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Maleta perdida por astronautas em estação espacial pode ser vista por binóculos

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As pessoas são fascinadas com o espaço e as coisas que existem nele. Mas o que muitos podem não saber é que o espaço é o lar de meio milhão de toneladas de lixo espacial. Trata-se de fragmentos de detritos pequenos. Esses possuem, em média, o tamanho de uma bolinha de gude e são como “poluições” na órbita da Terra.

Contudo, nem sempre eles são tão pequenos assim. Um exemplo disso é a mala de ferramentas que foi perdida pelos astronautas enquanto eles faziam reparos na Estação Espacial Internacional e que agora pode ser vista, através de binóculos, aqui da Terra. Agora, essa maleta se juntou aos milhares de pedaços de lixo espacial que orbitam o nosso planeta.

A maleta foi perdida enquanto as astronautas Jasmin Moghbeli e Loral O’Hara estavam fazendo uma caminhada espacial do lado de fora da  Estação Espacial Internacional e então o objeto acabou flutuando para longe.

Maleta

Terra

Depois disso, o objeto apareceu flutuando para longe nas imagens capturadas pelas câmeras externas da ISS. Atualmente, a maleta está orbitando o nosso planeta um pouco à frente do complexo orbital.

Como a maleta é bem brilhante e ela tem uma magnitude um pouco abaixo do limite mínimo para ser observada a olho nu, é possível observá-la com binóculos ou telescópios pequenos.

Para que o objeto possa ser visto, o observador tem que estar longe da poluição luminosa, ou seja, estar em uma área com pouca iluminação artificial, como por exemplo, campos ou montanhas afastadas da cidade.

O que se espera é que a maleta fique alguns meses se movendo ao redor do nosso planeta até que comece a descer a órbita. Então, quando ela tiver perdido altitude suficiente, o objeto irá atravessar os gases atmosféricos e será queimado nesse processo.

Lixo espacial

Jornal da USP

Mesmo tendo um tamanho relativamente pequeno, o lixo espacial é um problema grande. Tanto é que a Administração Federal de Aviação (FAA) está tentando diminuir a quantidade de lixo espacial na órbita do nosso planeta. De acordo com a proposta dela, o tempo que os estágios superiores de empresas privadas podem ficar em órbita pode ser limitado.

Segundo uma versão preliminar, a FAA explicou que o objetivo dessa nova regra é “limitar o crescimento de novos detritos orbitais, e de reduzir o potencial de colisões com naves e satélites para promover um ambiente espacial sustentável”.

Para que isso seja alcançado, as operadoras de lançamentos comerciais podem descartar os estágios superiores, que são a parte do foguete que libera a carga útil, de cinco maneiras diferentes, além de fazer uma reentrada controlada ou então levá-los para uma órbita que seja menos congestionada.

Uma outra opção dada pela FAA foi o descarte atmosférico descontrolado. Ele consiste em deixar o estágio superior perder altitude com o arrasto atmosférico e cair pela órbita baixa da Terra. No caso de a empresa decidir fazer isso, ela tem que fazê-lo em até 25 anos.

Mesmo assim, o documento feito tem uma abertura para que esse cronograma seja diminuído por conta do risco que esses estágios superiores têm no aumento do lixo espacial se eles ficarem por muito tempo em órbita. “Pode ser apropriado ter um tempo de descarte menor, de cinco anos, ou de um período menor que 25 anos”, sugeriu a FAA.

De acordo com a FAA, em julho desse ano tinham mais de 23 mil detritos orbitais com pelo menos 10 cm de diâmetro. “As projeções atuais de detritos estimam um total de meio milhão de objetos com diâmetro entre 1 e 10 cm órbita, e mais de 100 milhões de objetos maiores que 1 milímetro”, pontuou.

Problema

Estado de Minas

O lixo espacial não é composto somente por partes de foguetes. Nele também tem luvas de astronautas, pedaços de espaçonaves “mortas”, satélites desativados, pedaços de espaçonaves, e claro, os restos de foguetes, que ficam na baixa órbita da Terra. Toda essa confusão de lixo espacial, cada vez maior, orbitando a Terra está se tornando um problema bastante sério para os astrônomos. Por conta disso, a China lançou ao espaço uma grande rede de arrasto. O objetivo é diminuir a quantidade de lixo espacial que orbita nosso planeta.

Essa rede foi lançada presa a um foguete Long March 2D, presa ao adaptador de carga útil instalado no estágio superior do veículo. Ela foi a primeira investida e funcionará com um teste para saber se o dispositivo será realmente capaz de trazer de volta à atmosfera partes de espaçonaves já utilizadas.

O lançamento aconteceu em junho de 2022 do Centro de Lançamentos de Satélites Xichang. E junto com o foguete foram enviados três satélites da família Yaogan 35.

A rede, na realidade, se parece mais com uma vela náutica. Ela tem 25 metros quadrados e a ideia é que ela ajude a “desorbitar” o adaptador, ou seja, é esperado que a vela aumente a superfície do objeto de modo que as forças de fricção atmosférica puxem o adaptador de volta à Terra.

Esse adaptador tem aproximadamente 300 quilos e 491 quilômetros de altura. Ele voltar para a atmosfera terrestre não é somente por questões de “limpeza” do espaço, mas também porque quando se diminui o tempo que um objeto inútil fica vagando pelo espaço, o risco de colisão com outros lixos espaciais também diminui.

Segundo a Academia de Tecnologia de Voos Espaciais de Shangai (SAST), a vela foi aberta um dia depois do lançamento do foguete. Mas todo o processo de desórbita do adaptador de carga deve demorar até dois anos.

Essa iniciativa da China é bem vista, já que o acúmulo de lixo espacial é uma das principais preocupações das agências espaciais ao redor do mundo. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), existem mais de 30 mil detritos na órbita da Terra. Já outros modelos aumentam esse número para um milhão.

Fonte: Terra, Olhar digitalYahoo

Imagens: Terra, Jornal da USP, Estado de Minas

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