A fotografia é, de fato, uma das melhores invenções de todos os tempos. Graças às fotos feitas por câmeras, podemos manter vivas fisicamente algumas memórias por vários e vários anos. Por causa desse invento, hoje, compreendemos melhor o nosso passado e podemos analisar a grande evolução científica com o passar dos anos. Além disso, uma foto pode ajudar a solucionar crimes. Esse foi o caso dessa foto de Kim Kardashian.
O caso aconteceu em 2018, quando o enigma do roubo de um sarcófago egípcio chegou ao seu fim de uma forma bem inusitada. O caso foi resolvido graças a uma foto tirada por Kim Kardashian no Met Gala daquele ano.
O evento é um baile anual de angariação de fundos para o Museu Metropolitano de Arte de Nova York (MET). Ele é um dos eventos mais aguardados por conta dos looks das celebridades e por cada ano ele ter um tema diferente.
Em 2018, o Met proporcionou um encontro inusitado entre o mundo da arqueologia e do entretenimento. Além disso, a foto postada pela empresária e estrela de reality show possibilitou que o sarcófago fosse identificado.
Embora o Met tenha comprado o artefato histórico por quatro milhões de dólares, a realidade é que o item tinha sido roubado do Egito sete anos antes.
Investigação
Quem fez a conexão da foto de Kim com o artefato roubado foi um morador do Oriente Médio que viu a imagem viral da estrela e, anonimamente, resolveu compartilhar as informações valiosas que possuía para um promotor do distrito de Manhattan, onde está localizado o museu.
De acordo com uma matéria do “New York Post”, o homem reconheceu o sarcófago dourado que era o mesmo visto em imagens onde um grupo de saqueadores tinha lhe enviado em 2013. Esse foi o ano em que essa tumba foi contrabandeada para os Estados Unidos.
O mais curioso é que o sarcófago estava em exposição no Met com o nome correto. Ele era descrito como o caixão do sacerdote Nedjemankh. Contudo, essa era a única informação certa presente nos documentos que foram entregues ao museu no momento em que eles compraram o artefato histórico.
Segundo os documentos falsificados, a relíquia fora exportada legalmente para o território norte-americano em 1971. Fato que era bem longe da realidade de como o sarcófago chegou em solo norte americano.
Sarcófago
Teoricamente, o sarcófago pertencia ao Ministério de Antiguidades do Egito, assim como outras relíquias arqueológicas que são desenterradas no território e depois estudadas por especialistas. No entanto, esse sarcófago foi desenterrado ilegalmente em 2011 por um grupo de saqueadores.
Tendo essas informações em mãos, o promotor Matthew Bogdanos começou um inquérito policial para averiguar todas as evidências. Ademais, o homem que fez a denúncia conseguiu dar as fotografias do caixão de Nedjemankh, confirmando assim suas alegações.
Na época do roubo, os saqueadores passaram o artefato para negociante de antiguidades, chamado Hassan Fazeli. Foi ele quem falsificou os documentos do item arqueológico, preenchendo que o objeto era de origens “greco-romanas” ao invés de egípcias. Por conta disso que o artefato conseguiu ser exportado.
Originalmente, o sarcófago foi para um museu alemão para depois ser revendida para um homem francês. Então, esse homem francês ofertou o artefato para o Met.
Final
Em 2019, o caixão de Nedjemankh voltou à sua terra natal. Além disso, Daniel Weiss, que é o CEO do MET, pediu desculpas por ter mantido o artefato no museu sem saber.
Fonte: Aventuras na história
Imagens: UOL, Antigo Egito
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