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Homem é preso por pintar feijão-fradinho de verde para vender como se fosse do tipo corda

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Todos sabemos que uma boa alimentação pode influenciar na nossa saúde e na disposição que temos para enfrentar o dia a dia. Contudo, nos tempos atuais, os brasileiros estão enfrentando cada vez mais dificuldades em ter uma alimentação balanceada. Até mesmo o arroz com feijão já não está mais sendo tão de todo dia assim.

E pode parecer estranho, mas existem pessoas que tentam dar um golpe até mesmo com o tipo de feijão. Por exemplo, na segunda-feira dessa semana, a polícia interditou um imóvel onde funcionava uma produção clandestina de feijões Gamboa, na região central do Rio de Janeiro.

O golpe era pintar o feijão-fradinho para que ele fosse vendido como se fosse o do tipo corda. Quem foi apontado como responsável por essa fraude foi um homem de 43 anos, que acabou sendo preso pelo crime contra as relações de consumo.

Golpe do feijão

R7

Os policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) chegaram até esse local através de denúncias. Quando chegaram no imóvel, no terraço eles encontraram equipamentos usados para manuseio e manipulação do tingimento do feijão.

De acordo com um levantamento feito pela própria polícia, a diferença no valor de venda dos tipos de feijão chega a ser mais de 20 reais. Para se ter uma ideia, enquanto o fradinho custa em média R$6,50, o feijão tipo corda pode ser comprado a R$27,50.

O suspeito de ser o responsável pela operação foi preso enquanto comercializava os feijões em uma feira em Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, o homem admitiu que também atuava em São Gonçalo, na região metropolitana.

O suspeito também declarou que essa fraude no feijão começou em São Paulo e, aproximadamente há um ano ele a trouxe também para o Rio de Janeiro.

Arroz e feijão

Chbrago

O golpe do feijão pode até ter sido motivado pela diferença de preço entre os tipos, mas é claro que também pela grande procura desse alimento. Até porque, não existe um prato mais brasileiro e tradicional do que o amado arroz e feijão.

Mesmo que esses alimentos não sejam uma exclusividade brasileira, essa combinação é. O único lugar que tem um prato parecido é Cuba, com seus moros y cristianos.

O interessante é que esse hábito de comer arroz com feijão não é uma coisa tão antiga como as pessoas podem pensar. É especulado que o prato tenha se popularizado somente no final do século XIX. Isso porque, nessa época, o arroz ganhou espaço no prato do brasileiro, substituindo as farinhas de milho e de mandioca.

O feijão já está presente na alimentação dos indígenas há tempos, com pouco caldo e misturado com farinha na maior parte dos casos, assim como pimenta e carne. Já o arroz que conhecemos, que é do tipo Oryza-sativa, não é brasileiro.

O arroz veio da Ásia junto com os portugueses. Antes disso, o tipo que era predominante no Brasil era o chamado milho-d’água, mas ele não era comum nas refeições.

A junção desses dois ninguém sabe ao certo como aconteceu. Contudo, existem algumas hipóteses. Uma delas é do pesquisador brasileiro Luís da Câmara Cascudo em seu livro “História da Alimentação no Brasil”, que defende que o arroz com feijão começou a ser consumido só em 1808. Por conta dessa linha temporal, o responsável teria sido Dom João VI, que teria levado o arroz para o campo dos soldados.

O amor pelo arroz e feijão não é somente um senso comum. O próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou a preferência por esse prato. Entre os anos de 1974 e 1975, o IGBE analisou as despesas familiares e os hábitos alimentares do país, apontando que o brasileiro ama arroz com feijão.

Fonte: R7, Aventuras na História

Imagens: Chbrago, R7

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