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O que pensava e como era a vida da filha de Stálin, que fugiu para os EUA?

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Nasceu como Svetlana Iosifovna Stálin, depois passou para Svetlana Alliuyeva, e quando morreu, se chamava Lana Peters. Essa foi a caçula de três filhos de Josef Stálin, sendo inclusive a única mulher e herdeira de Stálin. Como todo mundo sabe, Stálin governou a União Soviética, em meados da década de 1920, até a sua morte, em 1953. Ele foi um político controverso, mas muito famoso na época.

Dos filhos, Svetlana sempre foi a preferida de Stálin. A sua vida sempre oscilou entre a obediência cega e a rebeldia desenfreada. O que lhe trouxe vários problemas durante a vida. A garota, contudo, virou notícia n mundo, quando se desertou para os Estados Unidos, e sofreu duras críticas por supostamente violar a memória de seu pai. O fato é que Svetlana foi uma mulher à frente do seu tempo, mas que ficou marcada na história, apenas como a filha de Stálin. “Ela esteve à sombra do nome do pai por toda a vida”, afirma Rosemary Sullivan, autora da biografia “A filha de Stálin: a extraordinária e tumultuada vida de Svetlana Alliuyeva” (em tradução livre).

A vida de Svetlana

Rosemary Sullivan pesquisou a fundo a vida de Svetlana, durante cerca de quatro anos. Ela visitou vários países, entrevistou dezenas de familiares, amigos e conhecidos da filha de Stálin. Se tornou, nesse processo, especialista na vida de Svetlana. Segundo relatou a pesquisadora, a filha de Stálin era, apesar de tudo e acima de tudo, uma lutadora.

“Era uma mulher com imaginação, apaixonada pela escrita, frustrada e prisioneira da proteção que era dada ao nome de seu pai. Mas nunca deixou de se rebelar contra isso. Sua determinação era impressionante”, contou Sullivan, em entrevista à BBC.

Svetlana era o orgulho do pai quando pequena, e não era para menos, afinal, ela se tornou uma “guerreira do comunismo”. Segundo a sua biografia, na adolescência, Svetlana se tornou mal humorada, ingênua e mimada, como todo adolescente. No entanto, essa ingenuidade não duraria muito, já que, aos 16 anos, ela descobriu como se deu a morte de sua mãe. Essa descoberta a fez criar um ódio profundo do pai, a quem ela reverenciava, até então.

Conhecendo o pai

Ainda na adolescência, para agravar, ela se apaixonou por Aleksei Kapler, um escritor judeu, bem mais velho do que ela. Pouco tempo depois, Kapler foi preso. Não demorou muito, para a jovem Svetlana juntar os pontos e entender que só seu pai poderia ter feito isso. Foi nessa época, que ela começou a se dar conta de quem era o seu pai. Segundo Sullivan, estourou-se a “bolha” das ilusões da filha sobre Stálin. “Meus olhos se abriram e não pude voltar à cegueira”, escreveu Svetlana, em 1981.

Já adulta, a filha de Stálin refletiu que o comunismo soviético exigia a censura de qualquer pensamento privado, por meio da hipnose de massas”. Ela chamava a ideologia de seu pai de “mentalidade dos escravos”.

Ainda segundo a autora do livro, quando Stálin morreu, Svetlana sentiu uma mistura contraditória de dor e alívio. “Eles sabiam que eu fui uma filha má e que meu pai foi um mau pai. Mas ele me amou de todas as formas, do mesmo jeito que eu o amei”, escreveu Svetlana.

Depois da morte do seu pai, Svetlana fugiu do regime soviético, rejeitou a política e passou a viver no anonimato. Ela foi proibida, pelo governo soviético, de falar em público sobre seu pai. Tudo o que estava relacionado ao nome de Stálin, era de propriedade do Estado, inclusive ela.

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