Super tufão com ventos de até 257 km/h é o mais intenso do ano

Um tufão é um dos tipos de tempestade com um sistema circular ou espiral de ventos violentos, normalmente, com centenas de quilômetros ou milhas de diâmetro. E mesmo que para nós brasileiros ele não represente uma ameaça, em outras partes do mundo, ele pode ser bem devastador.

Temos como exemplo o super tufão Hinnamnor, considerado o mais intenso do ano até agora pelos meteorologistas. Ele está avançando, desde o começo da quarta-feira dessa semana, no oceano pacífico rumo ao continente asiático.

Esse evento climático é, na realidade, um ciclone que, por conta da força dos ventos que atingiram 257 quilômetros por hora, é classificado como super tufão. E a força desse fenômeno climático chegou a ser comparada com a de um furacão de categoria 5, como foi o furacão Katrina.

Tufão mais intenso

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O tufão está sob a área marítima das Filipinas e segue em direção a ilhas japonesas. No entanto, de acordo com a Administração de Serviços Geofísicos e Astronômicos Atmosféricos das Filipinas (Pagasa), ele não está afetando as condições climáticas do país.

Segundo o Yale Climate Connections, serviço de informação ambiental da Universidade de Yale, o Hinnamnor tinha ventos de 233 quilômetros por hora na quarta-feira. Isso fazia o tufão ser comparável a um furacão de categoria 4 na escala. Felizmente, de acordo com os meteorologistas, é esperado que a velocidade do tufão diminua agora no fim da semana.

Entretanto, o Hinnamnor pode sofrer uma nova intensificação quando ele começar o seu trajeto entre a China e o Japão no sábado. Assim, as temperaturas quentes da superfície do mar na região por onde o ciclone irá passar dão a ele as condições para que ele provoque uma maré de tempestade considerada atípica.

Tufão, furacão e ciclone

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A maioria das pessoas já ouviu esses termos, mas não sabe qual é a diferença entre eles. A realidade é que todos eles são tempestades tropicais que recebem nomes diferentes de acordo com a região do globo onde acontecem.

Por exemplo, quando acontecem no norte do Oceano Atlântico e no nordeste do Pacífico, ganham o nome de furacões. Quando elas acontecem no noroeste do Oceano Pacífico, são chamadas de tufões. E os ciclones são as tempestades tropicais formadas no Pacífico Sul e no Oceano Índico.

Mais destrutivos

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O tufão Hinnamnor pode não trazer muitos danos para as regiões por onde ele passará, mas isso não é a realidade da maioria dos tufões. Eles podem ser bastante destrutivos. E o pior é que já aconteceram vários deles ao redor do mundo.

Vejamos, por exemplo, o Haiphong. No dia oito de outubro de 1881, esse enorme tufão atingiu o Golfo de Tonkin, devastando Haiphong, Vietnã, e sua área costeira vizinha, o que deixou 300 mil pessoas mortas. Haiphong está entre os tufões mais catastróficos do mundo e o terceiro com o maior número de mortes já registrado na história. Sua categoria é desconhecida, pois ocorreu antes dos avanços meteorológicos do século XX, que permitem essa classificação.

O tufão Hinnamnor está indo rumo ao Japão, mas dentre os inúmeros tufões que já passaram pelo Japão, o tufão Vera foi o mais letal e destrutivo da história do país, sendo o mais forte registrado no mundo. Em 20 de setembro de 1959, um ciclone de categoria 5 deixou mais de 1,5 milhão de desabrigados e matou 5.500 pessoas. Os enormes ventos deixaram um rastro de destruição por plantações, casas e rios.

Embora Hinnamnor tenha somente passado pelas Filipinas sem mudar nem ao menos seu clima, no dia oito de outubro de 2010, o país foi atingido pelo super tufão Megi, de categoria 5. Considerado um dos maiores ciclones já registrados, o desastre atingiu 23 províncias, 17 cidades e mais de 2 milhões de pessoas. Ainda sobre os estragos, o tufão deixou 69 mortos em Taiwan e nas Filipinas, arruinou a infraestrutura de inúmeras cidades, destruiu campos de agricultura e desabrigou mais de 148 mil famílias.

Fonte: G1, 10 Most Today

Imagens: G1