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O que mostram as novas imagens do James Webb divulgadas pela Nasa

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A agência espacial americana, a Nasa, divulgou na última terça-feira (12/07) novas imagens em cores feitas pelo telescópio espacial James Webb. Os especialistas utilizaram expressões como “dança cósmica” e “berçário estelar” para descrever o que foi captado pelas lentes do James Webb, lançado em 25 de dezembro de 2021.

O equipamento custou US$ 10 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões) e é o sucessor do famoso telescópio espacial Hubble.

O telescópio espacial James Webb fará diversos tipos de observações do céu, mas os principais objetivos são sondar planetas distantes para investigar se eles podem ser habitáveis e capturar imagens das primeiras estrelas a brilhar no Universo há mais de 13,5 bilhões de anos.

Na segunda-feira (11/7), foi exibida ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a primeira sequência inicial de imagens.

“Podemos ver possibilidades que ninguém jamais viu antes. Podemos ir a lugares que ninguém jamais foi antes”, afirmou Biden.

O Anel do Sul registrado pelo James Webb

Foto: NASA/ ESA/ CSA/ STSCL

A nebulosa do Anel do Sul é uma gigante nuvem de gás e poeira em expansão com uma estrela moribunda em seu centro. Ela tem um formato que lembra o número oito explodindo.

O Anel do Sul tem quase meio ano-luz em diâmetro e está localizado a 2.000 anos-luz da Terra. Apesar desse tipo de estrutura ser chamada de “nebulosa planetária”, ela não tem relação com planetas.

O Quinteto de Stephan

Foto: NASA/ ESA/ CSA/ STSCL

O Quinteto de Stephan é o primeiro conjunto compacto de galáxias já descoberto. Ele está localizado a 290 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Pegasus.

Quatro das cinco galáxias estão presas em uma “dança cósmica” de encontros próximos em repetição. O Hubble já havia registrado esse grupo, mas o James Webb mostrou novos detalhes a serem estudados pelos astrônomos.

A ideia é comparar imagens feitas pelos dois telescópios.

Nebulosa Carina registrada pelo James Webb

Foto: NASA/ ESA/ CSA/ STSCL

Carina é uma das maiores e mais brilhantes nebulosas, localizada a 7.600 anos-luz da Terra. Na imagem feita pelo James Webb, os astrônomos conseguiram notar gás e poeira e se referem a esse grupo como “recife de corais cósmico” ou “penhasco cósmico”.

Na parte inferior da imagem, nota-se a formação de poeira estelar e, na parte de cima, gás.

Uma das metas do James Webb, ao se concentrar na Carina, é estudar como as estrelas nascem e se formam.

Exoplaneta WASP-96b

Foto: NASA/ ESA/ CSA/ STSCL

O WASP-96b é um exoplaneta fora do nosso Sistema Solar, a 1.150 anos-luz da Terra. Ele é composto majoritariamente de gases.

O James Webb conseguiu identificar com impressionante precisão moléculas na atmosfera do WASP-96b e de vapores de água.

No entanto, o exoplaneta não é um lugar ideal para abrigar vida. Ele está muito perto da sua estrela-mãe e, por isso, é muito quente.

SMACS 0723

Foto: NASA/ ESA/ CSA/ STSCL

O SMACS 0723 é um aglomerado de galáxias na constelação de Volans. Na imagem, considerada a visão infravermelha mais profunda e detalhada do Universo até hoje, é mostrada a luz das galáxias que levaram bilhões de anos para chegar até nós.

Essa é a consequência de a luz ter uma velocidade finita em um cosmos vasto e em expansão. O aglomerado está a cerca de 4,6 bilhões de anos-luz de distância. 

A massa gravitacional em torno do SMACS 0723 entorta e amplia a luz de objetos que estão muito distantes.

Os arcos vermelhos notados na imagem feita pelo James Webb são galáxias ainda mais distantes. A luz em alguns desses arcos levou 13 bilhões de anos para chegar até nós.

O objetivo é recuperar a luz das estrelas pioneiras à medida que elas se agruparam nas primeiras galáxias.

O Webb conseguiu detectar nesta imagem a forma distorcida (os arcos vermelhos) de galáxias que existiam apenas 600 milhões de anos depois do Big Bang.

Fonte: BBC

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