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Matéria escura de outra dimensão pode estar escoando para o espaço

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Aproximadamente 80% da massa do Universo é composta de material que os cientistas não podem observar diretamente. Conhecido como matéria escura, este composto bizarro não emite luz ou energia. Pelo incrível que pareça, os cientistas de partículas e astrofísicos ainda não foram capazes de detectar a substância misteriosa em nenhum lugar do universo visível. Por causa disso, começaram a formular hipóteses sobre o fenômeno. Uma delas é aterradora: a matéria escura de outra dimensão pode estar escoando para o espaço.

Na década de 50, estudos de outras galáxias indicaram que o Universo continha mais matéria do que vislumbramos. O suporte para a matéria escura cresceu. Embora não tenha sido detectada nenhuma evidência direta, houve fortes possibilidades nos últimos anos. “Os movimentos das estrelas dizem o quanto de matéria existe”, disse Pieter van Dokkum, pesquisador da Universidade de Yale, em um comunicado. Ele liderou uma equipe que identificara a galáxia Dragonfly 44, composta quase inteiramente de matéria escura.

Pressupostos

De acordo com Mark Williams, pesquisador da Royal Society University, há várias teorias diferentes sobre a origem do composto. Em entrevista para a Express.co.uk, o físico disse que uma das principais teorias é a Supersimetria. Esta consiste em ser uma extensão do Modelo Padrão, a qual partículas podem decair em uma forma fraca e ao mesmo tempo maciça de matéria escura.

No entanto, existem outras teorias aparentemente mais complexas e inacreditáveis sobre o fenômeno. Uma delas é a de que partículas de matéria escura e sua massa entram no Universo por outras dimensões. Parece difícil de acreditar? Bom, talvez nem tanto.

“Então, você pode imaginar partículas da outra dimensão, de algum modo, vazando sua massa e efeito gravitacional em nosso Universo. Entretanto, a única coisa em comum com tudo isso é que eles têm que ser observáveis ​​em nosso Universo de alguma maneira”, afirma o estudioso. “Não adianta postular uma teoria que não pode ser testada. Somos cientistas e precisamos elaborar previsões testáveis”.

Como sabemos que a matéria escura existe?

Quando os astrônomos observam galáxias distantes em rotação, o momento e o comportamento desses aglomerados estrelados não somam os efeitos gravitacionais que eles deveriam exibir. Simplificando: quando somam toda a matéria visível de uma galáxia, como estrelas e gás, ela parece se mover consideravelmente mais rápido do que deveria. Isso levou os astrofísicos a especularem que alguma forma de matéria invisível está dando às galáxias mais massa do que podemos detectar.

A agência espacial norte-americana NASA explicou: “Esse problema aparece repetidamente quase onde quer que olhemos no Universo. Não apenas estrelas em galáxias se movem mais rápido do que o esperado, mas também galáxias dentro de grupos de galáxias. Em todos os casos, deve haver algo mais lá, algo que não podemos ver. Algo escuro”.

Matéria escura de outra dimensão pode estar escoando para o espaço?

A maioria dos cientistas pensa que a matéria escura é composta de matéria não-bariônica. O principal candidato ao cargo do composto misterioso, WIMPS (partículas massivas que interagem fracamente), tem de dez a cem vezes a massa de um próton. Contudo, suas interações fracas com a matéria “normal” dificultam sua detecção. Os neutrinos, partículas hipotéticas massivas mais pesadas e lentas que os neutrinos, também são possíveis candidatos. Mesmo que, ao menos por agora, ainda não tenham sido identificados.

Os neutrinos estéreis são partículas que não compõem a matéria regular. Por isso, também integram o time de supostos aliados da matéria escura. “Uma das questões pendentes é se existe um padrão para as frações que entram em cada espécie de neutrino”, disse Tyce DeYoung à Space.com. Ele é professor associado de física e astronomia da Michigan State University e colaborador do IceCube.

De acordo com uma declaração do Laboratório Nacional Gran Sasso em Itália (LNGS), “várias medições astronômicas corroboraram a existência de matéria escura. O que leva a um esforço mundial para observar diretamente as interações de partículas de matéria escura com matéria comum em detectores extremamente sensíveis”.

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