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Miniórgãos feitos em laboratório podem substituir animais nos testes

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A ciência está sempre avançando e presenteando a humanidade com novas tecnologias, mas para isso acontecer são precisos vários testes e estudos normalmente feitos em animais. Contudo, cientistas  da Cornell University (EUA) desenvolveram miniórgãos que possivelmente podem substituir os animais nos testes, no caso, nos de vacina.

O objetivo desses cientistas é que, a longo prazo, os organoides maiores e mais sofisticados possam também ser usados em transplantes. Em seu estudo, os cientistas conseguiram produzir centenas de miniórgãos a partir de um baço de apenas um camundongo. E antes de colocar em cada um deles as moléculas candidatas para a vacina contra tularemia, eles envolveram esses miniórgãos com uma matriz de hidrogel.

Segundo o estudo, as respostas que as células B tiveram às moléculas foram parecidas tanto nos miniórgãos como nos camundongos, exceto algumas diferenças que ainda serão analisadas com mais profundidade em estudos futuros.

Miniórgãos

Portal ped

Os próprios cientistas reconheceram que esse método dá a eles a possibilidade de testar um número grande de antígenos com um custo baixo. Além disso, os animais vivos demoram um tempo para responder, ao passo que os miniórgãos são mais rápidos, o que acelera o processo como um todo.

Mesmo com essa criação, até o momento, isso não quer dizer que os animais serão eliminados totalmente dos testes de vacinas. No entanto, isso é mais um passo para que isso se torne realidade. Até porque, o plano é que no futuro os miniórgãos feitos de células humanas possam diminuir os casos em que as vacinas funcionam em outros animais, mas não em seres humanos.

Esse estudo ampliou o conhecimento da ciência a respeito das células B, o que é uma grande feito, já que em animais vivos pode ser complicado diferenciar a resposta das células B da resposta das células T. Com os miniórgãos a imagem disso é mais clara.

Possibilidade

Ibiz

Assim como esses miniórgãos para serem usados nos testes de vacina, para que os pesquisadores conseguissem estudar a microcefalia, eles criaram em 2013 os minicérebros. Através deles eles conseguiram estudar doenças como o Alzheimer, Parkinson e Zika.

Com o passar do tempo os estudos evoluem e a compreensão das coisas também. Com isso surgem novas ideias, como por exemplo, a ideia que um grupo de pesquisadores teve recentemente de usar esses minicérebros como biocomputadores.

Segundo um artigo publicado na revista “Frontiers in Science”, o plano é usar esses minicérebros feitos de células-tronco humanas como se fossem um hardware biológico. Eles funcionariam como um processador de um computador normal fazendo as tarefas avançadas. Por ser um novo campo de estudo, os cientistas deram um nome para ele: “inteligência organoide” (OI).

“Enquanto os computadores baseados em silício são certamente melhores com números, os cérebros são melhores em aprende”, disse John Hartung, autor do estudo.

Esses minicérebros, também chamados de organoides cerebrais, foram criados para fazer algumas funções e imitar as estruturas do órgão. Por conta disso, e de eles terem alguns tipos de células que fazem com que o cérebro armazene informação, os pesquisadores acreditam que eles consigam fazer tarefas de uma maneira parecida, assim como um computador.

O objetivo é que eles façam tarefas que exigem uma aprendizagem rápida, mas sem precisar de muita energia. Além disso, eles também esperam que esses minicérebros armazenem as informações em conexões neurais compactas.

Mesmo que esse uso seja uma coisa revolucionária, usar os minicérebros com a intenção de fazer biocomputadores tem alguns problemas éticos. Nas pesquisas anteriores essas questões não foram um problema porque foram usadas poucas células-tronco. Agora, no caso de desenvolvimento de biocomputadores, o estimado é que seria preciso entre 50 mil a 10 milhões de neurônios.

E o ponto em questão é que, conforme disseram os pesquisadores, conforme os minicérebros fizessem as tarefas computacionais, eles iriam desenvolver  alguma forma de inteligência. Isso faz com que surja a dúvida se eles são ou não conscientes.

Fonte: Canaltech, Olhar digital 

Imagens:  Ibiz, Portal ped

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