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O dia em que o Reino Unido planejou um ataque nuclear contra a Argentina

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Só foram usadas armas nucleares em combates no final da Segunda Guerra Mundial. Os ataques foram feitos em cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, por apenas um dos lados: os Estados Unidos. A proliferação das armas nucleares aumentou consideravelmente, e países como o Reino Unido e a França testaram as suas primeiras bombas atômicas em 1952 e 1960, respectivamente. E até mesmo um possível ataque à Argentina foi cogitado.

De acordo com o relatório, de 1980, do Secretário Geral das Nações Unidas “General and Complete Disarmament: Comprehensive Study on Nuclear Weapons”, era estimado que existissem cerca de 40 mil ogivas nucleares, equivalentes a 13 mil megatoneladas de TNT. Em comparação, quando houve a erupção do vulcão Tambora em 1815, houve uma explosão equivalente a 1000 megatoneladas de TNT. Muitas pessoas acreditam que uma guerra nuclear total resultaria na extinção da espécie humana.

Durante a Guerra Fria, a União Soviética investiu em grandes infraestruturas para proteção civil. Vários “bunkers anti-nuclear” e “armazéns de comida não degradável” foram construídos. Nos EUA, em comparação, poucas ou nenhumas preparações foram feitas para os civis, exceptuando as construções individuais feitas nos quintais por algumas pessoas. Civilizações de todo o mundo se preocupavam e ainda preocupam com armas nucleares e o que elas podem fazer com a população em uma escala mundial.

Mas mesmo com essa iminência de desastre, a ex-primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, cogitou usar armas atômicas contra a Argentina na Guerra das Maldivas. Isso segundo o livro sobre o ex-presidente francês, François Mitterrand.

O livro foi escrito por Ali Magoudi, que na época era psicanalista do líder socialista. Ele conta que a intenção de Thatcher de bombardear o país argentino só não aconteceu porque Mitterrand decidiu colaborar com ela e dar as informações sobre a aeronave Super Etendard e mísseis Exocet que eram vendidos para a Argentina.

Preocupação

Segundo o livro, nas consultas que Mitterrand tinha com Magoudi, ele tinha partilhado a sua preocupação com a guerra. E também com a teimosia de Thatcher, que tinha ameaçado fazer um ataque nuclear caso a França não desse informações sobre as armas francesas nas Forças Armadas Argentinas.

“É uma mulher selvagem. Está furiosa e me acusa por causa de Trafalgar e do afundamento do navio. Eu fui forçado a ceder e lhe dar os códigos. Se sabem que os franceses neutralizam suas armas isso será um ponto sério para as exportações”, disse o então presidente francês.

Nos ataques argentinos às frotas britânicas, os mísseis franceses foram cruciais. E depois do colapso de Sheffield, Thatcher achou que a expulsão das tropas argentinas fosse ser um fracasso.
E por essa razão que ela pressionou Mitterrand a entregar os códigos dos explosivos que eram controlados remotamente. Com a posse desses códigos, os mísseis Exocet ficariam “surdos” e “mudos”.

Ainda por precaução, Thatcher também decidiu enviar quatro submarinos nucleares para a área de conflito. Isso em caso de a situação complicar para o lado inglês.

“Felizmente, eu cedi. Garanto que de outra maneira, a mulher Dama de Ferro teria apertado o botão. Eu não entendo a atitude de lutar por uma ilha tão pequena”, teria afirmado o então presidente francês.

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