A velocidade de avanço e crescimento da tecnologia estĂĄ muito rĂĄpida. Em suma, a inteligĂȘncia artificial (IA) Ă© uma tecnologia que possibilita que mĂĄquinas adquiram conhecimentos por meio de experiĂȘncias, se adaptem Ă s condiçÔes e consigam desempenhar tarefas como os seres humanos.
Em suma, as coisas que a IA vem conseguindo fazer com o passar do tempo tem aumentado e cada vez mais impressionando as pessoas. Como nesse caso, onde ela pode ajudar os cientistas a desvendar mistérios do nosso passado.
Essa adolescente de mais de 50 mil anos atrĂĄs tem uma singularidade bem estranha. Ela parecia ser uma ancestral hĂbrida dos humanos modernos que os cientistas nunca tinham visto antes.
Ancestral
Recentemente, os pesquisadores descobriram evidĂȘncias de que ela nĂŁo estava sozinha. Um estudo, feito em 2019, analisou a complexa prĂ©-histĂłria da humanidade. E nele, os cientistas usaram uma inteligĂȘncia artificial para identificar uma espĂ©cie ancestral humana desconhecida que tinha sido encontrada.
âHĂĄ cerca de 80 mil anos, ocorreu o chamado Out of Africa, quando parte da população humana, que jĂĄ era formada por humanos modernos, abandonou o continente africano e migrou para outros continentes, dando origem a todas as populaçÔes atuais. Ă medida que os humanos modernos forjaram esse caminho atĂ© a massa de terra da EurĂĄsia, eles forjaram algumas outras coisas tambĂ©m, cruzando com hominĂdeos antigos e extintos de outras espĂ©ciesâ, explicou o evolucionĂĄrio o biĂłlogo Jaume Bertranpetit da Universitat Pompeu Fabra na Espanha.
Se pensava até recentemente, que dentre esses parceiros sexuais ocasionais estavam os neandertais e os denisovanos. Sendo que até 2010, também não se conhecia os denisovanos.
Estudo
Agora, nesse estudo, um terceiro ex de muito tempo atrĂĄs foi isolado no DNA eurasiano. Isso foi possĂvel graças a algoritmos de aprendizado profundo que analisaram uma massa complexa de cĂłdigo genĂ©tico humano antigo e moderno.
Os pesquisadores usaram uma tĂ©cnica estatĂstica chamada inferĂȘncia bayesiana. Com ela, eles encontraram evidĂȘncias do que eles chamaram de “terceira introgestĂŁo”. Ela era uma população arcaica “fantasma” com a qual os humanos modernos cruzaram durante o ĂȘxodo africano.
“Esta população estĂĄ relacionada ao clado Neandertal-Denisova ou divergiu cedo da linhagem Denisova. O que significa que Ă© possĂvel que esta terceira população na histĂłria sexual da humanidade seja possivelmente uma mistura de Neandertais e Denisovanos”, escreveram os pesquisadores.
Do ponto de vista do aprendizado profundo, essa Ă© uma corroboração hipotĂ©tica da espĂ©cie de fĂłssil hĂbrido de adolescente que foi encontrado em 2018. Mas ainda existe muito a ser feito e os projetos de pesquisa nĂŁo estĂŁo conectados.
“Nossa teoria coincide com o espĂ©cime hĂbrido descoberto recentemente em Denisova, embora ainda nĂŁo possamos descartar outras possibilidades”, disse um integrante da equipe, o genomicista Mayukh Mondal, da Universidade de Tartu, na EstĂŽnia.
ObservaçÔes
Em 2018, os pesquisadores tambĂ©m identificaram evidĂȘncias do que se chamou de “terceiro evento de cruzamento definitivo” junto de denisovanos e neandertais. E outros estudos de 2019 traçaram a linha do tempo de como essas espĂ©cies extintas se cruzaram e entrelaçaram em detalhes mais claros do que nunca.
Ainda sim, existem vĂĄrias pesquisas que ainda precisam serem feitas. Contudo, segundo a pesquisa, o que a equipe encontrou explica nĂŁo apenas um processo de introgressĂŁo esquecido, mas tambĂ©m um “namoro”, que do seu jeito, explica parte de quem somos hoje.
“Pensamos em tentar encontrar esses locais de alta divergĂȘncia no genoma, ver quais sĂŁo neandertais e quais sĂŁo denisovanos, e entĂŁo ver se eles explicam todo o quadro. Acontece que, se vocĂȘ subtrair as partes de Neandertal e Denisovan, ainda hĂĄ algo no genoma que Ă© altamente divergente”, concluiu Bertranpetit.
Fonte: https://www.sciencealert.com/artificial-intelligence-finds-an-unknown-ghost-ancestor-in-the-human-genome
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