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Loja tem prejuízo de R$ 1 mil após sofrer golpe do falso Pix

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Uma loja de conveniência da Zona Leste de Teresina, Piauí, teve um prejuízo avaliado em mais de R$ 1 mil após jovens aplicarem um golpe da falsa transferência, ou falso Pix.

De acordo com uma funcionária do local, Fábia Sousa, em três dias diferentes, os suspeitos conseguiram fazer compras de whiskys, energéticos e gelo no estabelecimento. Na última tentativa, no domingo (11), a compra não foi finalizada porque a vendedora estava desconfiando dos jovens.

Em entrevista ao G1, ela disse que os jovens atuavam em conjunto, no entanto, faziam as compras separadas em dias e horários diferentes para que os funcionários não desconfiassem da ação.

No total, foram pelo menos quatro homens ao local em três dias diferentes, e conseguiram realizar três compras. As imagens das câmeras de segurança do local capturaram o momento em que dois suspeitos entram na loja e escolhem os produtos.

“A gente faz o Pix por QRcode, com o valor certinho. Mas o criminoso alegou que não tinha como porque quem iria fazer o Pix não era ele, era outra pessoa. Então ele procurou os whiskys mais caros na loja, energéticos e gelo. Quando fazem o Pix nós tiramos fotos e enviamos para os nosso patrões”, disse a funcionária.

Ela contou que os atendentes já haviam dado um jeito de evitar esse tipo de golpe. No entanto, os suspeitos utilizaram táticas para conseguir distrair e levar os produtos sem concluir o Pix.

“Geralmente, esperamos nosso patrões confirmar, mas as compras aconteciam sempre à noite, quando o movimento tá alto e eles também estão na correria. Aí da quarta vez que isso aconteceu, a gente descobriu o golpe porque o valor da compra era muito alto e esperamos nossa chefe confirmar, mas o bandido estava apressado e quando viu que ia ser descoberto, saiu da loja”, disse Fabia.

A ação dos jovens era bastante simples: eles simulavam uma transferência por Pix, mas não finalizavam. O “comprovante” que eles apresentavam para os funcionários era apenas a etapa da confirmação de dados .

Como evitar o golpe do Pix

Foto: Reprodução/ G1

O delegado titular da Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI), explicou como evitar cair nesse tipo de golpe. De acordo com ele, o golpe do falso comprovante de pagamento é praticado há anos no Brasil.

“Isso pode acontecer com pessoas físicas que fazem vendas de negociação direta como em plataformas de compra e venda, e também com comerciantes que aceitam transferência bancária como pagamento, seja TED [Transferência Eletrônica Disponível], DOC [Documento de Crédito] ou Pix”, disse em entrevista ao G1.

O policial Civil explicou que para prevenir, a maneira confiável é a mais óbvia: confirmar se o valor realmente caiu na conta de destino do pagamento antes de entregar o produto.

“Se a gente está falando de uma empresa, onde tem funcionários no caixa que vão fazer esse controle, você tem outra estratégia como fazer a venda no cartão de crédito, de débito ou gerar um código único para pagamento por Pix em que você recebe a confirmação desse pagamento”, orientou ele.

Mecanismo Especial de Devolução

Foto: Jo Galvao/ Shutterstock

Além do modelo ensinado acima, o delegado informou que existe uma ferramenta desenvolvida pelo Banco Central do Brasil (Bacen) para minimizar danos em casos de fraude ou erro operacional que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED).

De acordo com informações do Bacen, repercutidas pelo G1, é necessário registrar um boletim de ocorrência. Em seguida, você deve avisar ao seu banco ou instituição financeira, por meio de um canal de atendimento oficial, como Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) ou Ouvidoria. 

Conforme o delegado, no ambiente Pix nos aplicativos dos bancos, existe um link direto para o canal que deve ser usado para registrar a reclamação.

“Acontece que, na transferência por meio do Pix o valor cai instantaneamente na conta de destino. E muitas vezes o criminoso já está logado na conta e levanta rapidamente esse valor, tornando incapaz o bloqueio cautelar ou MED”, afirma Anchieta.

Fonte: G1

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