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Método quântico é capaz de curar câncer cerebral por meio de spray; entenda

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O câncer talvez seja uma das doenças mais temidas pelo mundo inteiro. Ele é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado, maligno, de células. Quando ele é tratado, esse crescimento exagerado celular pode levar à morte.

Felizmente existem tratamentos contra o câncer, mas infelizmente não são todos os tipos da doença que podem ser combatidos. Contudo, estudos não param de ser feitos, em busca de uma cura para os mais variados tipos.

Por exemplo, segundo um estudo publicado na revista científica Nature Nanotechnology, uma equipe de cientistas ingleses criou um método quântico para curar um tipo de câncer cerebral via spray. Esse estudo foi feito pelos pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, e diz que com essa nova técnica pode-se matar, pela primeira vez, as células cancerígenas do cérebro com um tipo de terapia quântica.

Tratamento para o câncer

Tecmundo

De acordo com os pesquisadores, esse tratamento com o spray é feito para a cura do glioblastoma, um câncer cerebral que é a causa da morte de milhares de pessoas todos os anos. O spray funciona através do uso de nanopartículas de ouro que são revestidas com moléculas ativas redox, que é uma tecnologia conhecida como bionanoantenas.

Essas bionanoantenas conseguem destruir as células cancerígenas que o glioblastoma causa através de um campo elétrico. Ou seja, enquanto está acontecendo uma operação cirúrgica, elas pulverizam as “antenas” da região do tumor que estão carregadas com eletricidade.

“Nossos dados indicam que as células cancerígenas apresentam uma expressão alterada de vias genéticas relacionadas à resposta aguda ao estresse, em comparação com as células normais. Como as mudanças em um campo elétrico dentro das células representam uma resposta aguda ao estresse, isso pode ser uma pista para entender por que as células cancerígenas são mortas, mas as células normais não”, disse Frankie Rawson, um dos autores do estudo e pesquisador na Universidade de Nottingham.

Técnica

Tecmundo

Quando o campo elétrico é aplicado nas bioantenas, acontece uma “transferência quântica de elétrons na superfície da proteína ligada às bio-nanoantenas”. Essa transferência dá um sinal para que as partículas cancerígenas ativem uma morte celular programada. Com isso, as células do glioblastoma começam a se autoeliminar, o que consequentemente impede que o tumor cresça.

Os pesquisadores explicaram que essa técnica, além de destruir o câncer, não danifica nenhuma célula cerebral no processo. Isso pode ser o começo das terapias quânticas. No entanto, é importante destacar que há algum tempo a função da mecânica quântica nos processos biológicos das pessoas é estudada.

Esse processo científico da técnica é chamado de tunelamento quântico de elétrons ou Transferência Biológica Quântica de Elétrons (QBET).

“Tínhamos uma hipótese de trabalho de que o desenvolvimento de tecnologias para controlar estes eventos poderia permitir-nos manipular o comportamento celular. Com os resultados deste trabalho, essa hipótese tornou-se realidade. Como o primeiro tratamento de câncer possível a aproveitar os efeitos da mecânica quântica, isso pode representar a primeira terapia quântica do mundo, inaugurando uma nova era de paradigmas de tratamento”, concluiu Rawson.

Possibilidade de cura

BBC

Muitas pessoas podem nem imaginar, mas alguns vírus podem ser aliados importantes no tratamento de vários tumores. Tanto é verdade que, hoje em dia, vários grupos de pesquisa avaliam a possibilidade de usar os chamados vírus oncolíticos como uma forma de atacar de forma direta as células cancerosas, ou então uma forma de incentivar uma resposta maior do sistema imunológico contra essas unidades doentes.

O exemplo mais recente disso é o “CF33-hNIS Vaxinia”, uma virusterapia desenvolvida pelo City of Hope, hospital localizado nos Estados Unidos, e pela farmacêutica australiana Imugene.

Esse produto tem agentes infecciosos da mesma família da varíola, que foram modificados em laboratório para atacar as células tumorais. Com os testes pré-clínicos, feitos com amostras de células e cobaias, o produto conseguiu diminuir vários tipos de tumores, como por exemplo, os que aparecem no intestino grosso, nos pulmões, nas mamas, nos ovários e no pâncreas.

Agora, o que os pesquisadores querem saber é se esse mesmo efeito acontecerá nos humanos. No final de maio, os cientistas começaram os testes clínicos envolvendo voluntários humanos.

Na primeira fase dos estudos, feita com 100 pacientes, os pesquisadores querem ver se o produto injetado diretamente no pulmão, ou então aplicado intravenosamente, realmente é seguro e não provoca efeitos colaterais.

“Esperamos aproveitar a promessa da virologia e da imunoterapia para o tratamento de uma ampla variedade de cânceres que são mortais”, disse o cirurgião oncológico Yuman Fong, um dos criadores da virusterapia no City of Hope.

Fonte: Tecmundo, G1

Imagens: Tecmundo, BBC

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