O que aconteceria se você pulasse em um buraco que vai até o outro lado da Terra?

Sem dúvidas essa não é a primeira vez que essa ideia aparentemente maluca se passa em sua cabeça. Quando se é criança por exemplo, esse tipo de questão, completamente hipotética e até um pouco surreal é mais comum, aliás as crianças são completamente curiosas e são também bastante inocentes, não entendendo o real funcionamento das leis da física ou qualquer outra ciência, o que permite que esse tipo de pergunta floresça sem nenhum pudor ou “raio de controle racional”.

Talvez tenha sido por causa dessa singela curiosidade infantil que alguns estudiosos decidiram estudar e criar teorias hipotéticas, para entende como seria caso pudéssemos cavar um buraco gigantesco, e se jogar dentro dele, rumo ao outro lado da terra.

Pois bem, a primeira coisa que devemos entender é que na realidade, essa ideia não seria provável, visto as condições naturais do centro da terra, como temperatura, pressão, toxidade e até mesmo o fato de seu centro ser especificamente uma bola sólida de ferro e níquel.

Para vocês terem uma ideia, a tentativa que mais se aproximou desse feito ocorreu no ano de 1970, na Russa. Nessa tentativa os pesquisadores conseguiram abrir um buraco de 12 quilômetros de profundidade, mas o tal experimento foi considerado totalmente fracassado, levando em consideração os mais de 14.000 quilômetros que existem.

Fazendo uma pequena análise rápida, o buraco a ser criado deveria ultrapassar os 75 km compostos de rochas, granitos e outros compostos que fazem parte da crosta terrestre, em seguida deveria ultrapassar mais 2.891 km de rochas viscosas que chegam a temperatura de 6.000°C que formam o manto (é deste lugar que as lavas dos vulcões se emergem).

Depois ele deveria se estender e atingir mais 5.150 km de profundidade, onde encontraríamos uma liga de metal de ferro e níquel, acompanhado de enxofre ou potássio na forma líquida, nesse local, conhecido como o núcleo externo da terra, a temperatura pode atingir 4.600°C.

E por último, mas não menos importante o buraco se entenderia mais um pouquinho, por mais 6.371km de profundidade, onde colidiria com uma bola metálica sólida, formada por ferro e níquel e de temperatura equivalente a 4.900 °C.

Mas vamos nos desligar dessas informações, e vamos tentar pensar um pouquinho como as crianças, ok? E se nenhuma destas condições existissem, e essa viagem fosse completamente normal, como ela seria afinal?

Segundo, Nicholas Gerbis, e sua publicação no site “How Stuff Works” o passeio não seria nada fácil, para começar podemos afirmar que não encontraríamos nenhuma resistência com o ar, e graças a ação da gravidade a cada segundo que se passasse de queda, aceleraríamos o equivalente a 9,8 m/s em direção ao centro do nosso planeta.

Depois da grande aceleração aconteceria o movimento inverso, ou seja, a desaceleração, porque a massa que existe no interior da terra e que nos rodearia exerceria também a sua própria força da gravidade sobre nós e sobre as outras massas, e a interação dessas forças se cancelariam, e como resultado nossa aceleração diminuiria conforme nos aproximássemos do centro da terra.

E então nesse momento, teríamos chegado a metade do caminho. E teríamos levado apenas 21 minutos de queda para chegar até aqui.

A outra metade do caminho levaria mais 21 minutos numa velocidade de 29 mil quilômetros por hora. O processo que se seguiria até o final da viagem seria o mesmo que ocorreu até aqui, mas não poderíamos desprezar o grande calor que teríamos que enfrentar. No mais, em apenas 42 minutos (de queda), você poderia ir parar do outro lado do mundo!

E então queridos leitores, poderiam imaginar como seria acordar no Brasil, e depois de 42 minutos de queda, ir parar no Japão? É claro que tudo isso não passa de uma hipótese do que sentiríamos caso esse tipo de viagem fosse possível. Mas e então, vocês encarariam? Comenta pra gente aqui em baixo.