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Experiência mostra que gatos com fome podem comer corpos humanos

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O mundo geralmente é dividido entre as pessoas que amam os gatos e as pessoas que são apaixonadas pelos seus cachorros. E de fato, os bichinhos são realmente diferentes, e consequentemente, o perfil das pessoas que se atraem tanto para um lado, quanto para o outro também.

Os gatos podem parecer animais ariscos e egoístas, à primeira vista. Contudo, em uma relação que, geralmente, é exclusiva com o seu dono, eles se entregam e demonstram todo o potencial de carinho que são capazes de nutrir. Sendo assim, as pessoas, que preferem gatos, estão sempre defendendo seus bichinhos e mostrando que eles são sim carinhosos e companheiros.

Mas os gatos podem ter um hábito um pouco estranho. Um corpo em decomposição pode ser uma coisa que enjoa muitos animais e pessoas. Mas para outros é visto como uma recompensa.

Um novo estudo mostrou como os gatos selvagens, que estavam em uma instalação em decomposição no Colorado, deslizaram pelas grades para irem se alimentar de cadáveres humanos.

Eles pareciam ter uma preferência. Foram observados que dois gatos selvagens, um gato malhado e um preto iam repetidamente a cadáveres específicos para se alimentar.

Esse comportamento não é uma coisa inédita. Mas eles são raramente documentados. E parece ser uma coisa, que aconteceria em uma casa onde o dono morresse e o gato ficasse trancado na casa. Mas, conseguir observá-los na “natureza” pode ajudar na compreensão dos gatos serem sequestradores de cadáveres.

Pesquisa

Segundo o que os pesquisadores colocaram em seu artigo: “devido à prevalência de gatos selvagens nos Estados Unidos e no mundo, a compreensão dos padrões e comportamentos desses catadores pode ajudar na distinção entre danos nos tecidos perimortem e post-mortem”.

Nas instalações de pesquisa de decomposição, cadáveres de pessoas são deixados ao ar livre, para os cientistas observarem as mudanças que o tempo provoca nos corpos. Olhar os corpos ao ar livre, ajuda os cientistas forenses a determinar o momento e a causa da morte dos corpos que são encontrados já em um estado avançado de composição.

E por causa de animais catadores, tanto noturnos quanto diurnos, são colocadas câmeras para que os cadáveres sejam monitorados. E foram essas câmeras na Estação de Pesquisa Forense da Colorado Mesa University, que mostraram os gatos selvagens indo até os cadáveres para se alimentar.

Dizer que o gato é selvagem apenas olhando para ele é impossível. Mas como a instalação estava longe de residências e os animais voltaram em noites consecutivas, é razoável supor que eles eram gatos selvagens.

Gatos

O primeiro gato foi o malhado, que começou ir em um cadáver, de uma mulher de 79 anos. O corpo dela tinha sido resfriado antes de ser levado para a instalação e colocado ao ar livre.

Pelos danos no cadáver foi visto que o gato tinha se concentrado mais nos tecidos moles do braço e peito esquerdo. Por outras razões, uma gaiola foi colocada sobre o corpo da mulher durante uma semana. Nesse período, o animal não conseguiu chegar até o corpo.

Mas depois que a gaiola foi tirada, o gato voltou a comer o corpo da mulher quase todas as noites. Ele fez isso, por 35 dias, e não se interessou por nenhum dos outros 40 corpos próximos.

O segundo gato foi o preto. Ele foi até o corpo de um homem de 70 anos, que tinha sido autopsiado. O gato mastigou na incisão da autópsia no ombro esquerdo. E comeu os tecidos moles do braço esquerdo, ombro e abdômen.

O gato ficou indo até o corpo durante 10 das 16 noites. Ficou fora por um mês e depois voltou a comer o corpo por mais duas noites. E do mesmo jeito do gato malhado, o preto também não se interessou por nenhum outro corpo.

É estabelecido que os gatos domésticos, e também os cachorros, vão morder seus donos falecidos. Geralmente os animais de estimação preferem os pedaços mais macios e expostos. Partes como por exemplo, os lábios, nariz, mãos e pés.

Comida

Os gatos selvagens não atacaram essas regiões, talvez, porque os corpos estivessem sem roupa. E outras partes fossem mais fáceis de serem alcançadas.

“Nos dois casos relatados aqui, os gatos selvagens atingiram áreas nas quais a pele havia sido previamente penetrada. Ambos os gatos mostraram preferência por corpos em decomposição relativamente precoce. A eliminação começou quando os corpos mostraram sinais precoces de decomposição e terminou no início da decomposição úmida. A interrupção da eliminação no início da decomposição úmida pode ser explicada pela preferência dos felinos por animais frescos”, escreveram os pesquisadores.

Essa pesquisa é importante para ver os perfis de comportamento dos corpos, para uma análise forense. E também ajuda a entender os gatos. Inclusive, por mais que sejam predadores também são oportunistas e não estão acima de comer restos para se alimentar.

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