Uma mulher “acordou” no Peru, durante o seu próprio enterro, e assustou familiares e amigos que estavam se despedindo. De acordo com a família de Rosa Isabel Callaca, ela precisou bater três vezes no caixão para avisar a todos que não estava morta.
No laudo pericial, Rosa morreu em decorrência de um acidente de carro. Ela estava em coma até o dia 26 de abril, quando veio a óbito.
Segundo a funerária, a vítima apresentava sinais de vida e respirava normalmente depois de acordar, e por isso, eles procuraram ajuda médica.
No entanto, ela morreu algumas horas depois.
Família acredita que Rosa estava em coma durante o enterro
Mesmo depois do ocorrido, a família de Rosa está revoltada com o hospital e cobra deles explicações na Justiça.
Na visão dos familiares, a mulher estava em coma quando os médicos anunciaram sua morte, e por isso, houve erro no diagnóstico.
No entanto, os médicos acreditam que a paciente sofreu Sintomas da Síndrome de Lázaro, uma condição rara em humanos.
O que é a Síndrome de Lázaro?
A Síndrome de Lázaro ocorre quando o coração “reinicia” e volta a funcionar, depois de uma parada cardíaca.
Este tipo de fenômeno é raríssimo e acontece depois de várias tentativas de realizar uma reanimação em uma pessoa.
De acordo com os médicos, uma pessoa pode ressuscitar se o seu coração receber diversos estímulos por algum tempo, durante a massagem cardíaca. Porém, elas vivem poucos dias depois de sofrerem a síndrome.
Idosa acorda dentro de caixão depois de oito horas de enterro
Em outubro de 2021, um caso parecido aconteceu no Brasil. A família de Carolina Lopes de Almeida, de 93 anos, foi pega de surpresa durante o velório da idosa na cidade de Guiratinga, interior do Mato Grosso. Após oito horas de cerimônia, um dos presentes notou que dona Caluzinha, como é chamada, estava com a temperatura corporal mais alta do que o comum e um médico foi chamado.
Com sinais vitais constatados, foi levada ao Hospital Municipal Oswaldo Cruz. Apesar de tudo, logo depois ela foi novamente dada como morta. A história se espalhou pela região através do perfil do ator e comediante Ataíde Arco Verde, que mora na cidade.
“Oito horas depois do velório rolando, dona Caluzinha está quente. Aí alguém olha para dona Caluzinha, eis que ela abre o olho e dá uma piscada. Bom, nem preciso falar para vocês, a metade correu do velório e a metade correu para ver se dona Caluzinha estava mesmo viva”, disse.
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Segundo o site Repórter MT, uma equipe médica chegou a fazer manobras de ressuscitação no corpo, mas não conseguiram fazer com que ela voltasse à consciência. Não foi esclarecido o motivo da confusão.
Ainda de acordo com o site, a idosa sofria de Alzheimer há cerca de 20 anos e tinha a saúde debilitada, mas era muito querida pela família e pela comunidade. Os familiares lamentaram o fato de a idosa ter sido preparada para o enterro, com chumaços de algodão introduzidos no nariz e na boca. Eles acreditam que o socorro talvez pudesse ter funcionado, caso os procedimentos não tivessem sido feitos.
Caso raro
Mesmo que não tenha sido informado o diagnóstico da idosa que acordou durante o próprio enterro, o portal Estado de Minas destacou que uma condição clínica chamada catalepsia pode levar a uma falsa morte. Neste caso, os sinais vitais são diminuídos, a pessoa fica paralisada, os músculos enrijecidos e sem a maioria dos reflexos.
O surto, em geral, dura até dez minutos, porém, pode chegar a horas ou dias. A prevalência na população é de 2,4% e costuma estar associada a doenças do sono (narcolepsia), e outros quadros clínicos como epilepsia e transtornos psiquiátricos graves.
Em Guiratinga, foi relatado que trabalhadores da funerária chegaram a notar movimentos leves na idosa. No entanto, eles atribuíram a percepção aos espasmos que podem acontecer em cadáveres algumas horas depois da morte.
Fonte: Metrópoles, Estado de Minas
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