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Gasolina mais barata? O que mudará com essa nova política da Petrobras

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Quem tem um veículo sabe o quão caro é, em nosso país, colocar gasolina. Por isso que as pessoas, normalmente, procuram para ver em qual posto ela está mais barata. Contudo, será que essa procura está com os dias contados? Isso porque a Petrobras anunciou uma nova política de preços de combustíveis.

Com essa mudança, a empresa deixou de lado a paridade dos preços de importação que eram cobrados desde 2016. Na visão de analistas, a maneira como essa nova política deve funcionar ainda não está clara. No entanto, eles acreditam que ela deve fazer com que os combustíveis fiquem mais baratos para o consumidor.

Tanto é que, logo depois que essa nova política foi anunciada, a Petrobras divulgou a diminuição nos preços da gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, para as distribuidoras.

Preço dos combustíveis

Mix auto

Até o momento não se tem uma clareza de como os preços dos combustíveis irão ficar e ser definidos. De acordo com analistas entrevistados pelo UOL, ainda não é possível saber como essa nova política funcionará na prática. Por isso que, na visão de Adriano Pires, sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura, isso pode indicar menos transparência nos reajustes.

Contudo, existe a expectativa de que a gasolina fique mais barata. “Tudo leva a crer que vamos ter preços menores em relação à outra política, e com espaçamentos de reajuste maiores”, disse Walter Vitto, analista da consultoria Tendências. Até porque, depois que essa nova política foi revelada, o presidente Lula disse que irá “abrasileirar” os preços dos combustíveis.

Outra coisa que deve mudar deve ser a periodicidade dos reajustes. Isso porque, no PPI, eles eram feitos para acompanhar as mudanças no preço internacional do petróleo. Já com essa mudança, eles serão feitos “sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, disse a Petrobras.

Lucro da Petrobras

Seguro auto

Claro que segurando mais os reajustes, o lucro da estatal pode diminuir. Conforme pontua Vitto, se a empresa tiver uma política em que o preço nacional é bem distante do preço internacional, consequentemente os lucros diminuirão. Mesmo assim, a Petrobras não deve ter prejuízos porque suas margens são altas atualmente.

No entanto, a gasolina tendo um preço menor isso pode afetar o mercado do etanol. Até porque, com o consumo da gasolina sendo incentivado, o etanol pode sair prejudicado, já que se esse for o caso, os produtores de etanol serão pressionados a abaixarem seus preços também ou então verão sua demanda diminuir.

Diferença de preço

Ale

Agora, ao que tudo indica, o preço da gasolina irá baixar. Mas você já se perguntou por que ele varia tanto de posto para posto? O que muitas pessoas podem não saber é que o preço é livre e vai depender da margem de lucro que o dono do posto quer ter. Isso considerando todos os custos de distribuição e revenda da gasolina, que pode ser diferente pelos mais variados motivos.

“Cada posto pode vender por quanto acha que deve e que o mercado suporta. Todo empreendedor vai procurar aumentar o preço para maximizar seu lucro, desde que o mercado o permita”, explicou Dietmar Schupp, consultor e especialista em tributação de combustíveis.

Além disso, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um dos principais impostos sobre a gasolina, também varia de estado para estado e também tem uma grande influência nos preços finais do produto.

Outro ponto que influencia é o local onde está o posto. Isso porque em lugares mais nobres os custos de manutenção do ponto podem ser maiores, como por exemplo, o aluguel, IPTU e salário dos funcionários. E os custos de logística e transporte também são variantes de acordo com a localização do posto. Todos esse fatores acabam se somando e sendo vistos no preço final para o consumidor.

“Alguns postos são localizados em áreas bastante isoladas, onde praticamente não há concorrência. Nesse caso, o preço pode ser maior, porque o mercado permite isso. Em lugares com muitos postos, o mercado se comprime, pois um compete com o outro”, disse Schupp.

Além desses citados, o que também pode influenciar no preço final da gasolina é o preço do barril de petróleo, a cotação atual do dólar e o valor do etanol, que por obrigação tem que estar presente em 27% da gasolina dos postos.

E se engana quem pensa que existe um limite de preço. Segundo a própria ANP, não existe nem um valor máximo e nem um mínimo. Também não há a necessidade de que um órgão público autorize o estabelecimento para fazer reajustes no valor para seus consumidores.

De acordo com Rodrigo Zingales, diretor-executivo da Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres (AbriLivre), com essa ação, tanto a Petrobras, distribuidoras e postos ficam livres para escolher o preço que irá ser cobrado dos clientes.

Na visão de Schupp, o preço mínimo seria o que não dá margem nenhuma de lucro, ao contrário do máximo, que tem o objetivo de maximizar esse lucro. “Se ofertarem a um preço caro, não vão vender. Se venderem muito barato, vão ter prejuízo por não conseguirem pagar os custos”, pontuou ele.

Fonte: UOL

Imagens: Mix auto, Seguro auto, Ale

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