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Novamente cientistas discordam sobre significado de Stonehenge

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Grande parte das pessoas já ouviu falar de Stonehenge. Ela é uma estrutura composta, formada por alguns círculos concêntricos de pedras. Alguns deles chegam a medir 5 metros de altura e seu peso pode ultrapassar 40 toneladas. Tema de alguns documentários, músicas e demais produções, o Stonehenge é mundialmente famoso e está localizado no Reino Unido, na Europa.

Esse monumento tem muita coisa mística ao seu redor e sobre o seu real propósito. Tanto é que várias hipóteses já foram levantadas, como a feita pelo pesquisador Timothy Darvill, da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, em que ele dizia que Stonehenge era usado como um calendário de 365,25 dias.

Essa teoria foi postulada por ele ano passado. Contudo, esse ano, a mesma revista que publicou o artigo de Darvill, a “Antiquity”, contradisse-se com a publicação do artigo feito por Giulio Magli e João Antonio Belmonte. No artigo deles, os pesquisadores dizem que “a proposta é infundada, sendo baseada em uma combinação de numerologia, erro astronômico e analogia sem suporte”.

Significado de Stonehenge

Das artes

De acordo com Magli e Belmonte, o alinhamento astronômico do monumento com o sol é um fato, e que por conta da planicidade no horizonte ela remete tanto ao nascer do sol do solstício de verão quanto ao pôr do sol do solstício de inverno. Justamente por isso que existe um interesse simbólico no ciclo solar talvez associado com as conexões entre esses eventos e a vida após a morte vistas nas sociedades neolíticas. Contudo, os pesquisadores dizem que isso não basta para afirmar que Stonehenge era usado como um calendário gigante.

Conforme a teoria que agora está sendo contestada, Stonehenge seria a representação de um calendário de 365 dias por ano divididos em 12 meses de 30 dias, mais cinco dias epagômenos, além de um ano bissexto de quatro em quatro anos.

O que justificaria esse calendário na pedra seria o número de dias que se teria como resultado da multiplicação dos 30 lintéis sarsen originais por 12 e somando a 360 o número dos trilitos em pé da Ferradura, que é cinco. E o ano bissexto viria pela relação com o número de pedras da estação, que são quatro.

Mesmo com essas associações feitas por Darvill, Magli e Belmonte pontuam que mesmo que o alinhamento com o solstício seja bastante preciso, o sol se movimenta de forma lenta durante esse evento, o que impossibilita fazer um controle correto desse suposto calendário.

Por isso que mesmo que exista um eixo no monumento, isso não é uma prova para o número de dias do ano que os construtores de Stonehenge estavam pensando.

Discordâncias

G1

Outro ponto ressaltado no artigo de 2023 é que o “número-chave”, 12, que crava o monumento como um suposto calendário, não é reconhecível em lugar nenhum. Além disso, de acordo com os pesquisadores, não existe meio para levar em conta o dia epagômeno adicional de quatro em quatro anos.

Eles também apontam que Darvill ignorou os números do portal de Stonehenge. O que mostra que toda teoria cairia no chamado “efeito de seleção”, onde somente aquilo que é favorável a um ponto de vista é levado em consideração.

O ponto final da argumentação de Magli e Belmonte é que não existem questões culturais que fazem com que a teoria seja improvável. De acordo com eles, o primeiro calendário de  365 mais 1 dia é datado do Egito, dois milênios depois de Stonehenge, mas só foi usado séculos depois. Então, por mais que os construtores do monumento tivessem pegado o calendário do Egito, eles fizeram mudanças por conta própria e teriam criado algo para controlar o tempo.

Com essas teorias indo uma contra a outra, os estudiosos têm que analisar tanto a hipótese de Darvill como a de Magli e Belmonte para chegarem a um veredito.

Fonte: Galileu

Imagens: Das artes, G1

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