Curiosidades

O incrível novo mapa interativo do universo

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O universo é tudo o que existe fisicamente: a soma do espaço e do tempo e, é claro, as diversas formas de matéria. Como o universo e tudo que o circunda sempre foram um tópico de muita curiosidade, os cientistas não param de estudá-lo. Agora, os astrônomos criaram um novo mapa do universo. Ele se parece com uma fatia de torta cheia de cores.

Essa imagem interativa, lançada no dia 17 de novembro, foi chamada de Mapa do Universo Observável. Ela é formada por manchas de luz de cores reais emitidas por mais de 200 mil galáxias e quasares, dentre eles a Via Láctea. Esse mapa no formato de uma fatia oferece somente uma pequena porção de todo o universo observável.

Para fazê-lo, os astrônomos usaram 15 anos de dados coletados pelo Sloan Digital Sky Survey. Ele coleta imagens de galáxias distantes tiradas por um único telescópio no Novo México. Embora esses dados sejam acessíveis apenas para cientistas, os criadores desse mapa conseguiram fazer com que ele ficasse acessível para qualquer pessoa.

Mapa

Live science

“Astrofísicos de todo o mundo analisam esses dados há anos, levando a milhares de artigos científicos e descobertas. Mas ninguém se deu ao trabalho de criar um mapa bonito, cientificamente preciso e acessível a pessoas que não são cientistas”, disse o designer de mapas Brice Ménard, um astrônomo da Universidade Johns Hopkins em Baltimore.

O mapa não mostra somente a grandiosidade do universo, ele também dá um vislumbre no tempo até o início do universo observável. Nele, cada galáxia ou quasar é representado por um único ponto colorido com o comprimento de onda médio da luz que emite.

E conforme o universo se expande, os comprimentos de onda das galáxias distantes se estendem e ficam mais vermelhos. Essa mudança para o vermelho vai se tornando gradualmente azul, depois amarelo, laranja e finalmente para o vermelho nos primeiros oito bilhões de anos da imagem.

Já os quasares são bem mais brilhantes que as galáxias e emitem comprimentos de onda de luz bem mais curtos. Isso quer dizer que, mesmo quando eles são desviados para o vermelho, eles brilham em tons de azul. Entretanto, por volta dos 12 bilhões de anos no mapa, vários pontos vermelhos e laranjas aparecem. Isso quer dizer que, em determinado ponto, até os quasares sucumbem à mudança de cor cósmica.

Universo

Live science

O mapa também tem uma faixa amarela e azul brilhante que retrata o fundo cósmico de micro-ondas. Ou seja, a radiação do Big Bang é tão antiga que foi estendida em ondas de rádio quando chegou em nosso planeta.

“Estamos acostumados a ver imagens astronômicas mostrando uma galáxia aqui, uma galáxia ali ou talvez um grupo de galáxias. Mas o que este mapa mostra é uma escala muito, muito diferente”, disse Ménard.

Além disso, os pesquisadores esperam que seu mapa consiga ajudar as pessoas a terem um pouco mais de perspectiva cósmica. “Neste mapa, somos apenas uma mancha no fundo, apenas um pixel. E quando digo nós, quero dizer nossa galáxia, a Via Láctea, que tem bilhões de estrelas e planetas”, concluiu Ménard.

Detalhado

Sci tech daily

Esse ano também foi feito o mapa 3D mais detalhado do universo. Isso foi possível graças ao Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI) que está apontado para os céus com o objetivo de fazer um mapa da expansão do espaço.

Além disso, ele também investigou a energia escura e criou o mapa 3D mais detalhado já feito do universo. Depois de sete meses da missão do DESI, já se tem uma imagem tridimensional impressionante da galáxia ao nosso redor. Isso prova as capacidades de DESI e todo seu potencial para mapear o espaço.

Até agora, o DESI já catalogou e mapeou mais de 7,5 milhões de galáxias, com mais de um milhão de novas delas sendo adicionadas por mês. A sua missão chegará ao fim em 2026. Quando isso acontecer, acredita-se que ele terá mapeado mais de 35 milhões de galáxias. Isso dará aos astrônomos uma biblioteca enorme de dados para que eles as investiguem.

“Há muita beleza nisso. Na distribuição das galáxias no mapa 3D, existem enormes aglomerados, filamentos e vazios. Eles são as maiores estruturas do Universo. Mas dentro deles, você encontra uma marca do Universo primitivo e a história de sua expansão desde então”, disse o astrofísico Julien Guy, do Lawrence Berkeley National Laboratory, na Califórnia.

DESI é composto por 5.000 fibras ópticas, cada uma controlada individualmente e posicionada por seu próprio robô minúsculo. Cada uma delas precisam ser posicionadas de formas precisas dentro de 10 mícrons. Com isso, elas conseguem capturar vislumbres de luzes conforme as filtram para a Terra a partir do cosmos.

É através dessa rede de fibras que o DESI consegue imagens do espectro de cores de milhões de galáxias. Ele faz isso antes de calcular o quanto a luz foi desviada para o vermelho. Ou seja, o quanto foi empurrada para a extremidade vermelha do espectro por conta da expansão do universo.

Como a luz pode levar bilhões de anos para chegar até o nosso planeta, é possível usar dados de desvio para o vermelho para ver a profundidade no universo. Isso considerando que quanto maior o desvio para o vermelho, mais distante está algo.

O objetivo principal desse instrumento é revelar mais a respeito da energia escura. Isso porque se acredita que ela construiu 70% do universo, além de também acelerar sua expansão.

Fonte: Live Science, Science Alert

Imagens: Live Science, Sci tech daily

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