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O que são os Agroglifos? Entenda os misteriosos círculos nas plantações

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Quem já viu o filme “Sinais” deve saber o que são agroglifos. São marcas misteriosas que aparecem em plantações que são mais chamados de círculos nas plantações. Mesmo com evidências que provam o contrário, várias pessoas ainda acreditam que esses círculos foram feitos por alienígenas.

Esses círculos nas plantações voltam de tempos em tempos a mídia com os mais variados rumores. Por exemplo, em novembro do ano passado, apareceram agroglifos na cidade de Ipuaçu, em Santa Catarina. Claro que eles chamaram a atenção da população local e trouxeram várias especulações a respeito de alienígenas.

Essa discussão voltou à tona depois de um mês quando os últimos círculos apareceram e ficaram no solo mesmo depois que o trigo já tinha sido colhido. Dentre as especulações estavam OVNIs enviados pelo Pentágono, e qual seriam os protocolos caso acontecesse um encontro com extraterrestres. Mas na visão da ciência o que são esses círculos nas plantações?

Agroglifos

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Os relatos a respeito desses agroglifos não são uma coisa nova, e existe aqueles que acreditam que eles existem desde a Idade Média. O fato é que esses círculos ficaram famosos na década de 1980. Nessa época, surgiram vários agroglifos no Reino Unido e chamaram a atenção da população que criou as mais variadas teorias para sua origem.

Até 1991 o mistério continuou. Nesse ano, Doug Bower e Dave Chorley assumiram a autoria de mais de 200 agroglifos na década anterior. De acordo com a dupla de amigos, eles usaram usado tábuas amarradas em pedaços de corda e pisaram nelas para amassar a plantação nos lugares que eles queriam.

Mesmo assim, essa autoria é questionada pelas pessoas que acreditam que os círculos foram feitos por alienígenas. Até por conta da rudimentaridade da técnica e aparição dos círculos em outros países.

Contudo, um ano depois, um concurso de agroglifos foi realizado pelos jornais britânicos com apoio de uma revista científica alemã. Os resultados impressionaram e 11 dos 12 times inscritos foram capazes de reproduzir designs complexos com padrões nunca vistos antes na época.

Círculos no Brasil

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Com relação aos círculos vistos em Ipuaçu, em Santa Catarina, o servidor da Epagri/Ciram, Sydney Kavalco, disse que não existe uma certeza de como essa marca foi feita na propriedade. Mas ele afirmou que objetos simples podem amassar as plantas. “Existem equipamentos que podem amassar o trigo dessa forma. A grande questão é porque não deixa rastro, como é que entra na lavoura”, disse.

Segundo o professor Adolfo Stotz Neto, presidente do Grupo de Estudos de Astronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além dessas marcas serem feitas de uma maneira “bastante simples”, “as pegadas são facilmente desfeitas” por quem quer que seja que as fizeram, além é claro de as pessoas poderem andar pelas próprias riscas.

Por conta disso que Adolfo descarta a possibilidade de essas marcas terem sido feitas por seres extraterrestres, mesmo não excluindo a possibilidade de que eles existam.

“Uma corda comprida, uma tábua bem lisa e duas pessoas fazem aquilo. Um fica segurando na ponta da corda e outro caminha, fazendo o círculo do tamanho que quiser”, disse ele.

De acordo com o proprietário da plantação de Ipuaçu, Sérgio Girotto, 62 anos, essa não é a primeira vez que as marcas enigmáticas aparecem em seu terreno. Conforme lembra o agricultor, há sete anos aconteceu uma situação parecida em que uma imagem foi feita aproximadamente 200 metros de onde o desenho atual foi visto.

“Hoje, nos deparamos pela segunda vez na nossa propriedade. A gente estava tomando café e vimos esses negócios misteriosos que a gente não sabe explicar de onde vêm”, afirmou ele.

E os alienígenas?

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Por mais que seja dito que os agroglifos são feitos por humanos, isso não nega a existência de alienígenas, inteligentes ou não. Tanto que, o historiador Hernán Mostajo, diretor do Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência, disse que “existe a possibilidade de um universo cheio de outras vidas”.

Além disso, Mostajo ressaltou o potencial do telescópio James Webb em conseguir identificar planetas com condições aptas para o surgimento de vida.

Isso vai de encontro com o que o  astrônomo Adolfo Stotz Neto, da Universidade Federal de Santa Catarina, disse. Na visão dele, não faz sentido uma forma de vida andar mais de 50 trilhões de quilômetros para fazer círculos em plantações de trigo.

Fonte: Canaltech, G1

Imagens: Canaltech

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