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Isso é o que acontece quando você para de comer açúcar

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Todo mundo gosta de doce. Ainda que você prefira uma boa carne ou prato salgado, ninguém recusa um pedacinho chocolate, de brigadeiro, de um doce, uma bala, um chiclete, ou até mesmo um refrigerante ou suco com açúcar.

Contudo, o consumo exagerado não só te engordar e te dá cáries, mas causa dependência.

Na neurociência, a comida é considerada uma “recompensa natural”. Para nossa sobrevivência, coisas como comer, fazer sexo e nutrir os outros são prazeroso para o cérebro, a fim de que esses comportamentos sejam reforçados e repetidos.

A Evolução fez surgir a “via mesolímbica”, um sistema do cérebro que decifra as recompensas naturais. Quando fazemos algo prazeroso, um feixe de neurônios usa o neurotransmissor dopamina para mandar sinais ao “núcleo accumbens”, que por sua vez se liga ao córtex pré-frontal, que comanda nossos movimentos motores, além de armazenar lembranças.

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Nem todos os alimentos são igualmente “gratificantes”, é claro. A maioria de nós prefere doces alimentos mais azedos e amargos, porque, durante a evolução, a nossa “via mesolímbica” veio reforçando que coisas doces são uma fonte saudável de carboidratos para os nossos corpos. Quando nossos ancestrais saiu à procura de frutas, por exemplo, azedo significava “ainda não maduro”, enquanto amargo significava “perigo: veneno”.

Claro que os carboidrato e açúcares das frutas são totalmente diferentes do açúcar consumido na sociedade atual. Há 10 anos, uma pessoa consumia 22 colheres de chá de açúcar por dia , totalizando 350 calorias. Hoje em dia, as pessoas consomem 34 colheres por dia.

Hoje, os alimentos processados ​​e preparados geralmente contém açúcares. Estes açúcares, na verdade, são tão viciantes quanto drogas (como nicotina, cocaína e heroína). Penetram as vias de recompensa do cérebro e nos tornam usuários dependentes.

Ficar sem comer açúcar é como passar por uma desintoxicação de drogas ou uma reabilitação.

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Em uma experiência, alguns ratos foram privados de alimento durante 12 horas. Depois, foram fornecidas 12 horas de acesso a uma solução açucarada e ração normal. Depois de um mês seguindo este padrão diariamente, os ratos apresentam comportamentos semelhantes a de viciados em drogas abusivas. Eles consumiram muito mais a solução de açúcar do que a sua comida normal. Eles também mostram sinais de ansiedade e depressão durante o período de privação de alimento.

Como as drogas, açúcar estimula a liberação de dopamina no cérebro. A longo prazo, o consumo regular de açúcar vicia, e cada vez o cérebro vai pedir mais quantidades de açúcar para ativar as sensações de “prazer”.

Mas se livrar do vício doce também é possível.

Mais estudos foram aplicados aos ratos dependentes de açúcar. Submetendo-os a uma “reabilitação” de açúcar. A abstinência de açúcar das dietas levou a problemas físicos, incluindo bater de dentes, tremores das patas, e balanço de cabeça, bem como uma ansiedade. Apear disso, por fim, eles conseguiram se livrar do vício.

Apesar de extremas, essas experiencias com os ratos fornece uma visão sobre as nossas bases neuro-químicas da dependência de açúcar.

O segredo, como tudo na vida, é moderação. Consuma apenas o necessário, não exagere nos doces e mantenha hábitos saudáveis, como prática de exercícios. Além disso, consulte seu nutricionista e seu médico para saber suas reais necessidades de consumo de açúcar.

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