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Júpiter faz sua maior aproximação da Terra em quase 60 anos

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Na noite de segunda-feira (26), foi possível ter a melhor visão de Júpiter em toda sua vida. Assim, não é preciso ficar triste por ter perdido esse evento. Isso porque o planeta ainda estará visível nos próximos dias.

O gigante gasoso está tão deslumbrante porque fará a maior aproximação da Terra desde 1963 e estará no lado oposto do Sol para nós. Isso confere as condições necessárias para que o planeta apareça brilhante no céu. Desse modo, o maior planeta do nosso Sistema Solar está num posicionamento relativo à Terra que os astrônomos chamam de “oposição”.

O fenômeno acontece quando um objeto astronômico e o Sol ficam em lados opostos da Terra. Assim, o objeto surge no Leste enquanto o Sol se põe no Oeste. Então, esse costuma ser o momento ideal para a observação de qualquer planeta, sendo que Júpiter, em específico, fica nessa posição a cada 13 meses.

Porém, esse ano é especial, porque acontece enquanto o planeta está mais próximo da Terra. Vale destacar que essa proximidade é relativa, porque o planeta está a 590,6 milhões de quilômetros daqui, o que continua sendo bem distante. Para fins de comparação, a Lua está a 384,4 quilômetros da Terra.

Essa aproximação acontece por conta de uma coincidência no movimento dos planetas. Se Júpiter e a Terra orbitassem o Sol em círculos perfeitos, a oposição e a maior aproximação aconteceriam ao mesmo tempo. No entanto, as órbitas são elípticas, então os dois eventos estão desalinhados e a aproximação, como resultado, varia de ano para ano.

Assim, nos próximos dias, Júpiter deve ser um dos objetos mais brilhantes no céu noturno, até o mais brilhante. Aqueles que moram em locais de clima seco e altitude elevada terão maior facilidade para ver o planeta. Áreas mais escuras, afastadas de centros urbanos, também oferecem maior visibilidade.

O planeta gasoso irá surgir no céu ao pôr do sol e parecerá branco perolado a olho nu. Mas, com a ajuda de binóculos, será possível ver as icônicas faixas do planeta, ou pelo menos a central e três ou quarto dos satélites galileanos – as quatros maiores luas do planeta: Io, Euorpa, Ganimedes e Calisto.

Júpiter tem 53 luas nomeadas, mas 79 foram detectadas no total. Os satélites galileanos receberam esse nome porque foram observados pela primeira vez em 1610, por Galileu Galilei. Eles aparecerão como pontos brilhantes em ambos os lados de Júpiter durante a oposição.

Quando o planeta está em seu ponto mais distante da Terra, Júpiter fica a 965,6 milhões de quilômetros de distância de nós. Assim, a maior aproximação e a oposição não acontecerão juntas novamente até o ano de 2129.

Júpiter brilha em foto nítida

Júpiter

Andrew McCarthy

O astrofotógrafo Andrew McCarthy conseguiu uma imagem em que o gigante gasoso fica ainda mais belo, numa composição que é resultado de 600 mil imagens individuais.

“Estou orgulhoso de compartilhar com você a foto mais clara que consegui de Júpiter até agora.”

“Júpiter é o objeto brilhante que surge nos céus do leste logo após o pôr do sol. Parece uma estrela brilhante a olho nu, mas um olhar através de binóculos mostrará as 4 luas galileanas do planeta. Através de um telescópio, as faixas de nuvens do planeta se tornam visíveis, e a mancha vermelha será visível se o planeta estiver voltado para o caminho certo. Ver Júpiter através de um telescópio é parte do que me inspirou a seguir esse caminho e me tornar um astrofotógrafo, e nunca me canso de vê-lo.”

“Isso foi capturado com meu telescópio de 11” e uma câmera colorida que costumo usar para trabalhos em céu profundo. Para saber mais sobre o que acontece para capturar isso, confira meu blog no meu site!”, escreveu na legenda da fotografia, postada em seu perfil do Instagram.

Fonte: Superinteressante

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