Curiosidades

Ossada misteriosa encontrada no Ceará é um fóssil de 6 mil anos

0

Um fóssil nos ajuda a dar asas à imaginação quando se fala do passado. Além disso, é um recurso que pode transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida antigamente, ou sobre algum animal, em respostas científicas. Ele pode ser encontrado por meio de partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que foram deixadas em diferentes lugares do mundo.

Em alguns casos, como esse, o fóssil pode nem ser reconhecido logo de cara. Isso aconteceu com uma ossada de um animal encontrada no Ceará. Tanto que, representantes da Universidade Regional do Cariri estiveram em Poranga, no interior do Ceará, para conhecer e levar o fóssil para o laboratório de paleontologia da universidade.

A ossada descoberta seria a parte superior de um crânio. Ela estava com os bombeiros civis da cidade e por ninguém saber ao certo do que se tratava, ela intrigou todos os moradores da região.

Fóssil

G1

Segundo Álamo Saraiva, paleontólogo e coordenador do laboratório, o fóssil é de um animal pré-histórico que viveu no período quaternário, entre 600 mil e seis mil anos atrás. Esse período era caracterizado por ser de transformações, extinções de animais e começo da povoação humana no que hoje conhecemos como América do Sul.

Ainda de acordo com Álamo, o fóssil ainda não tinha sido encontrado no Ceará. Ele tem características de um Cuniculus rugiceps, um ancestral do que hoje seria uma paca, que é um mamífero e roedor noturno.

Esse animal tinha mais de 17 quilos e por conta das mudanças da Terra, ele foi evoluindo e ficando cada vez menor. Agora, novas pesquisas serão feitas para saber se ele realmente é um Cuniculus, quanto tempo essa espécie viveu e conseguir definir sua idade.

“Eu espero que esse aqui seja um dos muitos fósseis encontrados aqui para que Poranga possa pensar em ter um museu de arqueologia e paleontologia porque essa região é muito rica”, disse o paleontólogo.

Segundo a Universidade Regional do Cariri, as pesquisas irão continuar sendo feitas no lugar onde esse fóssil foi encontrado.

Descoberta

G1

A descoberta de um fóssil sempre é um acontecimento. Até porque, ela abre precedentes para mais estudos e mostra possibilidades de como determinada região do planeta era no passado. Justamente por isso que as pesquisas não param.

Como por exemplo, a de um grupo de pesquisa liderado pela Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, que descreveu algo intrigante. Eles falaram sobre uma espécie de dinossauro que viveu há cerca de 110 milhões de anos na Bacia do Araripe, região que fica entre o Ceará, Pernambuco e Piauí. Essa espécie foi batizada de Ubirajara jubatus. Seu destaque está na presença de duas estruturas rígidas feitas de queratina em cada lado de seus ombros.

De acordo com os estudiosos, as estruturas do animal não eram escamas, pelo ou penas. Essa espécie tinha um tipo de armação própria. Essa era utilizada para atrair seus parceiros ou assustar os inimigos.

Unirajara jubatus é o primeiro dinossauro não aviário a ser descrito na Formação Crato do Brasil. Além disso, é o primeiro não aviário encontrado no antigo supercontinente de Gondwana, com a pele preservada. Segundo o estudo publicado, esse é o animal mais antigo a ter um sistema tegumentar. Isso revolucionou o comportamento desses animais. Segundo Hector Rivera Sylva, do Museu do Deserto, no México, e autor do estudo, a descoberta é de grande importância para a paleontologia.

“O valor científico transcende, formando um divisor de águas, por ser a primeira evidência desse grupo de dinossauros não aviários na América Latina, bem como uma das poucas relatadas para o subcontinente de Gondwana, ampliando o conhecimento sobre os dinossauros de penas não aviários para a América, cujas evidências são muito escassas”, disse ele.

Embora os autores estivessem muito empolgados desde a descoberta, a divulgação dos detalhes gerou indignação entre estudiosos brasileiros. De acordo com eles, as investigações do fóssil da espécie, encontrado no Ceará e levado para a Europa, não teriam sido realizadas conforme a legislação do país.

Fonte: G1, G1

Imagens: G1, G1

Supremo do Peru autoriza eutanásia pela primeira vez no país

Artigo anterior

Mulher presa por fazer 150 exames de direção para outras pessoas

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido