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NFT: primeiro tweet da história vai a leilão e tem lances muito baixos

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O NFT (token não-fungível) chegou para revolucionar a relação humana com a imagem. Agora, fotos e ilustrações possuem autoridades intelectuais reconhecidas em carteiras de criptoativos. Uma dessas obras inscritas é o o primeiro tweet da história, o qual tem como autor o fundador do Twitter, Jack Dorsey.

Dessa forma, no dia 13 de abril, essa imagem foi a leilão, no qual as pessoas compram certificados de autenticidade do bem digital. A princípio, o vendedor esperava levantar uma bolada com o negócio, porém, os lances foram muito abaixo do valor que ele pagou para adquirir a propriedade do NFT.

Fonte: @FotosDeFatos / Twitter

Esperava mais… 

De início, o leilão parecia um negócio da China, pois o que estava na “estante” era o primeiro tweet da história. Nele, o criador do Twitter, Jack Dorsey diz: “just setting up my twttr”, que em português enuncia: “apenas configurando meu twttr”

Sendo assim, o dono do NFT, Sina Estavi, tinha a expectativa de vender o certificado do post por 48 milhões de dólares (225 milhões de reais). Esse valor é bem acima dos 2,9 milhões de dólares (13 milhões de reais) que o negociador pagou na aquisição do tweet, em transação feita no ano passado. Além disso, 50% dos lucros com o negócio iriam para a caridade.

Por isso, Sina anunciou em seu Twitter a venda desse criptoativo na OpenSea, uma plataforma de negociação de NFT. No entanto, seu otimismo não se concretizou. Afinal, o maior lance que ele obteve não ultrapassou os 6,2 mil dólares (31 mil reais), o que representa apenas 0,2% do valor que o dono pagou pelo certificado.

Dessa forma, o negociador não vendeu o print, e agora, espera um lance alto para concretizar a negociação. A propósito, ele chegou a apelar a Elon Musk para que apresente uma oferta digna, uma vez que o bilionário comprou ações do Twitter. Logo, Sina esperava que o magnata pudesse ter interesse no ativo digital. Elon Musk ainda não respondeu à “provocação”.

Fonte: Anushree Fadnavis / Reuters

Geralmente, negociações de altos valores costumam chamar a atenção da mídia. Porém, neste caso, foram os baixos lances que movimentaram o debate público. Afinal, a situação demonstra as limitações do mercado de NFTs, já que a raridade do ativo não implicou em uma valorização estrondosa.

O mercado de imagens em NFTs

A princípio, o significado da sigla NFT poder dar a ideia de que o tema tem uma difícil compreensão: token não-fungível. A melhor resposta para a definição de “não-fungível” não está no dicionário, e sim no Código Civil brasileiro.

Em suma, o Artigo 50 desse livro de leis usa esse termo para definir “móveis que não podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”. Portanto, por mais que outra pessoa tire um print do tweet de Jack, ele não vai ter o mesmo valor que o post que está na posse de Sina Estavi.

A título de exemplo, é como dois carros usados de mesmo modelo, cor e ano. Ambos possuem as mesmas especificações, porém, cada um seguiu uma história diferente em seus tempos de uso. Logo, um não pode simplesmente ser substituído pelo outro, apesar de serem iguais.

Da mesma forma, as imagens NFT possuem valores subjetivos únicos. Tal como a Monalisa de Da Vinci não pode ser trocada por réplicas, as artes digitais em NFTs também possuem originalidade. Nesse sentido, a autenticidade dos trabalhos se valida por meio de certificados digitais, os quais podem ser vendidos.

Fonte: Serasa

A partir do momento em que a aquisição é feita, a propriedade se registra em blockchain, ou seja, em uma carteira de ativos. Assim, há uma ciência comum de que você tem propriedade de uma determinada obra.

Em síntese, a chamada CryptoArt está reinventando apreciação e a monetização de itens artísticos. Como resultado da alta adesão dessa mudança, este mercado movimentou 17,6 bilhões de dólares (82 milhões de reais) no ano passado.

Fonte: Canal Tech

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