isso, eles teorizaram que os atalhos cósmicos poderiam existir nos campos gravitacionais fracos e que fossem livres das influências de planetas ou estrelas que estivessem por perto. Além disso, os pesquisadores colocaram mais um ponto bem interessante: para que uma viagem no tempo seja bem sucedida, a entrada do buraco de minhoca deveria estar em um campo gravitacional mais forte do que a saída.

Esses buracos de minhoca, que também são chamados de pontes de Einstein-Rosen, são relacionados com a teoria da relatividade. Eles funcionam como becos cósmicos sem saída que têm duas extremidades ligadas por uma garganta única e transportadora de matéria. Mesmo que isso seja teorizado, até o momento ela não passa de uma teoria, visto que pesquisadores ainda não conseguiram analisar de fato essa estrutura.

Viagem no tempo

viagem no tempo

History

E quando o assunto é viagem no tempo, um nome importantíssimo é o de Ludwig Flamm. Esse cientista austríaco foi o primeiro a propor que buracos de minhoca existiam, e isso foi em 1916.

Se o ponto de vista do estudo de Frolov e Zelnikov era o da física, como ela justifica a viagem no tempo? A resposta volta para a teoria da relatividade. Resumidamente, as partículas se mexem através do espaço-tempo durante suas trajetórias e se curvam para minimizar o comprimento do espaço-tempo. A teoria da relatividade especial sugere que o tempo pode se estender para um observador que esteja em movimento quando comparado com um que está em repouso.

Contudo, por mais que o tempo possa se estender, isso não quer dizer que as pessoas possam voltar para algum dia da semana passada para consertar alguma coisa. No entanto, na esfera da relatividade geral existe um pouco de esperança: a potencial existência de singularidades como buracos negros, onde a curvatura do espaço-tempo se comporta de uma forma totalmente estranha.

São essas regiões que atiçam a teoria de “linhas de tempo fechadas” ou “curvas de tipo-tempo fechadas”. Nela, o tempo poderia, em teoria, fazer um loop em si mesmo.

Efeitos

viagem no tempo

Achei saturno

Nos filmes de ficção científica, o chamado “efeito borboleta” é uma grande preocupação com as pessoas que fazem uma viagem no tempo e mudam alguma coisa no passado, alterando todo o futuro.  Agora, os físicos têm motivos para acreditar em uma paisagem quântica. E ajustar a história dessa forma não deve ser um grande problema. Voltar a um momento que já passou ainda está na categoria “muito difícil”. Mas os físicos do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA, criaram uma simulação usando um computador quântico IBM-Q.

“Em um computador quântico não há problema em simular a evolução oposta no tempo ou em executar um processo ao contrário no passado”, disse o físico teórico Nikolai Sinitsyn.

Claro que isso não tem a mesma complexidade que um universo com pessoas e eventos históricos. Mas uma etapa pequena feita de estados quânticos correlacionados foi o suficiente para os pesquisadores reproduzirem eventos com pequenas mudanças para ver como as coisas acontecem.

“Para que possamos realmente ver o que acontece com um mundo quântico complexo, se voltarmos no tempo, adicionarmos pequenos danos e voltarmos. Descobrimos que nosso mundo sobrevive. O que significa que não há efeito borboleta na mecânica quântica“, explicou Sinitsyn.

Em 1952, Ray Bradbury se referiu ao chamado efeito borboleta em seu conto “A sound of thunder”, em que seu personagem mudou o futuro pelo simples fato de ter pisado em uma borboleta.

Fora da ficção, a física da teoria do caos tem sua própria referência ao poderoso efeito borboleta em uma palestra feita pelo meteorologista Edward Lorenz, em 1972. Essa versão da teoria tem consequências de longo alcance que não conseguiríamos prever por conta da complexidade desses eventos.

“Descobrimos que, mesmo que um invasor realize medições que danifiquem o estado no estado fortemente emaranhado, ainda podemos recuperar facilmente as informações úteis. Porque esse dano não é ampliado por um processo de decodificação”, explicou Yan.

“Descobrimos que a noção de caos na física clássica e na mecânica quântica deve ser entendida de maneira diferente”, concluiu Sinitsyn.

Fonte: Mistérios do mundo

Imagens: Ciência hoje, History, Achei saturno

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