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IA cria vídeo a partir de foto de empresária brasileira para golpes do Pix

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A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que dá às máquinas a possibilidade de terem conhecimentos através de experiências, e permite que elas se adaptem ao seu meio e desempenhem tarefas quase da mesma maneira que um ser humano faria. Por mais que ela tenha sido criada para ser uma ferramenta que ajude a aumentar a eficiência no processamento e na classificação de grandes volumes de dados, elas podem ser usadas por várias pessoas, até mesmo criminosos.  Tanto é que golpes já estão sendo feitos através de ferramentas de IA.

Um exemplo disso foi esse caso onde criminosos usaram a foto de perfil de uma empresária do Distrito Federal e através de inteligência artificial criaram um vídeo para aplicar um golpe promovendo um esquema de pirâmide com Pix.

Caso

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Essa empresária Gizele Mendes, de 40 anos, usava suas redes sociais para divulgar o cardápio do seu restaurante. E o vídeo feito pelos criminosos para aplicar o golpe foi parecido o suficiente para que três seguidores da empresária transferissem dinheiro. Essas vítimas depositaram valores variando entre 300 e mil reais.

De acordo com os stories que os criminosos postaram no perfil de Gizele, quem depositasse 300 reais iria receber 1.500, e quem fizesse um depósito de 500 reais iria receber 2,5 mil. E assim sucessivamente.

Quando viu o golpe sendo divulgado em sua conta, a empresária procurou um hacker para conseguir recuperar sua conta e registrou um boletim de ocorrência. Agora, a polícia está investigando os crimes de falsidade ideológica e estelionato.

Mesmo com a investigação da polícia, até a noite da terça-feira dessa semana nenhum envolvido no golpe tinha sido identificado e o dinheiro das vítimas também não tinha sido recuperado.

Outro golpe

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Os golpes nas redes sociais estão cada vez mais comuns. Tanto que, em julho, Juliana Brichesi, designer de arte de 46 anos, teve seu Instagram hackeado. O golpista usou um deepfake e postou imagens no perfil de Juliana para promover golpes financeiros.

A conta da designer foi hackeada depois que ela gravou um vídeo agradecendo por ter ganhado um sorteio feito por um restaurante de São Paulo. Na realidade, esse prêmio nunca existiu porque a conta do restaurante também tinha sido invadida.

De acordo com Juliana, o golpista mudou o vídeo de agradecimento feito por ela e postou o registro alterado como se ela estivesse falando que tinha ganhado 10 mil reais depois de ter aplicado mil reais.

Inteligência artificial

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Como visto, a inteligência artificial pode acabar facilitando a vida dos golpistas. E a maneira como eles podem aplicar os golpes são variadas. Veja as mais comuns.

Usando imagem ou voz feita por IA

Um golpe bem comum é quando uma pessoa finge ser outra e entra em contato com um parente por WhatsApp contando uma situação de problema financeiro e pedindo dinheiro. E existem também as versões em que o criminoso finge um sequestro e pede um resgate.

Agora, com a inteligência artificial, esse golpe pode ser “melhorado”. Isso porque os criminosos podem usar o deep fake para simular a voz, ou até mesmo a imagem de um familiar ou ente querido. Isso faz com que a vítima fique ainda mais vulnerável e propensa a enviar o dinheiro pedido.

Instalando malware

O malware é um software que pode ser instalado nos dispositivos com a intenção de roubar dados, clonar contas e cometer vários outros crimes. Eles conseguem “entrar” no dispositivo de alguém com iscas, como por exemplo, e-mail falso e links maliciosos.

Usando ChatGPT

Muito comentado hoje em dia, o ChatGPT pode ser uma ferramenta usada pelos criminosos para dar golpes. Até porque, é possível treiná-lo para que ele imite o estilo de escrever de uma pessoa, o que faz com que as mensagens fiquem mais críveis.

Com todas essas possibilidades, as pessoas devem saber maneiras de se protegerem dos golpes. Para isso, existem algumas coisas que podem ser feitas.

Combinar uma palavra de segurança

É recomendável que as pessoas conversem com os parentes e combinem uma palavra de segurança, que funcionará como uma “senha”, que os protegerá nos momentos em que eles acharem que estão caindo em um golpe. Isso porque a palavra pode ser perguntada na conversa e se quem estiver escrevendo não a souber é possível saber que se trata de um golpe.

Conhecer os traços de linguagem da inteligência artificial

Mesmo sendo algo mais difícil, não é uma coisa impossível. Isso porque, as IAs generativas têm uns tipos de marcação de linguagem que podem ser percebidos por um olhar mais atento. Por exemplo, vários termos repetidos, linguagem extremamente simples e falhas na coesão entre as frases.

Confrontar as informações ditas

Nas conversas geradas por IA, informações falsas podem aparecer. E quando ela não sabe a resposta certa para alguma coisa que foi perguntada, ela geralmente cria respostas para preencher a lacuna. Justamente por isso é bom confrontar a “pessoa” digitando para ver se é ou não uma inteligência artificial e se se trata de um golpe.

Não confiar em áudios

Mesmo que muitas pessoas tenham o costume de pedir um áudio como forma de confirmar se é realmente a pessoa que está falando, com as novas ferramentas de inteligência artificial isso pode não ser mais garantia. Até porque, elas conseguem criar áudios como se fossem as pessoas. Então, é importante procurar outras formas de confirmação.

Fonte: Olhar digital, Tecmundo

Imagens: Olhar digital

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