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Mulher que se diz ‘sologâmica’ casa consigo mesmo na Índia

Kshama Bindu em casamento solo na índia
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O ditado popular sobre a necessidade de amor próprio atingiu um novo patamar na quarta-feira (9). Isso porque uma mulher, de 24 anos de idade, casou consigo mesmo na Índia. Segundo ela, esse é o primeiro caso de “sologamia” da história do país asiático.

A cerimônia de Kshama Bindu quase ocorreu de forma completa, contando com todos os costumes típicos de um casamento hindu. A noiva usou vermelho, pintou suas mãos e pés com henna. Além disso, ela colocou a mangala sutra, um adorno que simboliza o compromisso, similar à ideia da aliança nos casamentos ocidentais. Acendeu-se fogo e fez rituais para os deuses hindus. No entanto, o único elemento que faltou foi o noivo para participar do matrimônio.

“Após o meu casamento, eu estava muito feliz. Aquilo que sempre quis finalmente tinha acontecido”, disse Bindu. Assim, a mulher compartilhou um vídeo que mostra seus familiares e seus amigos comemorando o matrimônio, que se deu na sua própria casa.

Casamento fora do padrão ocorre na Índia

Kshama Bindu em casamento solo na índia

AP

Por mais que a Bindu tenha ficado feliz com sua decisão e a cerimônia, a imprensa indiana indica que ela gerou uma comoção em nível nacional quando anunciou que iria se casar. Embora a cerimônia tenha sido marcada para o dia 11 de junho, Bindu antecipou o evento para evitar possíveis problemas.

Dessa forma, o plano inicial de Bindu era se casar em um templo da Índia, com a presença de um sacerdote. No entanto, ela conta que ele recuou após tomar conhecimento da repercussão do caso.

Em entrevista ao canal NDTV (New Delhi Television), Bindu explicou que sua intenção era quebrar os estereótipos e inspirar quem está exausto da jornada de procurar o amor verdadeiro.

Já em entrevista ao jornal “The Times of India”, a mulher disse que conseguiu realizar um sonho, que era ser noiva, e não esposa. Além disso, ela ressalta a vantagem de não precisar se mudar para a casa do marido após a cerimônia.

Após o casamento, Bindu publicou um vídeo em suas redes sociais agradecendo quem lhe deu parabéns e criticou aqueles que a atacaram por sua decisão. Kshama Bindu, que se identifica como bissexual, diz que, no futuro, nada a impede de ter um relacionamento. Isso porque a cerimônia de casamento foi de caráter simbólico e não possui valor legal na Índia. Para ela, o evento representou o “amor incondicional por si mesma”.

Ainda em clima de celebração, Bindu irá passar duas semanas em Goa, no litoral da Índia. Porém, ela não especificou se sua viagem de lua de mel também será solo.

Casamento indiano

Lucy Caneo

O casamento na Índia possui algumas tradições que não estão presente em casamentos do ocidente. Por exemplo, a celebração geralmente dura de 3 a 7 dias. Isso porque, nos três primeiros dias, executa-se os rituais de pré-casamento como Haldi, que é uma cerimônia de banho com a cúrcruma que as mulheres da família dão aos noivos.

Além disso, tem a Mehendi, a aplicação de henna, e a Sangeet, que significa música. Essa parte da celebração envolve danças indianas e coreografias em que as famílias se juntam para dançar.

Assim, o segundo dia é considerado o oficial do casamento religioso, quando o líder religioso realiza a cerimônia e os rituais com os noivos. No dia seguinte, ocorre a recepção e a festa, com muita música, comida e presentes. Nesse momento, termina-se os rituais religiosos e as festas começam com muita alegria.

Vale destacar que os casamentos na Índia são extremamente decorados, com um altar cheio de tecidos de seda, muitas flores (visto que representam a religiosidade), cores fortes como laranja, verde e amarelo e dourado, para remeter à alegria daquele momento especial.

Fonte: G1

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