Mike Flanagan admite pressão em dirigir novo O Exorcista: “Estou apavorado”

O clássico de terror O Exorcista foi lançado em 1973, mas até hoje o filme é considerado por muitos como um dos maiores clássicos do terror e segue sendo referência. O filme conta a história de uma garota de doze anos que está tendo um comportamento completamente assustador. Sua mãe pede ajuda para um padre, que também é psiquiatra, que chega à conclusão de que a garota está possuída pelo demônio.

O Exorcista foi dirigido por William Friedkin e escrito por William Peter Blatty, e se baseou em seu livro homônimo. E como dito, mesmo que o filme já tenha sido lançado há anos, ele é um clássico do gênero. Justamente por isso que Mike Flanagan sabe a responsabilidade que tem assumindo a direção do novo filme da franquia “O Exorcista”.

Ele participou de uma coletiva de imprensa no festival ATX, na última sexta-feira, e disse que está com medo dessa experiência. “Especificamente sobre O Exorcista, estou apavorado. A franquia teve alguns altos e baixos. Eu diria que a série [de O Exosrcista] é um dos ‘altos’ com tranquilidade, eu achei que foi simplesmente brilhante”, disse ele.

A franquia teve um lançamento ano passado, “Exorcista: O Devoto” de David Gordon Green, mas ele não foi bem recebido. Por conta disso, a Blumhouse quis mudar os rumores sobre a sequência. Então, o contrato assinado por Flanagan é para escrever, dirigir e produzir o que é descrito como uma “nova abordagem radical” para O Exorcista.

O Exorcista de Mike Flanagan

Pimenta nerd

Esse novo filme irá ser produzido por Trevor Macy  e pelo próprio Flanagan , sendo esse a quarta vez que Flanagan colabora com a Blumhouse. Os outros trabalhos dele foram: Oculus, Hush: A Morte Ouve e Ouija: Origem do Mal.

Outro fato já sabido sobre esse filme é que será uma história totalmente nova e não uma sequência de “Exorcista: O Devoto”, como tinha sido planejado por David Gordon Green.

Até o momento só se sabe disso e não existem informações a respeito da data de lançamento ou sobre o elenco. E para quem não viu e quer ver, mesmo com todas as críticas, “Exorcista: O Devoto” está disponível no catálogo da Max.

Inspiração

O observador

Como dito, o filme clássico se baseou no livro “O Exorcista” de William Peter Blatty. O mais curioso disso tudo é que o livro de Blatty foi inspirado em uma história real, na qual um garoto de 14 anos de idade foi exorcizado em 1949.

Tudo começou no fim dos anos 1940, quando uma família germano-americana dos subúrbios de Washington, D.C., estava lidando com um mistério quase sem explicação. O motivo era seu filho de 13 anos, Ronald Hunkeler, que depois teve seu nome escondido e passou a ser chamado de “Roland Doe” ou “Robbie Mannheim”.

Depois que a tia Harriet, que era espiritualista e ensinou Roland sobre o mundo das tábuas de Ouija, morreu, parece que vários eventos bizarros começaram a acontecer. A morte dela foi em janeiro de 1949, depois disso, as paredes e os pisos em volta de Roland sussurravam ruídos de arranhões. Além disso, começou a gotejar água sem ter uma fonte por perto.

Mesmo que isso já fosse bizarro o suficiente, o que de fato fez com que a família do menino ficasse com muito medo foi ver o colchão do filho se mexer sozinho. Então, na procura incessante por respostas, eles consultaram vários especialistas, como médicos, psiquiatras e até seu ministro luterano. Contudo, nenhum deles conseguia dar uma explicação lógica para os acontecimentos.

No processo de busca, eles foram até os jesuítas. Então, o Padre E. Albert Hughes, um respeitado padre católico local, agiu pelo conselho do seu ministro e buscou e recebeu permissão para fazer um exorcismo em Roland.

Durante o ritual, enquanto o padre falava os versos sagrados, Roland quebrou uma mola do colchão e cortou os ombros de Hughes. Por conta disso o exorcismo ficou incompleto.

Depois de pouco tempo, um sinal bizarro apareceu no corpo de Roland Doe. Eram arranhões que pareciam formar a palavra “LOUIS”. Na visão da mãe do menino, isso era um grito de ajuda e ela pensou que a salvação de Roland estaria em St. Louis, local onde eles tinham parentes.

Em St. Louis, o Padre Walter H. Halloran e o Rev. William Bowdern da Universidade de St. Louis souberam do caso de Roland, e sabendo da gravidade, eles fizeram uma consulta com o presidente da universidade e resolveram ajudar a família. Com isso, a casa da família se tornou de novo um campo de batalha entre o mortal e o sobrenatural.

O que foi visto por Halloran e Bowdern foram quase as mesmas coisas que aconteceram em Maryland. Ou seja, apareceram arranhões de forma misteriosa no corpo de Roland e a cama continuava se mexendo violentamente. Então, os homens observaram o comportamento do garoto e conseguiram identificar um padrão.

Durante o dia ele era um adolescente normal, mas à noite acontecia uma transformação: o menino gritava, tinha surtos selvagens e fazia sons guturais. Além disso, os objetos sagrados o agitavam, o que fazia com que o entendimento de que algo maligno estava dentro dele aumentasse.

Em determinado momento, Bowdern viu um “X” no peito de Roland, o que possivelmente era uma alusão ao número 10. Em uma outra noite, surgiu um padrão vermelho no formato de um garfo que ia da coxa ao tornozelo de Roland. Tudo isso aumentava ainda mais a crença de que o menino estava possuído por 10 demônios.

O auge da batalha foi no dia 20 de março, quando os surtos do menino ficaram intoleráveis e seus pais o levaram para o Hospital Alexian Brothers em St. Louis. Mas no dia 18 de abril aconteceu o clímax. Conforme a celebração da Páscoa terminava, o quarto de Roland virou uma verdadeira batalha de bem contra o mal.

Os padres invocaram São Miguel e desafiaram Satanás pela alma do menino. Depois de sete minutos, a atmosfera mudou e Roland saiu do seu transe e disse: “Ele se foi”. Depois disso, Roland passou a ter uma vida normal.

Segundo algumas fontes, depois do exorcismo, a família de Roland se afastou dos holofotes e voltou para a costa leste. O menino formou sua própria família e deu o nome de Michael ao seu primeiro filho como uma homenagem ao arcanjo que o salvou.

A história do exorcismo de Roland ficou esquecida pela grande maioria das pessoas. Até que em 1971, William Peter Blatty lançou seu romance “O Exorcista”, que foi inspirado nos diários de Halloran e Bowdern. O livro logo se tornou um best-seller e depois originou o filme de 1973, que se tornou um clássico do terror.

Fonte: Omelete, Mistérios do mundo

Imagens: Pimenta nerd, O observador

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