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Viaduto incrível mostra como seria voar por Marte

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Marte é um dos planetas mais explorados em nosso sistema solar, sendo o único a receber robôs da NASA com o objetivo de aprimorar a análise de campo. O quarto planeta do nosso sistema solar é, depois da Terra, o mais popular. Além disso, o sonho de colonizá-lo é alimentado quase que desde quando sua exploração começou.

Dentre todos os sonhos envolvendo o Planeta Vermlho, voar nele com certeza é um dos mais sonhados. Nesse ponto, a espaçonave Mars Express faz o mapeamento de Marte há anos e agora deu a visão mais próxima via uma animação feita com milhares de imagens do planeta que foram capturadas por suas câmeras.

E um dos locais mais impressionantes do planeta é o chamado Noctis Labyrinthus, latim para “Labirinto da Noite”. Ele fica entre os Valles Marineris de Marte e os gigantescos vulcões do Bulge Tharsis.

Voo

O local é um sistema de vales de quase 1.200 quilômetros. E para ter o resultado como seria um voo por esse local, os cientistas combinaram as imagens obtidas pelo Mars Express da ESA.

Esse voo sobre o Noctis Labyrinthus é uma verdadeira viagem no tempo. Isso porque nele, os planaltos mais altos representam o nível da superfície original. Ou seja, é possível imaginar como era antes de toda a atividade tectônica e antes dos pedaços da superfície caírem.

E mesmo que no vídeo os vales e desfiladeiros, criados pelas tensões vulcânicas, pareçam pequenos, na realidade ele tem até 30 quilômetros de largura e seis de profundidade.

Além deles, outras encostas e vales têm grandes campos de dunas que se formaram quando os ventos marcianos sopraram areia através da superfície. Em outras palavras, o viaduto dá uma ideia do que aconteceu em milhões de anos de história geológica.

Viaduto em Marte

Science alert

Por mais que o vídeo pareça uma coisa única, ele é composto por várias imagens individuais. Ao todo, foram mais de oito órbitas que o Mars Express deu em Marte. E além das imagens, os pesquisadores as combinaram com informações topográficas de um modelo digital do terreno.

Isso fez com que ficasse mais fácil para a equipe de visualização gerar uma paisagem tridimensional. Nela, cada segundo do vídeo tem 50 quadros que foram separados e renderizados conforme um caminho de câmera pré-definido.

O vídeo não mostra somente a história antiga do terreno de Marte, como também um pouco da história do Mars Express.

Colônia

Olhar digital

Além de voar, os humanos também sonham em colonizar Marte. Então quantas pessoas uma possível colônia no Planeta Vermelho teria? Segundo um estudo recente, o número pode ser menor do que o visto na ficção. De acordo com ele, seria preciso aproximadamente 22 astronautas para que uma colônia fosse construída e mantida em Marte.

O número parece baixo, mas na visão dos pesquisadores, ele seria o suficiente para sustentar um habitat. O choque com esse número relativamente pequeno vem porque os estudos anteriores sugeriam que seria preciso, pelo menos, 100 pessoas para que esse feito acontecesse.

Claro que a vida em Marte ainda é uma coisa distante da realidade, mas isso não impede que algumas previsões sejam feitas. Tanto é que uma análise preliminar feita pelos cientistas da Universidade George Mason, nos EUA, foi feita, mas ainda não foi revisada por pares.

Em sua análise, os cientistas usaram estudos anteriores que falavam que seria necessário entre 100 e 500 pessoas para formar uma colônia autossustentável em Marte. Além disso, eles levaram em consideração o comportamento psicológico e social humano, e a continuidade das interações entre as pessoas para calcularem uma nova estimativa.

Durante 28 anos, os cientistas fizeram cinco modelos de simulação diferentes analisando diferentes cenários de colônias com uma quantidade de pessoas variando entre 10 e 170 pessoas.

Essa técnica é conhecida como modelagem de sistemas baseada em agentes. Os astronautas dessa simulação tinham perfis e características variadas, com diferenças nas habilidades, resiliência, metabolismo e níveis de estresse.

Nas simulações, os colonos podiam interagir entre eles, produzir ou consumir recursos, terem problemas de saúde, serem removidos da simulação se não tivessem recursos suficientes e até morrer. Com isso foi visto que com, pelo menos, 22 pessoas já seria o suficiente para que uma colônia fosse construída e sustentada em Marte.

“Queríamos mostrar que, se negligenciarmos os aspectos sociais, comportamentais e psicológicos das explorações espaciais, podemos errar grosseiramente em nossas estimativas, previsões e projeções”, disse Anamaria Berea, professora de ciências computacionais e de dados da George Mason University, coautora do estudo.

Além disso, a natureza inóspita de Marte deve ser levada em consideração. Até porque, conforme apontam os cientistas, isso faz com que qualquer habitat que seja construído lá deva ser autossustentável.

Fonte: Science alert,  Gizmodo

Imagens: YouTube, Science alert, Olhar digital

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