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Explosão Solar além do apagão da internet: quais são os outros efeitos para a Terra?

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Várias já foram as expedições e os estudos para tentar entender o sol e como ele funciona. E esse estudo da nossa estrela ainda é feito. Justamente por isso que sempre existem novas descobertas. Mas a atividade dele é monitorada há tempos. Tanto que, em 1859 aconteceu um  grande evento solar chamado de Evento Carrington.

Esse nome foi uma homenagem para o astrônomo britânico Richard Carrington que documentou o que foi tido como a maior tempestade solar que atingiu a Terra até aquele momento. De acordo com cientistas, a explosão foi equivalente a 17 bilhões de bombas atômicas explodindo de uma só vez na superfície do sol. Justamente por conta dessa força enorme que ela conseguiu chegar até o nosso planeta.

Essa erupção solar resultou em uma visão impressionante do céu em vários lugares do mundo. No entanto, ela também gerou danos em postes de sistema de comunicação da época e até choques elétricos em operadores telefônicos.

Em 2022, um evento parecido aconteceu. No entanto, essa explosão solar não chegou até nosso planeta de forma direta. Contudo, um estudo recente sugeriu que uma nova explosão pode gerar um apagão na internet em 2024.

Por mais que isso pareça a pior das consequências, as erupções solares podem causar várias outras coisas.

Explosão solar

Normalmente, uma explosão solar acontece quando a  energia magnética se acumula na atmosfera do sol e libera uma quantidade grande de energia e radiação eletromagnética de uma hora para outra,. Dentre essa radiação liberada estão microondas, ondas de rádio, raios X, raios gama e luz visível.

Geralmente as erupções acontecem em regiões da estrela com manchas solares, que é onde existem campos magnéticos mais potentes. De acordo com os cientistas, a atividade solar tem um ciclo que acontece a cada 11 anos e tem como resultado picos de erupções.

O máximo do pico atual deve acontecer em 2025, mas em 2024 existem chances de as explosões solares resultarem em um tipo de apagão da internet.

Existem ao todo cinco tipos de erupções solares, são elas: classe X, M, C, B e A. As mais poderosas são as de classe X, depois as de classe M tem uma potência cerca de 10 vezes menor. Depois delas vem as erupções C, B e A. Essas são fracas e não causam nenhum tipo de efeito grande no nosso planeta.

Efeitos

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Quando acontecem as explosões de classe M e as X, a Terra, os satélites em volta do planeta e até mesmo os astronautas podem ser afetados de forma significativa. No caso desses eventos, elas podem desencadear uma liberação de energia muito grande que afeta o comportamento da magnetosfera da Terra. Como resultado são vistas tempestades geomagnéticas que causam diferentes efeitos.

Alguns exemplos são: em 1989, a cidade de Quebec, no Canadá ficou sem energia por 12 horas. E pessoas dos EUA e Cube observaram uma aurora boreal incrível verde e azul.

Outro efeito visto com essa liberação de massa coronal é que liberando quantidades grandes de energia, como prótons, elétrons, radiação eletromagnética e outros tipos de radiação, as tempestades geomagnéticas acontecem e isso tem consequência nas redes elétricas, sistemas de GPS e alguns dispositivos eletrônicos.

Contudo, as tempestades geomagnéticas e auroras não são as únicas consequências das explosões solares. Elas podem causar danos em satélites de comunicação e aumentar os níveis de radiação nos locais com altitude elevada.

De acordo com um estudo de 2020, pode existir uma relação entre as ejeções de massa coronal com terremotos no nosso planeta. E esses terremotos teriam como resultado, tsunamis.

Um outro estudo de 2021 sugeriu que aconteceu mais terremotos no nosso planeta no período do ciclo máximo solar. Isso cria uma possível conexão entre a atividade solar e as catástrofes vistas na Terra.

“Há também um número menor de pesquisadores que estudaram possíveis vínculos entre a atividade solar, tempestades eletromagnéticas e terremotos. A primeira ideia de que manchas solares poderiam influenciar a ocorrência de terremotos remonta a 1853 e é atribuída ao grande astrônomo solar [Johann Rudolf] Wolf. Desde então, vários cientistas relataram algum tipo de relação entre a atividade solar e a ocorrência de terremotos; ou entre a sismicidade global e variações geomagnéticas ou tempestades magnéticas”, escreveram os pesquisadores do estudo de 2020.

Atividade

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De acordo com o Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA, o sol atingirá o pico do ciclo de atividade atual em 2024. Isso é um ano antes das estimativas anteriores.

Para entender isso é preciso saber que os campos magnéticos do sol estão em atividade constante. E quando acontecem concentrações altas de energia magnética interna é possível ver manchas escuras nele.

Essas manchas podem acabar explodindo por conta da pressão interna dos campos magnéticos se emaranhando. No momento que isso acontece, o sol dispara jatos de plasma, também conhecido como vento solar ou ejeção de massa coronal, para o espaço.

Se esses jatos forem lançados em direção ao nosso planeta, eles podem atingir a atmosfera e ter uma reação com a magnetosfera. Como consequência, irão acontecer as tempestades geomagnéticas.

A atividade do sol tem ciclos de aproximadamente 11 anos. Hoje em dia está acontecendo o ciclo 25 desde que os cientistas começaram a observar esse comportamento. E quando o sol chega perto do seu pico, ele fica mais “furioso”, ou seja, as erupções têm um número maior e são mais violentas.

Anteriormente, o máximo solar do ciclo atual estava previsto para acontecer em 2025. Contudo, ele deve chegar mais cedo e mais forte do que os cientistas estimaram em 2019.

De acordo com um comunicado da NOOA, agora está previsto que o pico aconteça entre janeiro e outubro do ano que vem. E além de acontecer mais cedo e mais forte, ele também durará mais tempo.

Os pesquisadores têm como base os registros históricos de longo prazo do número de manchas solares, estatísticas avançadas e modelos do dínamo solar. Com tudo isso eles conseguem determinar quando o máximo solar vai acontecer.

“Esperamos que nossa nova previsão experimental seja muito mais precisa do que a previsão do painel de 2019 e, ao contrário das previsões anteriores do ciclo solar, será continuamente atualizada mensalmente à medida que novas observações de manchas solares se tornam disponíveis. É uma mudança bastante significativa”, disse o físico Mark Miesch no comunicado da NOAA.

Fonte: TecmundoOlhar digital

Imagens: Tecmundo, YouTube

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