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Fóssil de dinossauro de 192 milhões de anos é encontrado na China

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As descobertas referentes aos dinossauros, que habitaram a Terra há milhões de anos, não param de acontecer. Isso é um ponto positivo para a ciência, que tem chances ainda maiores de entender como esses animais viviam e como era o ambiente em que eles estavam inseridos. Tudo isso pode auxiliar na compreensão das espécies animais que se tem hoje e como a trajetória evolutiva aconteceu, desde os dinossauros até as galinhas, por exemplo.

Uma espécie recém-descoberta de dinossauro, cujo fóssil foi encontrado na província de Yunnan, no sudoeste da China, pode contribuir com os estudos já feitos até hoje sobre esses animais. A pesquisa sobre a nova espécie, batizada de Yuxisaurus kopchicki, deve ajudar paleontólogos a entenderem a evolução dos grupos de animais na região até o surgimento dos Estegossauros e Anquilossauros.

Yu Chen

Os Yuxisaurus kopchicki representam uma espécie antiga de Thyreophoras, que significa “portadores de escudo”, um grupo que compreende animais herbívoros possuidores de uma placa óssea parecida com uma armadura, que possibilita defesa. De acordo com o estudo que descreve o esqueleto, publicado no periódico científico eLife, o animal antecede outras espécies com armadura que viveram mais tarde em territórios que seriam a Alemanha e a Inglaterra, por exemplo.

“A armadura evidencia que se trata de um dinossauro muito similar aos Estegossauros e Anquilossauros, mas a sua idade mostra ser um membro primitivo, que não se encaixa nesses dois grupos, e provavelmente é um parente próximo do ancestral que originou ambos”, explicou Paul Barrett, pesquisador do Museu de História Natural da Inglaterra e colaborador do estudo, em nota.

Segundo a revista Galileu, a espécie foi descoberta em rochas que remontam ao começo do período Jurássico, entre 192 a 174 milhões de anos atrás, surpreendendo os cientistas. Isso coloca os animais bem perto do início da linha evolutiva do grupo e indica que eles podem ser uma das primeiras espécies de dinossauros das quais se tem conhecimento.

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Xi Yao

Embora o Y. kopchicki não seja o mais antigo dinossauro já encontrado desse tipo, ele pode ajudar a entender a evolução da espécie a partir das placas ósseas observadas em suas costas. Isso porque, segundo os pesquisadores, a criatura apresentava uma “armadura” mais achatada e distribuída de forma diferente das espécies mais recentes, o que sugere que os ancestrais evoluíram mais cedo do que o imaginado.

“O achado consiste em um esqueleto bastante completo, com pedaços do crânio, vértebras, partes dos membros (pernas e patas) e muitas partes da armadura do animal. É a amostra mais antiga e mais bem preservada de um dinossauro do tipo em toda a Ásia”, acrescentou Barett.

Os Thyreophoras

Se tratando de uma espécie evolutiva dos Yuxisaurus kopchicki, as informações sobre os Thyreophoras são mais amplas, já que os cientistas já tinham conhecimento de sua existência há mais tempo. Os Thyreophoras representam um grupo de dinossauros ornitísquios (ordem de dinossauros herbívoros, caracterizados pelo focinho em forma de bico e pela estrutura da pélvis que se assemelha à das aves).

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Esses animais possuíam uma armadura óssea na parte dorsal e superior do corpo, com chifres, espinhos ou espigões. Provavelmente, usavam estas defesas naturais para defender-se dos predadores, como o Tyrannosaurus e o Alosaurus. Apesar da aparência assustadora, esses animais eram pacatos herbívoros que andavam em rebanho. Apareceram na Terra durante o período Jurássico e evoluíram até o final do Cretáceo.

Thyreophora foi nomeada pela primeira vez por Franz Nopcsa em 1915. Por serem criaturas de construção pesada, a velocidade máxima desses dinossauros poderia estar entre 6 e 8 km/h. Para aqueles que conseguiam correr, os Thyreophoras se tornavam presas fáceis, o que explica a necessidade de uma armadura óssea nas costas, que dificultava que fossem mordidos.

Fonte: Aventuras na História

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