Curiosidades

NASA divulgou os sons tenebrosos da lua de Júpiter

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O universo sempre foi um tema de grande interesse para nós. Ele é muito maior do que podemos imaginar e tentar idealizar. Pode ser e ter uma infinidade de coisas. Mas se tem uma coisa que o universo não é, é ser barulhento. Isso porque os sons não conseguem se propagar no espaço por causa do vácuo. Como por lá não existem moléculas no ambiente, tal como existem aqui em nosso planeta, as ondas sonoras não são transmitidas.

Ele pode não ser barulhento, mas alguns sons são produzidos. Como por exemplo, a maior lua do nosso sistema solar, Ganimedes, que é um dos lugares mais intrigantes. Ela é a a lua de Júpiter. Por isso, a sonda Juno, que está nas proximidades do planeta, está enviando alguns sons bem curiosos de volta para o nosso planeta.

No dia sete de junho de 2021, Juno fez um sobrevoo em Ganimedes e registrou as ondas eletromagnéticas da lua produzidas em sua magnetosfera. A sonda conseguiu fazer isso através do seu instrumento Waves.

Sons

Nesse ínterim, quando se altera a frequência dessas emissões para a faixa de áudio, temos como resultado sons assustadores. Eles parecem gritos e uivos alienígenas. Esses sons foram revelados no American Geophysical Union Fall Meeting 2021.

“Esta trilha sonora é selvagem o suficiente para fazer você se sentir como se estivesse cavalgando enquanto Juno passa por Ganimedes pela primeira vez em mais de duas décadas. Se você ouvir com atenção, poderá ouvir a mudança abrupta para frequências mais altas em torno do ponto médio da gravação. O que representa a entrada em uma região diferente da magnetosfera de Ganimedes”, disse o físico Scott Bolton do Southwest Research Institute, o principal investigador de Juno.

Fazer essa transposição de dados em frequências de áudio para que eles virem sons não é somente diversão. Essa é uma forma diferente de acessar e experimentar os dados. Por sua vez,  eles podem ajudar os pesquisadores a captarem detalhes que, de outra maneira, poderiam acabar sendo esquecidos.

Ademais, os sons do sistema solar são gravados como uma série de sondas, incluindo a espaçonave Voyager e as outras missões planetárias.

Sonda

Science Alert

A lua de Júpiter, Ganimedes, é maior que Mercúrio, e tem um núcleo totalmente diferenciado. Além disso, ela pode ter um oceano líquido nas profundezas da sua crosta gelada. Como resultado, isso poderia sustentar vida. Como se não bastasse, a lua tem seu próprio campo magnético, o que a faz única entre as luas do sistema solar.

Na década de 1990 e começo de 2000, a espaçonave Galileo estudou Júpiter. Ela captou amostras do espaço em volta de Ganimedes. Com isso, revelou-se que as ondas de plasma são um milhão de vezes mais fortes em torno da lua do que a atividade mediana em distâncias correspondentes ao redor de Júpiter. Entretanto, não está claro se isso tem alguma coisa a ver com o campo magnético da lua.

Já Juno voou a até 1.038 quilômetros da superfície da lua a uma velocidade de 67 mil quilômetros por hora. O que se obterá como resultado ainda está em andamento. Contudo, os pesquisadores já têm algumas suposições.

“É possível que a mudança na frequência logo após a aproximação mais próxima seja devido à passagem do lado noturno para o lado diurno de Ganimedes”, disse o físico e astrônomo William Kurth, da Universidade de Iowa.

É claro que essas descobertas não se limitam a Ganimedes. Até porque, a sonda também está fazendo observações de Júpiter e investigando um mapa mais detalhado do seu campo magnético. Ao todo, o mapa levou 32 órbitas para compilar e deu novos insights a respeito da anomalia magnética equatorial conhecida como Grande Mancha Azul.

Observações

Science Alert

De acordo com os dados, o campo magnético de Júpiter sofreu uma mudança nos últimos cinco anos. Por isso, a Grande Mancha Azul está sendo separada pelos poderosos ventos de Júpiter e se movendo para o leste a quatro centímetros por segundo em relação ao resto do interior do planeta. Como resultado, ela fará uma volta completa a cada 350 anos.

Ademais, os pesquisadores também mostraram uma nova foto de um fenômeno raramente visto. O tênue anel de poeira principal de Júpiter, associado à poeira liberada por suas luas Metis e Adrástea.

“É impressionante podermos contemplar essas constelações familiares de uma espaçonave a meio bilhão de milhas de distância. Mas tudo parece quase igual a quando os apreciamos em nosso quintal aqui na Terra. É um lembrete inspirador de como somos pequenos e de quanto ainda há para explorar”, concluiu a astrônoma Heidi Becker, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

Fonte: Science Alert

Imagens: Science Alert, YouTube

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