O investimento de um bilhão de dólares não rendeu os retornos esperados nos Emirados Árabes Unidos nas ilhas de Dubai.
Inaugurado em 2003 como um resort de luxo composto por 300 ilhas artificiais, a promessa mundial era reduzir a dependência econômica do Dubai em relação ao petróleo.
Depois de apenas vinte anos, o investimento foi abandonado por não ser viável, tornou-se um “elefante branco” e apresenta sinais de erosão.
Quando teve seu lançamento, o projeto se chamava O Mundo, tradução de ‘the World’. Isso porque o complexo de 300 ilhas artificiais nasceu para recriar o desenho do mapa mundial, simulando os continentes.
Com seu apelo de luxo e inovação, metade dos imóveis são vendidos antes de serem inaugurados.
Para cumprir a sua promessa ambiciosa, o Dubai está tendo que apostar alto. O capital de investimento inicial para o projeto é de cerca de 12 mil milhões de libras, equivalente a cerca de 68,5 mil milhões de dólares a preços correntes.
Esse valor se destina à construção de cada ilha com tamanhos diferentes de 1,4 a 4,2 hectares. Para isso, a construtora utilizou 321 milhões de m³ de areia e 386 milhões de toneladas de pedra.
No entanto, o otimismo em relação ao projeto transformou-se em preocupação. Depois de encontrar problemas operacionais, o complexo das ilhas de Dubai foi abandonado após sua inauguração em 2003. Mesmo 21 anos depois, O Mundo ainda causa dores de cabeça aos Emirados Árabes Unidos.
Via Wikimedia
As razões são muitas, a começar pelo fato de nem todas as ilhas terem a construção principal e algumas já apresentarem sinais de erosão. Outra verdade desagradável sobre esse negócio é que os enredos desenhados para montar o mapa-múndi não parecem os esperados.
Estas características fizeram com que o site Top Luxury classificasse o Mundo na lista dos “edifícios mais inúteis do mundo”. Segundo o The Guardian, pedaços de “terrenos” existem na conta dos bilionários em todo o mundo, mas não avançam.
Um jornal britânico citou o projeto de um chinês rico para recriar o horizonte de Xangai na sua ilha, “à imagem da famosa Torre de TV da cidade”.
Outra ideia maluca é sobre uma empresa que comprou uma ilha do tamanho da Somália e planejou transformá-la em um campo de golfe gigante onde os moradores poderiam jogar em suas varandas.
Nada disso está 100% completo. Segundo análises, a crise financeira de 2008 acelerou o fracasso do The World, quando muitos compradores desistiram das negociações por falta de capital. Outro fator decisivo que torna um grande projeto um “elefante branco” é a dificuldade de acesso.
O professor Alastair Bonnett, geólogo da Universidade de Newcastle, United, explica que um dos maiores problemas do sistema ‘do Mundo’ é que não tem ligação física com outras ilhas de Dubai.
Ou seja, não existem pontes ou quaisquer ligações entre as ilhas, tornando o acesso mais remoto e menos atrativo.
Via PxHere
Por exemplo, Dubai é uma cidade vibrante e moderna, repleta de atrações turísticas de classe mundial. Uma das principais é o Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo, que oferece vistas panorâmicas impressionantes do topo.
Outro ponto imperdível é o Dubai Mall, um dos maiores shoppings do mundo, com centenas de lojas, restaurantes e o famoso aquário de Dubai.
Para os amantes da história e cultura, o Museu de Dubai, localizado no Forte Al Fahidi, proporciona uma visão fascinante do passado da cidade. A Marina de Dubai é um local popular para passeios de barco e para desfrutar de uma variedade de restaurantes e cafés à beira-mar.
O deserto também é uma atração imperdível, onde é possível fazer um safári de jipe, andar de camelo e experimentar a autêntica hospitalidade beduína.
Para quem busca uma experiência de luxo, o Hotel Burj Al Arab, um dos mais luxuosos do mundo, é uma visita obrigatória.
Por fim, o Dubai Miracle Garden encanta com seus belos e elaborados jardins florais.
Nenhum desses pontos possui ligação com as lhas de Dubai, tornando o investimento ainda menos atraente e, agora, mais abandonado.
Fonte: Terra