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IA usa radiografia para diagnosticar doenças do coração

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Para que uma inteligência artificial (IA) seja usada para determinada função ela é treinada através de experiências para que as máquinas adquiram conhecimentos e possam se adaptar às condições e desempenhar tarefas como os seres humanos. Seu uso pode ser infinito e nos mais variados campos. Um deles, em que ela pode fazer uma verdadeira revolução, é na saúde.

Um exemplo disso foi visto em um estudo publicado na revista científica “The Lancent Digital Health”, no qual os pesquisadores da Osaka Metropolitan University, no Japão, falaram sobre sua descoberta de uma IA que consegue classificar as funções do coração e identifica de forma precisa a doença cardíaca vascular com base em uma radiografia simples do tórax.

Até o momento, a doença cardíaca valvular é diagnosticada com uma ecocardiografia. E através da radiografia do tórax é possível identificar doenças, principalmente as nos pulmões. Mesmo que nesse raio-x fosse possível ver o coração, ainda se sabia pouco a respeito da capacidade das radiografias de tórax para detectar uma função ou doença cardíaca. Contudo, essa nova IA funciona a partir dessa radiografia do tórax.

Para que a IA funcionasse, os pesquisadores reuniram dados de 22.551 radiografias de tórax associadas a 22.551 ecocardiogramas. Participaram quase 17 mil pacientes. Então, a inteligência artificial foi treinada para aprender recursos que fazem a ligação entre os dois conjuntos de dados.

IA para doenças do coração

De acordo com os estudos, essa tecnologia conseguiu categorizar de forma precisa seis tipos de doença cardíaca valvular que foram selecionadas e são decorrentes do mau funcionamento de uma das quatro válvulas cardíacas que mantêm o fluxo de sangue normal e na direção certa através do coração.

Em determinados casos é necessário que a pessoa passe por uma cirurgia cardíaca valvular como forma de tratamento. Dentre as mais comuns que exigem a cirurgia está a doença da válvula Aórtica e a doença da válvula Mitral.

“Levamos muito tempo para chegar a esses resultados, mas acredito que seja uma pesquisa significativa. Além de melhorar a eficiência dos diagnósticos médicos, o sistema também pode ser utilizado em áreas onde não há especialistas, em emergências noturnas e para pacientes com dificuldade de fazer ecocardiografia”, disseram os pesquisadores.

Ajuda da tecnologia

Muitas pessoas podem achar estranho que a cardiologia seja um assunto relacionado com a tecnologia, mas isso já foi visto com o programa TeleCardio. Ele é uma ferramenta de suporte bastante avançada e feita para ajudar no momento de tomada de decisões em situações de emergência cardiológica que são bastante comuns no cotidiano de um pronto-socorro.

E ele não é o único aplicativo que ajuda a ter informações a respeito da cardiologia. Tanto é que até a própria Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) tem seu aplicativo que consegue ter as principais publicações todas em um só lugar.

Por conta disso, a IA está cada vez mais presente como uma grande aliada na cardiologia. E claro que esse desenvolvimento continuará crescendo com o tempo e sendo mais aplicado na vida dos pacientes.

Usos

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Um outro uso da IA foi para medir rapidamente o fluxo sanguíneo dos pacientes. Através disso se torna mais fácil prever o risco de morte deles por doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).

O estudo foi feito pela University College London (UCL) e pela unidade Barts Health NHS Trust, na Inglaterra. Ele analisou imagens de exames de rotina através de uma técnica automatizada de inteligência artificial. Com isso, os pesquisadores queriam encontrar uma maneira nova, e que fosse simples, para medir o fluxo sanguíneo dos pacientes sem um procedimento invasivo.

Para isso eles analisaram mais de mil imagens de pacientes atendidos nos hospitais St. Bartholomew e Royal Free Hospital. Como resultado, essa nova técnica conseguiu fazer a identificação quase que imediata de qual tratamento era mais indicado para cada caso.

Colocando em termos práticos, fazer a análise de imagens de ressonância magnética cardiovascular (CMR) com precisão é uma das coisas mais difíceis por conta da tradução das imagens. Contudo, usando a técnica com inteligência artificial, os pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, traduzir as imagens sem ter muitas dificuldades. Além disso, eles também conseguiram prever problemas como ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e até morte.

De acordo com James Moon, professor da UCL, esses algoritmos de IA já conseguem fazer coisas que nem mesmo os médicos podem. “A inteligência artificial está saindo dos laboratórios de informática e entrando no mundo real da saúde, realizando algumas tarefas melhores do que os médicos poderiam fazer sozinhos. Tentamos medir o fluxo sanguíneo manualmente antes, mas é tedioso e demorado, levando os médicos para longe de onde eles são mais necessários, com seus pacientes”, disse ele.

Na visão do doutor Peter Kellman, dos Estados Unidos, que não participou do estudo, essa nova técnica demonstra o poder da inteligência artificial para o futuro da medicina.

“O estudo demonstra o crescente potencial da tecnologia de imagem assistida por inteligência artificial para melhorar a detecção de doenças cardíacas e pode aproximar os médicos de uma abordagem de medicina de precisão para otimizar o atendimento ao paciente. Esperamos que essa abordagem de imagem possa salvar vidas no futuro”, pontuou.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech, Medicina S/A

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