Curiosidades

O homem que era Papai Noel de shopping e se tornou um serial killer

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Com todo o material existente sobre serial killers nós sabemos que eles podem vir de qualquer lugar. Mesmo assim existem os casos que nos espantam, como por exemplo esse que é explorado na série documental “Santa Claus: The Serial Killer”. Ela conta o caso de Bruce McArthur, o homem que era um paisagista canadense que também trabalhou como Papai Noel de shopping.

Embora o homem tenha tido vários encontros com a polícia e até tivesse recebido uma sentença condicional depois de ter tido um ataque violento, entre 2010 e 2017 ele assassinou oito homens.

McArthur foi finalmente preso em uma operação da polícia de Toronto. Depois disso, os investigadores começaram a encontrar as partes do corpo de suas vítimas escondidas em vasos de plantas em um jardim suburbano onde trabalhava.

Em seu julgamento, o homem de 67 anos se declarou culpado de oito acusações de assassinato em primeiro grau. As vítimas de McArthur foram Selim Esen, Andrew Kinsman, Majeed Kayhan, Dean Lisowick, Kirushna Kumar Kanagaratnam, Abdulbasir Faizi, Skandaraj Navaratnam e Soroush Mahmudi.  A maioria deles tinha uma relação com o bairro Gay Village de Toronto, e sua maioria eram pessoas do Oriente Médio ou sul da Ásia.

Como o homem se declarou culpado, várias das evidências do caso não foram ouvidas no tribunal.

Vidas secretas das vítimas

BBC

Vários dos homens que McArthur assassinou não podiam ser honestos sobre com quem estavam se relacionando por conta de coisas como sua formação religiosa. O que era uma, das várias coisas, que faziam com que eles fossem mais vulneráveis.

Krishna Kumar Kanagaratnam, por exemplo, viveu intencionalmente nas sombras porque seu pedido de asilo depois de fugir do Sri Lanka foi rejeitado. Esse homem nunca foi dado como desaparecido porque seus amigos e familiares tinham medo de que se denunciassem, poderiam colocar Krishna em apuros.

Outra vítima, Abdulbasir Faizi, era de origem afegã e foi para o Canadá como imigrante. Ele morava com a esposa e os filhos e passava grande parte do tempo trabalhando em uma fábrica.

Quando ele desapareceu, ele foi até uma hamburgueria na Gay Village de Toronto, e em uma sauna gay. É dito que a esposa de Abdulbasir ficou “realmente chocada” quando foi informada dos lugares onde seu marido estava. Assim como várias das vítimas de McArthur, Abdulbasir tinha uma vida secreta.

Atualmente, vários membros da comunidade afegã de Toronto ainda lutam para falar publicamente sobre o que aconteceu com Abdulbasir e os outros canadenses afegãos visados pelo serial killer.

Prisão do homem

homem

BBC

Quando o serial killer foi finalmente pego aconteceram protestos na comunidade gay em Toronto a respeito de como McArthur matou sem ser detectado por sete anos. Principalmente por ele ter tido encontros com a polícia e a polícia sabia de relações com algumas das vítimas.

De acordo com uma detetive que investiga o caso de Abulbasir Faizi, que desapareceu em dezembro de 2010, ela disse aos seus colegas que eles poderiam estar lidando com um serial killer.

“Quando você volta para o escritório e diz ‘Acho que temos um serial killer’, todo mundo ri. Claro porque qual a chance de ter um serial killer na carreira de policial? Muito pouca. Imediatamente, peguei o telefone e tentei entrar em contato com a polícia de Toronto. Houve um correio de voz e essa pessoa não me ligou de volta. Eu estava ficando brava, então mandei um e-mail formal”, disse Marie-Catherine Marsot, que estava trabalhando para a força policial regional de Peel em Ontário na época.

Em seu e-mail, Marie-Catherine destacou paralelos entre dois homens. Os dois eram de pele morena e ambos com vínculos com o Gay Village em Toronto e que, na época, acreditava-se que eles estivessem desaparecidos. Contudo, a polícia de Toronto diz que não há registros desse e-mail.

Até ser preso, McArthur matou mais seis homens. Segundo uma revisão independente do tratamento da Polícia de Toronto de casos de pessoas desaparecidas, foram encontradas falhas graves na investigação desse serial killer. No entanto, determinados policiais tiveram um trabalho ótimo. Em conclusão, as deficiências não eram “atribuíveis a preconceitos explícitos ou discriminação intencional”.

Fonte: BBC

Imagens: BBC

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