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Algumas histórias parecem ser totalmente inventadas, mas para o choque de todos, elas realmente acontecem, como o caso desse médico de 43 anos que foi preso na madrugada da última quinta-feira em Florianópolis.
No caso, o médico entrou em um posto de gasolina, ficou nu dentro da loja de conveniência e chamou uma funcionária para o ver pelado. De acordo com relatos das testemunhas para a Polícia Civil, além de tudo isso, o suspeito ainda tentou atropelar funcionários.
Segundo o delegado Rodolfo Serafim Cabral, na última sexta-feira o preso passou por uma audiência de custódia e foi liberado, mas com o uso de tornozeleira eletrônica.
Em uma nota assinada pelos advogados do médico, Márcia de Moura Irigonhê, Mônica Letícia Medina de Carvalho e Raí Fantin Dietrich, eles afirmaram que o homem está enfrentando problemas de saúde e que “aliados ao uso de álcool, desencadearam ações pelas quais não tinha capacidade de responder no momento”.
Caso
G1
Segundo relatou uma funcionária à polícia, tudo começou por volta das 22h de quarta-feira. Nesse momento, o médico tirou as roupas no banheiro da conveniência e depois a chamou para assisti-lo. Com isso, a Polícia Militar foi chamada pela primeira vez e lavrou um termo circunstanciado por ato obsceno, liberando o homem em seguida.
Ainda em seu relato, a funcionária disse que mais tarde, por volta das 23h, o médico voltou ao posto para pedir desculpas. Nessa hora, testemunhas que estavam do outro lado da avenida viram a situação e começaram a agredir o suspeito. O médico por sua vez, subiu em um carro e voltou a ficar pelado.
Depois disso, ele conseguiu entrar em seu carro, um Tracker, e tentou atropelar um dos frentistas do posto. De acordo com o funcionário, o médico ameaçou passar com o carro por cima dele.
Outras testemunhas disseram para a polícia que o médico jogou o carro na frente de outras pessoas e fez manobras arriscadas, dentre elas um “cavalo de pau”. Com isso, uma motocicleta foi atingida e nas imagens é possível ver que o homem invade a contramão e quase bate contra um motoqueiro que estava na via.
Depois de tudo isso, a polícia foi acionada de novo, aproximadamente meia-noite, e então o médico foi levado para delegacia.
O que o médico disse?
G1
Em um interrogatório da polícia, o médico disse que tinha consumido cocaína e bebidas alcoólicas antes de tudo acontecer. Segundo a Polícia Civil, ele declarou que ficou pelado no posto porque “queria ser visto”.
O médico também disse que não lembra quem são as pessoas que o agrediram, mas que lembra que recebeu uma paulada na cabeça. Ele também confirmou à polícia que voltou a ficar pelado e que subiu no carro depois de ser agredido.
Ele disse que depois que tirou a roupa, entrou no carro, assumiu a direção, mas disse que não se lembra do que aconteceu depois disso.
Defesa do médico
G1
Os advogados do médico que estão fazendo sua defesa nesse caso também emitiram uma nota a respeito de tudo.
“No tocante aos fatos imputados ao dr. Fernando Roberto Ferreira Manna Moraes, a defesa ressalta que o médico enfrenta problemas de saúde que, aliados ao uso de álcool, desencadearam ações pelas quais não tinha capacidade de responder no momento. O alegado será suficientemente provado a tempo e modo.
Por ora, a defesa já comprovou a inexistência de intento homicida, o que foi inclusive endossado pelo Juízo ao conceder a liberdade provisória ao Fernando.
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