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Longevidade: idoso conhecido como ”terror do INSS” completa 123 anos

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A longevidade tem aumentado significativamente nas últimas décadas. Os avanços na área da tecnologia e saúde têm garantido uma vida mais longa e em melhores condições. Mesmo assim, não são muitas as pessoas que conseguem passar da marca dos 100 anos. No entanto, não é impossível ver pessoas centenárias vivas.

Um exemplo é Andrelino Vieira da Silva, aposentado que ficou conhecido depois que viralizou na internet como sendo o “terror do INSS”. No último sábado, ele completou 123 anos em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital. Mesmo com uma idade tão avançada assim, a família do idoso disse que ele está bem de saúde e disposto.

“Ele está bem, está tudo ótimo. É uma satisfação muito grande, por ele estar mais 1 ano com a gente assim, todo mundo junto”, orgulhou-se a neta Janaína Lemes de Souza.

123 anos

G1

Para quem duvida da longevidade do idoso, ele nasceu no dia três de fevereiro de 1901, em Firminópolis. Em sua vida, Andrelino foi casado, teve sete filho, estando cinco vivos. O idoso também tem 13 netos, 16 bisnetos e um tataraneto.

Em 2021, quando ele fez 121 anos, o idoso ganhou um bolo temático com uma placa escrita: “O terror do INSS”. Foi essa foto que viralizou na internet e fez com que Andrelino, de acordo com a neta, começasse a ser reconhecido na rua e até ter pedidos de tirar foto com ele.

“Dependendo do lugar, o pessoal até reconhece ele. Alguns pedem para tirar foto e ele tira. Quando a gente fala, ele diz para a gente: ‘Vocês inventam cada coisa’”, disse a neta.

Outra coisa que toda repercussão lhe trouxe foi uma placa do governo federal o homenageando. “O senhor não é o terror do INSS. O senhor é uma bênção para o INSS. Desejamos ao senhor Andrelino muitos mais anos de vida”, dizia a mensagem.

Longevidade

Comunica UEM

Vendo casos como o de Andrelino, muitas pessoas podem se perguntar se existe um limite para a vida. Essa é uma pergunta que já é feita há tempos e tem sido o foco de pesquisas estatísticas recentes. De acordo com o que elas sugerem, se esse limite para a vida humana realmente existir, a humanidade ainda não o alcançou.

Até porque, com o passar do tempo, as estimativas de vida foram aumentando de forma contínua. Por exemplo, na Idade do Bronze, os hebreus pensavam que a idade máxima que uma pessoa poderia chegar era aos 80 anos. Já mil anos depois, os romanos colocaram a idade máxima que alguém poderia ter como 100 anos.

Agora, no momento em que vivemos, com todos os avanços da medicina e com o cuidado social, a longevidade das pessoas está ultrapassando esse número. Tanto é que o recorde de pessoa mais velha do mundo é de Jeanne Calment, que morreu em 1997 com 122 anos de idade.

Por mais impressionante que seja a idade dessa mulher, o recorde de pessoa mais velha do mundo pode deixar de ser dela em pouco tempo. Isso porque, de acordo com o último estudo, quem será o ser humano mais velho de todos os tempos ainda não nasceu.

Para obter esse resultado, os pesquisadores da University of South Florida e da University of Georgia analisaram dados históricos e também atuais de pessoas com idades entre 50 e 100 anos em 19 países industrializados. Com isso, eles queriam saber se o aumento da expectativa de vida que foi visto no último século estava se estabilizando. Se esse fosse o caso, isso mostraria que os humanos poderiam estar chegando perto da sua longevidade máxima.

Contudo, a análise que eles fizeram mostrou que as pessoas nascidas antes de 1950 podem quebrar os recordes de longevidade nas próximas décadas. Isso, é claro, se tiver uma estabilidade política e econômica que mantenha a saúde delas.

Além disso, de acordo com as tendências atuais, uma pessoa que nasceu nos anos 1930 ou 1940, provavelmente, irá superar o recorde atual de pessoa mais velha. Isso é tão verdade que quem está perto de colocar novos recordes para a longevidade dos humanos são as mulheres japonesas.

Mesmo com os próprios pesquisadores reconhecendo que os humanos podem sim chegar em um teto para o limite da vida, ainda não é claro qual seria esse limite. Segundo eles, os nascidos entre 1900 e 1950 experimentam um adiamento da morte nunca visto antes, contudo ainda não quebraram recordes.

No entanto, conforme essas pessoas atingirem idades mais avançadas durante as próximas décadas, esses recordes de longevidade podem ser aumentados de forma significativa.

Os pesquisadores desse novo estudo também pensam conforme o postulado em estudos anteriores sobre o tema. “Se há um limite máximo para a expectativa de vida humana, ainda não estamos nos aproximando dele”, disseram.

Mesmo que esse novo estudo mostre que talvez não exista um limite, um estudo feito em 2021 sugeriu que o corpo humano tem sim uma expectativa de vida limite e que ela é 150 anos. Para chegar a essa conclusão, o estudo focou no quesito biomédico.

Além desse, um outro estudo também propôs uma idade máxima para a longevidade humana. Segundo ele, o ser humano provavelmente pode viver até 130 anos e possivelmente muito mais. Contudo, as chances de se atingir essa super-idade ficam cada vez menores.

Mesmo que o risco de morte aumente ao longo da vida, a análise feita pelos pesquisadores mostra que o risco eventualmente se estabiliza e permanece constante em cerca de 50-50.

“Depois dos 110 anos, pode-se pensar em viver mais um ano como sendo quase como jogar uma moeda justa. Se der cara, você viverá até seu próximo aniversário e, se não, morrerá em algum momento no próximo ano”, explicou Anthony Davison, professor de estatística do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne (EPFL), que liderou a pesquisa.

O fato é que toda essa discussão a respeito se existe ou não um limite para a longevidade humana ainda está longe de terminar. Até porque, na visão de alguns cientistas, existe um limite maior, enquanto outros dizem que não existem evidências para que essa afirmação seja feita.

Imagens: G1,Comunica UEM

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