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Fim da faxina? Esse robô apredeu tarefas domésticas

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Conforme o tempo vai passando, os robôs vão ficando cada vez mais inteligentes. Isso pode ser visto em alguns deles que até conseguem aprender a tomar decisões sozinhos. Atualmente, eles podem fazer coisas que antes eram imaginadas possíveis somente nos filmes de ficção científica. Mesmo que isso possa ser motivo de medo e ressalvas por algumas pessoas, esse avanço tecnológico vem para ajudar a humanidade.

E uma das coisas que as pessoas não gostam muito de fazer são tarefas domésticas. Felizmente, o robô criado pelos pesquisadores da Universidade Stanford e Google DeepMind conseguiu fazer algumas coisas como saltear camarões, enxaguar panelas e limpar poças de vinho. O mais interessante é que ele não para por aí.

No robô, que pesa 75 quilos e tem código aberto, é possível acoplar um conjunto de treinamento removível. Esse conjunto possibilita o operador empurrar o robô e operar os braços e garras dele de forma manual para conseguir treiná-lo. Além disso, os desenvolvedores disponibilizam uma lista de peças e um guia a respeito de como construir o dispositivo por conta própria.

Essa construção é relativamente barata, levando em consideração as capacidades. No entanto, isso não quer dizer que o robô é barato. As peças necessárias para montá-lo podem ser compradas por um pouco mais de 30 mil dólares, equivalente a 147 mil reais.

Robô para atividades domésticas

A realidade é que o Mobile ALOHA está longe de ser uma máquina super estilosa, e se parece mais com uma versão bombada do braço robótico de Tony Stark no primeiro filme do Homem de Ferro. Isso porque ele tem uma base achatada sobre rodas, com uma bateria pesada para a sustentação de andaimes, laptop, câmera e um par de braços robóticos com garras e câmeras.

O robô pode ser treinado pelo usuário aprimorando as habilidades já conhecidas pelo sistema ALOHA. De acordo com os desenvolvedores, fazer uma tarefa 50 vezes aumenta as chances de o robô fazer determinada tarefa de forma autônoma em até 90%. Os desenvolvedores também postaram um vídeo em que é possível ver algumas habilidades da máquina sem nenhuma intervenção humana.

Contudo, a plataforma pode fazer muito mais, como também é visto em outro vídeo. Nele, o robô é teleoperado, mesmo assim, é uma visão de como os robôs domésticos irão ser e o que poderão fazer em um futuro não muito longe.

Os desenvolvedores também fazem questão de mostrar o motivo de o Mobile ALOHA ainda não estar disponível comercialmente. Isso acontece porque ele ainda comete erros bobos e com uma certa frequência.

Para companhia

Olhar digital

Os robôs estão sendo desenvolvidos para além de fazer tarefas domésticas. Um exemplo disso é o trabalho feito por cientistas da USP. Eles têm projetos com robôs para ajudar idosos em suas atividades diárias. Esse projeto é uma parceria da USP com a IBM, Fapesp, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

De acordo com o jornal da USP, os pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), estão trabalhando junto com os alunos de Sistema de Informação e Gerontologia, que é a área responsável pelos estudos biológicos, psicológicos e sociais dos idosos.

“Pensamos que seria um bom ambiente para fazer o desenvolvimento da pesquisa, porque teríamos profissionais e pesquisadores que entendem tanto da programação de robôs sociais quanto da interação com idosos”, disse Sarajane Marques, integrante do grupo de pesquisa da EACH.

Com essa parceria, eles estão desenvolvendo três projetos de robôs para ajudar os idosos. Os pesquisadores estão usando equipamentos da Asus e da Human Robotics, que é uma empresa nacional de robôs com foco em autoatendimento.

O primeiro projeto que o jornal da USP divulgou tem foco em ajudar os idosos que têm um grau leve de demência e estão em casas de repouso. Nesse caso, o foco dos robôs é ajudá-los através de atividades lúdicas.

O segundo projeto tem como foco os idosos que moram sozinhos e têm um quadro de depressão. Para esses casos, os robôs vão ajudar no momento da avaliação preliminar a respeito do grau de depressão que eles apresentam. Eles farão isso através de tarefas lúdicas e aplicação de protocolos.

“O robô não fornece um diagnóstico porque essa é a função dos profissionais da área da saúde. Apenas indica o nível da doença de forma preliminar e, com isso, pode-se encaminhar a pessoa aos devidos cuidados, incluindo a confirmação do diagnóstico profissional”, disse Marcelo Fantinato, docente que faz parte do grupo de pesquisa da EACH.

Já o foco do terceiro projeto é entender a interação entre os idosos e a tecnologia. De acordo com Sarajane, nesses casos os robôs irão analisar o nível de confiança que os idosos têm com relação à colocação dos robôs no seu cotidiano.

“Tivemos dois tipos de reações: uma muito positiva, com as pessoas querendo ter esses robôs em suas casas, e outra menos positiva, dizendo que eles não substituem relações humanas. No começo, é legal por ser uma novidade. E depois isso pode mudar”, pontuou Sarajane.

Esses testes começaram a ser feitos antes da pandemia, mas tiveram que ser pausados. Por conta disso, os resultados do estudo atrasaram.

Fonte: Olhar digital

Imagens: YouTube, Olhar digital

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