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Pedras rúnicas sugerem que o viking mais famoso era uma mulher

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Viking é um termo usado para se referir aos exploradores, guerreiros, comerciantes e piratas nórdicos, que invadiram, exploraram e colonizaram grandes áreas da Europa e das ilhas do Atlântico Norte. Os vikings eram famosos por construir casas e navios resistentes o bastante para viajar até o oriente, como Rússia, até o extremo ocidente, como Islândia e Groenlândia. A era Viking fez parte da história medieval da Escandinávia, Grã-Bretanha, Irlanda e boa parte da Europa.

O líder mais famoso dos vikings foi Harald Bluetooth. Ele é celebrado por ter unificado o povo da Dinamarca em seu reinado, que foi de 958 a 985 d.C. No entanto, um outro monarca elogiado veio antes dele. E pelo que as pedras rúnicas vikings indicam, era a mãe de Harald: Thyra.

De acordo com uma análise feita de dois grupos de pedras rúnicas dedicadas à primeira rainha conhecida da Dinamarca, parece que Thyra foi ainda mais amada pelo povo do que seu filho ou seu marido, Gorm, o Velho.

Rainha viking

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A expansão das fortificações de Danevirke, que foi o que impediu a invasão alemã, foi atribuída ao governo de Thyra pelos estudiosos da época. No entanto, além disso, a história é misteriosa. Até porque não é claro quem eram os membros da sua família, de onde eles vieram ou como foi o reinado dela como rainha.

O papel dela historicamente na história viking foi como o de uma simples figura secundária. Contudo, alguns cientistas mudaram esse pensamento e acreditam que isso está bem longe de ser a verdade.

“A menção de Thyra em nada menos que quatro pedras rúnicas é incomparável na Dinamarca da Era Viking. A combinação das análises atuais e a distribuição geográfica das pedras rúnicas indica que Thyra foi uma das figuras-chave – ou mesmo a figura-chave – para a montagem do reino dinamarquês, no qual ela própria pode ter desempenhado um papel ativo”, escreveram os pesquisadores do Museu Nacional da Dinamarca, do Conselho do Patrimônio Nacional Sueco e do Conselho Administrativo do Condado da Suécia Ocidental.

Em um grupo de pedras encontradas em Jelling, onde era a sede real da monarquia viking, Thyra era comemorada como “a força/salvação da Dinamarca”. Além desse, um outro grupo de pedras, conhecido como Pedras Ravnunge-Tue, também faz menção a uma pessoa chamada Thyra, referindo-se a ela com um termo que pode ser “senhora” ou “rainha”.

Por conta disso, os pesquisadores suspeitam que essa Thyra seja a mesma pessoa. Até porque, eles encontraram uma relação entre essas pedras. De acordo com análises das técnicas de escultura, das runas e varreduras 3D, uma pedra em cada lugar foi esculpida por Ravnunge-Tue, um famoso escultor da época.

Observações

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Conforme a tradição, as pedras rúnicas eram pintadas em cores vivas e colocadas em lugares centrais, como por exemplo túmulos, encruzilhadas ou cemitérios. Além disso, elas eram feitas para parecer que pertenciam a determinado local. E geralmente só uma pedra era erguida para celebrar uma pessoa que, na maior parte dos casos, era alguém do sexo masculino.

Tanto é que menos de 10 pedras rúnicas encontradas até hoje homenageiam mulheres. Dessas, quatro são dedicadas a Thyra.

“Se aceitarmos que as pedras rúnicas eram manifestações graníticas de status, linhagem e poder, podemos sugerir que Thyra era de fato de descendência real, da Jutlândia. Essas honras apontam para uma mulher poderosa que detinha status, terras e autoridade por direito próprio”, escreveram os pesquisadores.

Essas descobertas mostram que os pesquisadores têm que fazer uma nova análise de um túmulo vazio perto das pedras rúnicas Jelling de Thyra. O acreditado é que o túmulo tenha sido de Gorm, mas na realidade ele pode ser o lugar onde a primeira rainha da Dinamarca descansou.

Fonte: Science alert

Imagens: Science alert

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