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Experimento se prepara para testar possível segundo propósito de Stonehenge

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Grande parte das pessoas já ouviu falar de Stonehenge. Ela é uma estrutura composta por alguns círculos concêntricos de pedras. Alguns deles chegam a medir 5 metros de altura e seu peso pode ultrapassar 40 toneladas. Tema de alguns documentários, músicas e demais produções, o Stonehenge é mundialmente famoso e está localizado no Reino Unido, na Europa.

Esse monumento tem muitos elementos místicos ao seu redor e sobre o seu real propósito. Tanto é que várias hipóteses já foram levantadas. Além disso, o monumento é bem conhecido por seus alinhamentos solares. Tanto que, durante o verão, dezenas de milhares de pessoas vão até Stonehenge para ver o nascimento do sol perfeitamente alinhado com o “calcanhar de fora do círculo”. O mesmo é feito com o pôr do sol do solstício de inverno, com o astro se alinhando dentro do círculo.

Contudo, há 60 anos existe uma outra hipótese de que parte do monumento se alinha com o nascer e o pôr da lua, no que se conhece como grande paralisação lunar. Mesmo que já se conheça essa relação entre a disposição de certas pedras e a grande paralisação lunar, nunca foi observado e registrado de forma sistemática esse fenômeno em Stonehenge.

Pelo menos,não até agora. Porque é justamente isso que um projeto de arqueólogos, astrónomos e fotógrafos das universidades English Heritage, Oxford, Leicester e Bournemouth, e da Royal Astronomical Society quer fazer.

Atualmente, existem várias evidências arqueológicas que indicam que o alinhamento solar era parte da construção de Stonehenge. Ainda de acordo com as evidências arqueológicas descobertas perto de Durrington Walls, o lugar onde os cientistas acreditam que os povos antigos que visitaram Stonehenge ficaram, mostraram que dos dois solstícios, o de inverno atraiu uma multidão maior.

No entanto, o monumento é composto por outros elementos. Como, por exemplo, 56 poços dispostos em círculo, um banco de terraplanagem e uma vala. Além de quatro pedras da estação. Elas são pedras sarsen, uma forma de arenito silicificado comum em Wiltshire, e foram colocadas para formar um retângulo praticamente exato para o círculo de pedras.

Atualmente, existem duas dessas quatro pedras por lá. Em comparação com as outras, elas são mais pálidas porque são menores. Mas qual é o propósito delas?

Posicionamento das pedras de Stonehenge

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O retângulo que essas pedras formam não é um retângulo qualquer. Seus lados mais curtos são paralelos ao eixo principal do círculo de pedras. Isso pode ser uma pista sobre sua finalidade. Enquanto os lados mais longos fazem o contorno da parte externa do círculo de pedras.

O que se pensa é que os lados mais longos são alinhados com a principal paralisação lunar. Ela é um período de aproximadamente um ano e meio a dois anos, que é quando os nasceres e pôr-do-sol mais ao norte e mais ao sul estão mais distantes um do outro. Nessa época, a lua nasce e se põe fora do intervalo de nascer e pôr do sol.

Na visão dos arqueólogos, existe uma ligação entre a grande paralisação lunar e a primeira fase de construção de Stonehenge. Contudo, essa hipótese traz mais questões do que respostas. Até porque os pesquisadores não sabem se os alinhamentos lunares das pedras eram simbólicos ou as pessoas tinham que observar a lua através delas.

Buscando respostas

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O objetivo do próximo estudo é responder essas questões. Ainda não é claro se a lua teria sido forte o suficiente para projetar sombras e como elas interagiam com as outras pedras de Stonehenge.

Outro ponto que os pesquisadores terão que verificar é se esses alinhamentos ainda podem ser vistos atualmente ou se as matas, trânsito e outros elementos já os bloquearam.

Esse ano acontecerá o alinhamento da lua com o retângulo de pedras duas vezes por mês: fevereiro de 2024 até novembro de 2025. Com isso, os pesquisadores irão ter várias oportunidades para observarem esse fenômeno nas diferentes estações da lua.

Fonte: Science alert

Imagens: Science alert

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