Entretenimento

Exoplanetas ‘gêmeos’ e possivelmente feitos de água são descobertos

0

Na década de 1990, o primeiro exoplaneta (corpo celeste que não orbita em torno do sol e não faz parte do nosso sistema solar) foi descoberto. Desde então, milhares de outros parecidos já foram descobertos além do nosso sistema solar. Às vezes foi por isso que com o passar do tempo as descobertas de exoplanetas não foi uma notícia tão espetacular assim. No entanto, isso não quer dizer que elas não sejam importantes.

Tanto é que elas podem ser extremamente interessantes. Isso porque, depois de anos de trabalho, os cientistas querem chegar ao impressionante número de cinco mil exoplanetas confirmados. Felizmente, as descobertas de novos parecem não parar.

Por exemplo, agora, astrônomos da Universidade de Montreal, no Canadá, encontraram evidências de dois mundos aquáticos. Esses exoplanetas têm uma grande porção de água em vapor no seu volume e estão em órbita de uma anã vermelha em um sistema que fica a 218 anos-luz de nós.

Descoberta

Galileu

Os pesquisadores que fizeram essa descoberta foram liderados por Caroline Piaulet, estudante de doutorado do Trottier Institute for Research on Exoplanets (iREx).

Em 2014, através dos dados do Telescópio Espacial Kepler da NASA, os astrônomos conseguiram detectar três planetas que estavam orbitando a estrela Kepler-138. Eles observaram isso depois de verem uma queda na luz estelar durante um trânsito planetário.

Entre 2014 e 2016, eles também observaram esse sistema através dos telescópios Hubble e Spitzer. O sistema era feito dos planetas Kepler-138b, Kepler-138c e Kepler-138d.

Como resultado, as observações sugeriram que um quarto planeta existia, o chamado Kepler-138e. Esse seria um pequeno exoplaneta mais distante da sua estrela do que os outros. Ao todo, ele levaria 38 dia para completar sua órbita.

Esse planeta tem a mesma massa de Marte e está em uma proximidade da sua estrela na qual recebe uma quantidade de calor que o faz não ser muito quente e nem muito frio. Isso lhe permite ter água líquida. No entanto, a natureza desse mundo ainda não é conhecida. Até porque, ele parece que não transita por sua estrela hospedeira.

Exoplanetas

SciTechDaily

Em um estudo, os pesquisadores fizeram a comparação entre os tamanhos e as massas dos exoplanetas Kepler-138c e Kepler-138d. Com isso, eles estimaram que até metade do volume dos dois deve ser composta por materiais mais leves do que a rocha, contudo, mais pesados do que o hidrogênio ou hélio. Nesse ponto, o material mais comum é a água.

Sabendo disso, os cientistas viram que estavam em frente a dois possíveis oásis. Eles descobriram que ambos os exoplanetas, que têm 1,5 vez o tamanho da Terra, podem ter a mesma massa. Essa descoberta pode ser a primeira vez que exoplanetas são descobertos com a mesma fração de água.

“Antes pensávamos que planetas um pouco maiores que a Terra eram grandes bolas de metal e rocha, como versões ampliadas da Terra, e é por isso que os chamamos de superterras. No entanto, agora mostramos que esses dois planetas, Kepler-138c e d, são bastante diferentes em natureza: uma grande fração de todo seu volume é provavelmente composta de água”, explicou  Björn Benneke, coautor do estudo.

Além disso, esses planetas têm uma densidade bem mais baixa que a Terra, mas com volumes até três vezes maiores. Por conta disso, os pesquisadores os compararam com as luas geladas no sistema solar externo. Isso porque elas também são feitas, na sua maior parte, de água ao redor de um núcleo rochoso.

“Imagine versões maiores de Europa ou Encélado, as luas ricas em água orbitando Júpiter e Saturno, mas muito mais próximas de sua estrela. Em vez de uma superfície gelada, Kepler-138 c e d abrigariam grandes envelopes de vapor d’água”, pontuou Piaulet.

Mesmo sendo compostos por água, os pesquisadores disseram que esses exoplanetas podem não ter oceanos assim como os vistos do nosso planeta. Isso acontece porque as atmosferas desses planetas devem ter temperaturas acima do ponto de ebulição da água. Isso faria com que essas atmosferas fossem densas e espessas.

“Somente sob essa atmosfera de vapor poderia haver água líquida em alta pressão, ou mesmo água em outra fase que ocorre em altas pressões, chamada de fluido supercrítico”, concluiu Piaulet.

Fonte: Galileu

Imagens: SciTechDaily, Galileu

Pessoas atiram na maior ave de rapina do Brasil por ‘curiosidade’

Artigo anterior

Johnny Depp e Amber Heard chegam a acordo e encerram disputa judicial

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido