Curiosidades

Máquinas automáticas de venda no Japão oferecem mais do que chips e refrigerantes

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O caso de amor da América com máquinas automáticas que vendem diversos tipos de produtos remonta a gerações. De acordo com uma recente reportagem publicada pela CBS News, existem, hoje, cerca de 7 milhões de máquinas automáticas especializadas em fornecer refrigerantes, pequenos snacks e artigos diversos no país. Ao todo, o conjunto movimenta cerca de US$ 22 bilhões por ano.

Mesmo sendo algo cultural nos Estados Unidos, quando falamos de variedade e volumes, o Japão é, sem dúvida, o paraíso das máquinas automáticas. Segundo consta na reportagem publicada pela CBS News, o país possui uma máquina automática especializada para cada 30 pessoas.

Máquinas e mais máquinas

Aqueles que já visitaram o Japão sabem muito bem que as luzes e o peculiar brilho das estruturas das máquinas automáticas parecem acenar de todos os cantos do país. Em qualquer esquina, em qualquer estabelecimento é possível encontrar uma dessas belezuras. Obviamente, nem todas são iguais. O deleite envolve versões robustas, finas e pequenas – uma variedade que torna quase impossível não parar diante de uma para comprar um refresco ou um lanchinho.

E por que encontramos tantas máquinas por ali? Conforme as informações que foram disponibilizadas pela reportagem da CBS News, o motivo é a baixa taxa de criminalidade e o desejo por conveniência. Em suma, ambos fatores fizeram do Japão uma meca do atendimento automatizado.

A união de tais fatores conectados intrinsecamente a infinidade de produtos dão uma importância ao serviço que chega a ser impossível de descrever. As máquinas automáticas de venda no Japão oferecem aos consumidores uma gama de produtos que jamais serão vistos aqui. Há diferentes tipos de cafés, chás, águas minerais, sucos e até sopas. Há também máquinas especializadas em comidas frescas, como, por exemplo, frutas e comidas caseiras. Algumas vendem até peixes.

Não obstante, há aquelas que ficam em comidas exóticas, como escorpiões, besouros, gafanhotos e insetos aquáticos – todos cheios de proteínas e, claro, sem glúten. “Basicamente, os japoneses são tímidos. Muitos acham difícil ter que ir a um supermercado ou sair para comer. Por isso essas coisinhas são perfeitas para os introvertidos”, disse o planejador Masashi Sakurai.

Outros produtos

A gama de produtos atende todas as tribos. Não há máquinas automáticas que vendem apenas comidas. Há uma tirania de máquinas que oferecem brinquedos de pelúcia, ferramentas, kits de blocos de madeira e objetos colecionáveis, como cartões, pôsteres de estrelas pop. Existem até algumas que vendem bugigangas para animais de estimação.

Em um templo budista, por exemplo, é possível encontrar o serviço disponibilizando amuletos que supostamente trazem sorte. E aqueles que gostam de produtos sofisticados também podem se esbaldar. Há máquinas que vendem perfumes, produtos da Tiffany & Co. e por aí vai.

O fascínio por tal serviço é tanto que algumas máquinas automáticas que vendem produtos especializados integram obras de arte. Uma foto de uma máquina coberta de neve feita pelo fotógrafo Eiji Ohashi, por exemplo, foi leiloada em Londres por mais de US$ 40.000. “Brilhando lá, em meio a neve, a máquina automática parecia, ao meu ver, um ser humano. Por isso a registrei”, disse Ojashi, que já registrou com sua câmera mais de 1.000 fotos de máquinas ao longo de 13 anos.

Curiosidades

– No Japão há cerca de 3,8 milhões de máquinas automáticas. Deste total, 2,2 milhões vendem refrigerantes;

– Esse serviço opera no país há mais de cinquenta anos;

– Existem aproximadamente 980 mil aparatos que pertencem ao grupo Coca-Cola no Japão – a marca tem a maior participação no mercado de máquinas de venda de refrigerantes no país. A primeira máquina que vendeu o refrigerante começou a operar em 1962;

– No Japão, todas informam sua localização;

– A primeira máquina deste teor foi inventada no antigo Egito, em 215 a.C e a primeira patenteada vendia selos;

– No Japão, o consumo de eletricidade que envolve este serviço diminuiu 70% nos últimos vinte anos.

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