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O que dizem as críticas de Avatar 2 até o momento

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Depois de uma espera de 13 anos, finalmente a sequência de “Avatar” foi lançada. Chamado “Avatar: The Way of Water”, o novo filme de James Cameron encontrou um cenário diferente em Hollywood. O pensamento vigente é o de que os bens culturais são transformados em números em uma planilha. Talvez esse seja o motivo de grandes blockbusters trocarem a tradicional luta do bem contra o mal por um “caminho do meio”.

Contudo, Cameron não precisa necessariamente seguir essas regras, já que o lugar onde ele está é no topo, visto o enorme montante de dinheiro que ele fez para a 20th Century Fox com “Titanic” e o primeiro “Avatar”. Mesmo que a Fox tenha mudado por conta da compra da Disney, o diretor ainda é o mesmo, e entre todas as variantes possíveis, uma certeza é a de que Cameron nunca irá para esse “caminho do meio”.

Isso é comprovado em Avatar 2. A produção vem reforçar a dicotomia do mundo, e o engajamento no conflito como sendo o que define e separa as pessoas umas das outras. No filme, vemos que por mais que Jake Sully tente fugir da guerra para proteger sua família, sua trajetória do herói já foi definida há muito tempo.

Avatar 2

Metrópoles

O filme tem três horas para mostrar Jake consumando seu papel de marido e pai. Esse tempo pode ser demais para revelar uma coisa que parecia óbvia para o espectador. Por conta disso, Avatar 2 tem os mesmos problemas vistos nos segundos filmes de alguma trilogia. A produção prepara o terreno para que a conclusão seja feita, mas também abre outras dúvidas que acabam ficando sem respostas.

Por conta disso, essa sequência não é tão concisa e objetiva como o primeiro Avatar. No entanto, isso não parece ser uma preocupação para Cameron, já que a dinâmica proposta dá a chance de explorar o mar de Pandora em todos seu detalhes. Além disso, a mitologia do lugar também se revela mais e se expande.

Tudo isso é mostrado no desenho de produção e imersão em um 3D de alta definição, uma experiência visual que não é vista em nenhum outro blockbuster. Ela engloba os efeitos visuais de altíssima qualidade, além das variações entre a velocidade em 24 e 48 quadros por segundo, todo cuidado de iluminação e o contraste de cor visto.

Velho e o novo

UOL

O principal ponto para que as pessoas vão ao cinema para assistir Avatar 2 pode ser sua excelência técnica. Mas o que brilha no filme são suas dicotomias. Elas são vistas no próprio universo onde a produção se passa. Por conta disso, o filme tem a tensão entre o velho e o novo. Isso porque, ele é feito com a melhor tecnologia disponível hoje, mas vende uma visão de mundo ultrapassada.

Esse conflito é visto entre a forma e o texto. Já que a forma, representada pelas criaturas Na’vi, desafia as noções do que é humano mesmo elas sendo antropomorfizadas. E com relação ao texto,  as funções de gênero são distribuídas de forma clara e podemos ver a visão de Cameron tendo a família como o núcleo de organização social, sendo que nela as mães são protetoras e os pais são os provedores.

Porém, isso faz com que Avatar 2 seja uma resposta à crise de alteridade que o mundo vive. Isso porque o estímulo do conflito entre as duas partes diferentes é o reconhecimento e validação de que elas existem, ao contrário de tentar navegar pelos dois lados.

Da mesma forma que o primeiro filme, Avatar 2 é cheio de investigação sexual. Contudo, antes de o filme ser sexual, o contato que eles têm com o outro é sensual. Ele é presente no ato de reconhecer o outro como um corpo autônomo e consciente. Dessa forma, tratando o movimento e o reencontro com suas importâncias, Cameron consegue trazer o velho para o futuro.

Fonte: Omelete

Imagens: Metrópoles, UOL

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