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Nem iPhone, nem Galaxy. Esse foi o celular mais vendido da história

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O celular é um item indispensável hoje em dia. A vida das pessoas pode estar no aparelho e através dele elas são capazes de fazer praticamente tudo. Esse dispositivo já existe há algum tempo, mas claro que não com todos os recursos que se tem hoje. E por existir há um tempo, você já se perguntou qual é o celular mais vendido da história?

Provavelmente, as pessoas iriam dizer o iPhone, da Apple, ou o Galaxy, da Samsung, mas as duas respostas estão erradas. Incrivelmente, os celulares que estão no topo dos mais vendidos da história são o Nokia 1100 e Nokia 1110.

Mais vendido

Esse fato foi divulgado por Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, na rede social através de uma lista do site VisualCapitalist, baseada nos dados da Wikipedia, Yahoo Finance e Omdia.

Em 2021, o mundo chegou na marca de 7,1 bilhões de celulares, o que é mais de 90% da população do planeta. Dentre os mais vendidos da história, sete aparelhos são da Nokia, sete da Apple e um da Samsung.

O celular mais vendido da história, o Nokia 1100, teve mais de 250 milhões de exemplares vendidos durante seis anos antes de ser descontinuado em 2009. Esse dispositivo era vendido na mesma época que os primeiros smartphones, o Nokia E-series e o iPhone.

O segundo colocado, o Nokia 1110, vendeu 248 milhões de unidades. A partir do terceiro lugar é que o iPhone aparece. Em terceiro está o iPhone 6, com 222 milhões de unidades vendidas, levando em conta a versão normal e a Plus.

Celular

Boa forma

Conforme o celular foi ficando cada vez mais moderno e com mais funcionalidades, as pessoas começaram a ficar mais tempo olhando para sua tela. Isso é uma percepção até mesmo de quem inventou o primeiro celular há quase 50 anos.

Esse homem no caso é Martin Cooper, que também é conhecido como “Pai do Celular”. O engenheiro disse que o aparelho tem um potencial virtual ilimitado e que, talvez em algum momento, ele poderia ajudar até mesmo no combate contra determinadas doenças.

No entanto, ele pontua que atualmente as pessoas podem estar um pouco obcecadas nele. “Quando vejo alguém atravessando a rua olhando para o telefone, eu me sinto péssimo. Eles não estão pensando. Mas, depois que várias pessoas forem atropeladas, vão entender”, disse o engenheiro de 94 anos.

Mesmo que Cooper tenha essa visão, ele tem um Apple watch e o modelo mais recente do iPhone. O engenheiro troca de celular a cada novo modelo que é lançado, no entanto, ele reconhece que essa infinidade de aplicativos pode ser demais para ele entender o dispositivo por completo. “Nunca vou aprender a usar um telefone celular da mesma forma que meus netos e bisnetos”, afirmou.

Para Cooper, o celular é usado essencialmente para fazer ligações e é extremamente diferente do que o inventado no dia três de abril de 1973, que era um bloco pesado e cheio de fios e circuitos. Nessa época, o engenheiro trabalhava na Motorola, sendo líder de uma equipe de designers e engenheiros que estava tentando inventar a primeira tecnologia que fosse verdadeiramente móvel.

Para isso, a Motorola investiu milhões de dólares esperando conseguir derrotar a Bell System, que era uma empresa gigante e que dominava as telecomunicações dos EUA desde 1877.

Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, os engenheiros da empresa lançaram a ideia de um sistema de telefonia celular. E no fim da década de 1960 eles conseguiram colocar telefones nos carros. Mesmo assim, na visão de Cooper, isso não era uma mobilidade real. Então, no fim de 1972, ele decidiu criar um dispositivo que as pessoas conseguissem usar em qualquer lugar.

Com isso em mente, e com os recursos da Motorola, Cooper montou uma equipe com especialistas em semicondutores, transistores, filtros e antenas e trabalhou com eles durante três meses sem parar. Como resultado, no fim de março, eles apresentaram o modelo DynaTAC, nome que é um acrônimo para Cobertura Dinâmica e Adaptativa de Área Total.

“Esse telefone pesava mais de um quilo e tinha bateria para 25 minutos de conversação. Mas este último não foi um problema. O telefone era tão pesado que você não conseguia segurá-lo por mais de 25 minutos”, pontuou Cooper.

A primeira ligação feita por esse dispositivo não precisava ser longa, ela tinha apenas que ser bem sucedida. E para quem eles ligaram? Isso mesmo, para a Bell System. “Eu estava na Sexta Avenida [em Nova York] e me ocorreu ligar para meu concorrente na Bell System, o doutor Joel Engel. E eu disse: ‘Joel, aqui é Martin Cooper. Estou ligando de um celular de mão. Mas um celular de mão de verdade, pessoal, portátil, de mão’. Houve um silêncio do outro lado da linha. Acho que ele estava rangendo os dentes”, lembrou o engenheiro.

Os primeiros celulares não eram baratos. Para se ter uma ideia, eles custavam cinco mil dólares, cerca de 131 mil reais. Contudo, eles trouxeram benefícios para quem os usava, geralmente, pessoas no ramo imobiliário.

“Acontece que quem trabalha com imóveis, mostra casas, ou recebe novos clientes, pelo telefone. Agora, eles podiam fazer as duas coisas ao mesmo tempo, o que dobrou sua produtividade. O telefone celular se tornou uma extensão da pessoa, pode fazer tantas coisas”, disse Cooper.

“E estamos apenas no começo. Estamos apenas começando a entender o que ele pode fazer. No futuro, esperamos que o telefone celular revolucione a educação. Ele revolucionará a área médica. Sei que parece exagero, mas em uma, ou duas, gerações vamos vencer doenças”, continuou.

A visão dele é essa porque, da mesma maneira que o relógio dele monitora sua frequência cardíaca e o telefone controla os aparelhos auditivos, no futuro, os celulares irão estar conectados com vários sensores corporais que irão detectar doenças antes de elas se desenvolverem.

E desde a criação do seu “tijolo”, Cooper sabia que o dispositivo que ele criou iria mudar o mundo. “Sabíamos que um dia todos teriam celulares. Estamos quase lá. Há mais assinaturas de celular no mundo do que pessoas. Então, parte do nosso sonho se tornou realidade”, afirmou.

Contudo, as novas tecnologias também trazem seus desafios. “Quando surgiu a televisão, as pessoas ficavam hipnotizadas. Mas, de alguma maneira, (…) conseguimos entender que há uma qualidade associada a assistir televisão”, observou.

Na visão de Cooper, a sociedade está em uma fase de olhar para o celular sem pensar, contudo, ele acha que isso não vai durar. “Cada geração é mais inteligente do que a anterior. Eles aprenderão a usar o celular com mais eficiência. Mais cedo, ou mais tarde, os humanos vão descobrir isso”, concluiu.

Fonte: Olhar digital, Exame

Imagens: Instagram,Boa forma

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