Fatos que você não conhecia sobre Cleópatra

Cleópatra, última faraó do Egito e uma das figuras mais conhecidas da história do mundo, teve uma vida claramente muito importante. Se não, ela não seria tão icônica até os dias de hoje.

Como consequência, estudamos muito sobre ela e muitas produções culturais são feitas também, seja livro, série, filme. Mas, como qualquer figura histórica, nem tudo é de conhecimento do grande público, ou então, a informação está errada. Veja cinco fatos que você não conhecia sobre Cleópatra.

Cleópatra era grega

Primeiramente, é interessante pontuar que a última faraó do Egito nem era egípcia! Por mais que ela tenha nascido no Egito, sua família era originária da Macedônia, região que hoje seria a Grécia. Assim, ela era descendente de Ptolomeu I Sóter, um dos generais de Alexandre, o Grande.

Depois da morte de Alexandre, em 323 a.C, quem governou o Egito foi Ptolomeu, começando uma dinastia de governantes que falavam grego, que durou quase três séculos. 

Mesmo não sendo de ascendência egípcia, Cleópatra incorporou muitos costumes antigos do país e foi a primeira da linhagem de Ptolomeu a aprender a língua egípcia.

Casamento dentro da família

O segundo fato é um pouco perturbador. Como muitas casas reais, os membros da dinastia de Ptolomeu tinham o costume de se casarem com os próprios integrantes da família para preservar a pureza da linhagem sanguínea. 

Mais de uma dúzia dos ancestrais de Cleópatra se casaram com primos e até irmãos, então é provável que seus pais também eram irmãos. Isso significa que ela é resultado de incesto!

Segundo o costume, Cleópatra acabou se casando com dois de seus irmãos adolescentes, cada um servindo de esposo cerimonial e co-regente em momentos diferentes de seu reinado.

Beleza questionável

Apesar de ser conhecida atualmente por sua beleza, esse não era o seu traço mais importante e nem marcante. Propagandas romanas descreviam Cleópatra como uma sedutora que usava sua atração como arma política, mas isso não era verdade. Cleópatra, na verdade, era conhecida por sua inteligência. 

Ela falava diversas línguas, era educada em matemática, filosofia, oratória e astronomia. Mais tarde, fontes egípcias a descreveram como uma governante que elevou os estudiosos e que esses gostavam de estar em sua companhia. Além disso, há evidências de que Cleópatra nem era tão bonita quanto dizem.

Moedas com seu rosto mostram uma mulher com traços brutos e mais associados ao masculino, com um nariz grande e torto e sobrancelhas marcadas. Alguns historiadores até dizem que a monarca enfatizava os traços masculinos para demonstrar força. Na descrição feita por Plutarco, Cleópatra não tinha uma beleza inigualável, mas sua voz tinha um charme irresistível. 

Assassina

O quarto fato é que ela teve envolvimento na morte de três de seus irmãos. Golpes e planos de assassinato eram frequentes na dinastia de Ptolomeu. Com a faraó e seus irmãos, não era diferente.

Seu primeiro irmão-marido, Ptolomeu XIII, fez ela fugir do Egito depois que ela tentou tomar seu trono. Mais tarde, o par se enfrentou em uma guerra civil. Então, ela ganhou vantagem quando se juntou a Júlio César, logo Ptolomeu se afogou no rio Nilo depois de ter sido derrotado.

Depois da guerra, Cleópatra casou com seu irmão mais novo, Ptolomeu XIV. Estudiosos acreditam que ela o assassinou como plano para fazer de seu filho seu co-regente. Em 41 a.C, ela também arquitetou o assassinato de sua irmã, Arsinoe, considerada uma rival de seu trono.

Deusa viva

Por fim, Cleópatra gostava mesmo de fazer um espetáculo. Ela se afirmava como uma deusa viva e, para garantir esse status, fazia encenações que chamavam bastante atenção.

Quando Júlio César chegou onde ela estava, durante a guerra civil, ela se enrolou em um tapete e se escondeu nos aposentos do imperador. Então, quando ela saiu, ele ficou deslumbrado com a faraó que se comportava como deus, se tornando aliado e amante dela.