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Mistérios sobre o cérebro e suas explicações

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O corpo humano é objeto de estudo da ciência desde o início da existência da espécie. Assim, com o avanço nas tecnologias, foi possível compreender cada vez mais como funcionam os diversos sistemas, incluindo um que intriga pesquisadores até hoje: o cérebro.

Por exemplo, você sabia que o cérebro é capaz de inventar o que você vê? Veja essa e mais curiosidades sobre essa maravilha humana.

Imagens cerebrais

Fonte: Engin Akyurt

Um estudo da Universidade de Washington estimou que, se os olhos humanos fossem uma câmera, ela teria 341,5 megapixels de resolução. Assim, os cientistas contaram o número médio de células fotoreceptoras do olho humano. Com isso, concluíram que conseguimos distinguir 154 unidades mínimas (como pixels) em cada “grau” do campo de visão.

Considerando que enxergamos 120 graus na horizontal assim como na vertical, chegamos no número de 341,5 megapixels. No entanto, o olho humano só consegue registrar imagens nítidas em uma área bem pequena dessa área: a fóvea, que tem 1 milímetro de diâmetro e se localiza no meio da retina.

Já a fóvea tem uma resolução de cerca de 7 megapixels. Agora, e o restante dos megapixels? Como conseguimos enxergar tão bem? A resposta é: o cérebro nos engana.

Nós não percebemos, mas nossos olhos estão constantemente em movimento. Assim, a fóvea captura pequenos pedaços do cenário, que o cérebro usa para construir uma única imagem. Acontece que esse processo de capturar cada imagem e enviar ao cérebro leva cerca de 0,2 segundo. Enquanto o olho s emove para focar em um novo ponto, o cérebro deixa de receber informações por 0,1 segundo, o que parece ser pouco, mas são 150 mil desses pulos de foco por dia. Somando todos os segundos, você ficaria cego por quatro horas todos os dias.

Contudo, você não percebe isso porque o cérebro preenche o vazio com projeções. Na prática, isso significa que o seu cérebro recria o que ocorre a cada 0,1 segundo com aproximações baseados na sua experiência. Por isso um jogador de futebol é capaz de mapear a trajetória de uma bola e agir de acordo em uma fração de segundo. Ele não espera o cérebro captar as imagens e sim faz a aproximação com o que seus neurônios já conhecem. Basicamente, é uma previsão.

Sono útil

Foto: Freepik

Talvez você se lembra da febre da década de 80 em que pessoas compravam cursos gravados em fitas para tocar enquanto dormem. Basta escutar o inglês durante o sono que você eventualmente acorda falando um novo idioma. Claro que não funciona assim, mas, três décadas depois, um estudo da Universidade Northwestern revelou que o cérebro consegue memorizar informações enquanto dormimos.

Para chegar nessa conclusão, voluntários aprenderam como tocar duas músicas simples no teclado. Depois, dormiram por uma hora e meia, período em que os cientistas tocaram uma das melodias.

Quando acordaram, tinham que tocar as duas músicas, sendo que a que foi reproduzida durante o sono teve bem menos erros. menos erros, aquela que haviam ouvido enquanto dormiam. “Isso mostra que receber estímulos externos durante o sono pode influenciar uma habilidade complexa”, declarou o psicólogo Ken Paller, líder do estudo.

Paller e seu grupo monitararam a atividade cerebral dos voluntários. Logo, descobriram que o efeito só funciona se a pessoa for exposta aos sons enquanto estiver no sono de ondas lentas, conhecido como sono profundo. Nesse momento, o cérebro reorganiza as memórias, destruindo as banais e desnecessárias e reforça as importantes.

Ao introduzir informações externas, como os sons reproduzidos, induz-se o cérebro a reforçar as memórias. Isso não significa que se você dormir ouvindo inglês vai acordar sabendo falar. Você precisa ter estudado durante o dia, mas ouvir durante o sono pode ajudar a gravar os verbos para a prova.

Fonte: Superinteressante

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