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Homem que se vestia de freira e prometia cura vira réu em SC

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Normalmente quando pensamos em freiras ou em algum membro do clero, os relacionamos com pessoas boas e que querem o bem da comunidade que fazem parte. Contudo, essa nem sempre é a história, como no caso desse homem que se vestia de freira e que acabou virando réu.

O homem usava o codinome de “Madre Catarina” e, de acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, ele era um falso médium que atuava no Vale do Itajaí. A denúncia contra esse homem foi recebida na última sexta-feira, pelo Poder Judiciário, e divulgada na segunda-feira dessa semana.

O MPSC denunciou o homem por organização criminosa, estelionato, exercício ilegal da medicina e curandeirismo. De acordo com o Poder Judiciário, o processo segue em trâmite com citação dos acusados e apresentação da defesa.

Caso

SCC10

Além do homem que se passava por freira, junto com ele agiam mais seis pessoas. Elas também foram denunciadas pelo MPSC e também se tornarão rés, já que o processo é o mesmo.

Segundo o MPSC, o homem enganou várias pessoas fazendo promessas de cura com supostas cirurgias espirituais. Para fazê-las, ele usava instrumentos médicos, ou então domésticos, como por exemplo, tesouras, facas e estiletes, sem esterilização. O homem até usou esses objetos para fazer a “retirada” de tumores faciais e pedra nos rins.

As outras pessoas que agiam junto com a falsa freira foram denunciadas de acordo com a sua participação no esquema.

Como o homem agia

G1

Os “atendimentos” que o homem fazia foram vistos em vídeos publicados no YouTube. Depois do começo da investigação pela Polícia Civil, no ano passado, os vídeos foram tirados da plataforma. No entanto, eles mostravam que o homem fazia esse “trabalho” há pelo menos dois anos.

Nas imagens, é possível ver que o homem se vestia de freira para fazer com que as pessoas acreditassem que ele poderia realmente curar doenças através das cirurgias espirituais e orações. O mais impressionante é que ele conseguiu fazer isso em Blumenau, Timbó, onde a denúncia foi feita, e Ibirama.

As outras pessoas que também foram indiciadas o ajudavam com os demais procedimentos, como por exemplo, na instrumentação, aconselhamento e recebendo os valores das doações, recepção dos pacientes e segurança do local.

Esse grupo recebia a visita de dezenas de pessoas todos os dias e cobrava 100 reais por cada cirurgia ou consulta. O caso que resultou na acusação de estelionato foi de um idoso, em que eles exigiram que fosse pago 800 reais.

“De se ressaltar que, as cirurgias espirituais eram feitas diretamente no corpo físico dos ‘pacientes’, com os mesmos instrumentos de uma cirurgia médica convencional, porém sem anestesia e dispensando qualquer precaução de assepsia. Em certos casos, embora não raros, os denunciados utilizavam-se de objetos de uso domésticos, facas, tesouras estiletes, como instrumentos operatórios, igualmente sem quaisquer cuidados antissépticos”, afirmou o promotor de Justiça Daura Serratine.

Nesse caso, o MPSC orientou que se alguém mais tiver sido vítima desse homem, que a pessoa procure a Promotoria de Justiça da própria cidade ou a delegacia.

Indiciado

G1

Os motivos que podem levar alguém a ser indiciado são muitos. Nesse caso, que aconteceu na cidade de Pontalina, em Goiás, o homem foi indicado por injúria racial.

A discussão entre ex-marido e ex-mulher terminou com o homem chamando a sogra de “galinha preta de macumba”. Depois de escutar a ofensa, a mulher repassou a situação para sua mãe, a qual foi o alvo da injúria. Então, a vítima procurou a delegacia e relatou o caso.

O termo é bastante racista. Por conta disso, a Polícia Civil indiciou o rapaz. Ele responde em liberdade pelo crime, podendo receber uma condenação de até cinco anos de prisão.

Esta denominação ocorre quando as ofensas se dedicam a menosprezar a raça, a etnia, a cor, a religião ou a origem de alguém. Apesar da gravidade dos fatos, a situação costuma permitir que os suspeitos respondam aos crimes em liberdade.

De acordo com o delegado que cuida do caso da ofensa à sogra, Pedro Damoch, o homem não será preso de forma preventiva. Isso se deve ao fato de não existir amparo legal para que essa restrição de liberdade ocorra. Se condenado, a pena do suspeito pode chegar a cinco anos.

Fonte: G1

Imagens: G1, SCC10

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