O que esperar do tempo em fevereiro?

Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. As ondas de calor vistas no ano passado foram uma confirmação disso. E quando o assunto é clima e tempo, as pessoas se interessam bastante, ainda mais que em fevereiro tem o carnaval. Então como será que fica o tempo nesse mês?

A realidade é que fevereiro irá ser marcado pelas chuvas e temperaturas altas em quase todas as regiões do país. De acordo com a previsão e os dados do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), a chuva será dentro ou um pouco acima da média nas áreas do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, além de partes do Pará, Amapá, Tocantins e Paraná. Enquanto que no resto da região Norte, a região Sul e os estados de Mato Grosso e Goiás, a tendência é que a chuva seja abaixo da média.

Fevereiro

Sábado

Em todo o Brasil, as temperaturas devem ficar acima da média, chegando a mais de 25°C. No entanto, em locais do Amazonas, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, essa temperatura média pode chegar aos 30°C.

Começando hoje, dia 31 de janeiro, o Rio e parte de Minas Gerais (sul, oeste, Zona da Mata e Triângulo Mineiro) e de São Paulo (norte, leste, Alto Paranapanema e Vale do Ribeira) devem ser atingidos por temporais fortes. E a chuva está prevista para continuar até, pelo menos, a próxima sexta-feira, dia dois de fevereiro.

Durante as tardes e noites, podem ser vistas chuvas intensas em um intervalo de tempo curto. Além de raios, rajadas de vento e até queda de granizo. E nuvens carregadas podem se formar por conta das instabilidades atmosféricas, o que por sua vez são propícias para tempestades.

Essas tempestades podem ter consequências sérias como alagamentos, quedas de árvores e quedas de energia temporárias.

Previsão até o dia 5

Olhar digital

Região Norte

Para essa região estão previstas pancadas de chuva, que podem ser acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. Praticamente em toda região, ela terá 50 milímetros, mas em especial nas áreas do Pará, Amazonas, sul de Roraima, Acre, Rondônia, Amapá e Tocantins, até o dia 5.

Para o centro-norte de Roraima não tem previsão de chuvas. E nas outras áreas, as pancadas isoladas não são descartadas.

Região Nordeste

A previsão é de chuvas intensas atingindo especialmente nas áreas do Maranhão e oeste do Piauí. Nas regiões do centro-sul do Piauí, oeste e sul da Bahia, o volume de chuvas pode passar dos 20 milímetros.

Região Centro-Oeste e Sudeste

Nessas regiões, até o dia cinco de fevereiro, a previsão é de chuvas fortes tendo um volume maior que 60 milímetros. Em Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e leste de São Paulo tem previsão de rajadas de vento, trovoadas e raios.

Nas outras áreas, a previsão é que tenham chuvas com menos volume. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a previsão é de pouca chuva.

Região Sul

Nessa região do país, a previsão é que no leste do Paraná e Santa Catarina tenham chuvas isoladas durante a semana, podendo ser maior do que 20 milímetros. Já no interior, a previsão é pouca chuva. E no sudoeste do Rio Grande do Sul não existe uma previsão para chuvas.

Temperatura

Agência Brasil

De acordo com o Programa Copernicus, da União Europeia, 2023 foi o ano mais quente da história. Ou pelo menos, o mais quente visto nos últimos 125 mil anos. Para se ter uma noção, a média dos 365 dias ficou 1,48°C acima dos níveis pré-industriais.

Além disso, em 2023 o mundo também passou, de maneira inédita, a marca preocupante dos 2°C no dia 18 de outubro. Como se isso já não fosse alarmante o suficiente, segundo vários cientistas, 2024 será ainda pior. A tendência é que esse ano a média de aquecimento anual deve passar de 1,5°C.

Mesmo que isso aconteça, é importante ressaltar que não quer dizer que o Acordo de Paris fracassou de vez. Isso porque a Organização Meteorológica Mundial (OMM) só considera recortes de 20 em 20 anos. Por isso que será preciso vários anos em sequência para que a marca negativa seja batida.

De acordo com os cientistas, o aquecimento acelerado que está sendo visto tem uma influência direta do El Niño. Isso porque ele muda a temperatura da água no oceano pacífico, o que tem um impacto no clima do mundo todo. Por isso que depois que esse fenômeno climático passar a tendência é que seja vista uma queda na temperatura.

Mesmo assim, essa queda deve ser pequena, já que as mudanças climáticas são um reflexo principalmente das emissões dos gases de efeito estufa. E mesmo que a ultrapassagem dos 1,5°C não dure muito tempo, os cientistas pontuam que 2024 servirá como uma espécie de previsão para o que a humanidade deve esperar no futuro.

As consequências que o aquecimento global pode causar no nosso planeta são diversas. Por isso que a Organização das Nações Unidas (ONU) e vários grupos de cientistas fizeram uma lista com um conglomerado de tópicos. São eles:

• Os ecossistemas estarem à beira de um colapso.
• Aquecimento da temperatura dos oceanos, prejudicando os recifes de corais. Consequentemente, milhões de criaturas ficarão sem habitat.
• Extinção de várias espécies, como por exemplo, peixes. Sem eles, as espécies que se alimentam deles irão morrer de fome.
• Derretimento das geleiras do Ártico e da Antártida.
• Elevação do nível do mar, o que pode desaparecer com cidades litorâneas e ilhas.
• As ondas podem ser de duas a três vezes maiores do que as vistas hoje nas regiões continentais.
• Com o aquecimento global atingindo 1,5°C ou 2°C, a probabilidade de secas extremas, falta de chuva e riscos relacionados com isso deve aumentar.

Fonte: UOL, Olhar digital

Imagens: Sábado, Olhar digital, Agência Brasil