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Pegadas podem ser evidência mais antiga de dinossauro em São Paulo

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O conhecimento humano se dá devido a uma das principais características que diferenciam os humanos dos outros animais, a inteligência. Ela é a responsável pelo que somos e sabemos. E como nossa história é feita por “buracos”, que são os trechos que não conhecemos, as descobertas arqueológicas vêm para tentar preenchê-los, como por exemplo, as pegadas antigas encontradas.

Todos sabemos que os dinossauros caminharam pela Terra há milhões de anos atrás. No entanto, a maioria das pessoas não relaciona essas criaturas ao nosso país. Talvez isso aconteça pela falta de evidências de que eles estiveram por aqui.

Contudo, essa percepção mudará com essa nova descoberta. Dinossauros de seis metros e com até 10 quilos tremiam o chão quando andavam pelo terreno arenoso e úmido que 150 milhões de anos depois se transformaria na atual região entre Rio Claro e Piracicaba, no interior paulista.

Pegadas

Estadão

Os pisões desses animais deixaram seu impacto e deformaram a estrutura das camadas de sedimentos que formavam o solo. Como resultado, eles deixaram marcas, no caso pegadas, que a deposição de novos sedimentos e o tempo conseguiram preservar.

As pegadas foram descobertas pelo geólogo Lucas Verissimo Warren, professor do Instituto de Geociências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro. Depois de descobri-las, ele as estudou junto com uma equipe de paleontólogos.

Como resultado desse estudo, eles viram que essas pegadas podem ser a evidência mais antiga da presença de dinossauros em território paulista. Na época em que essas pegadas foram feitas, a região do interior de São Paulo era um deserto com várias dunas e lagoas formadas pelas chuvas. Uma paisagem bem parecida com os Lençóis Maranhenses, no nordeste.

Descoberta

UOL

De acordo com o estudo, grupos de dinossauros caminhavam por essa paisagem e deixavam seus passos na argila que era formada pela deposição de sedimentos entre as dunas.

Conforme Lucas explica, as pegadas desses dinossauros chegaram até os dias de hoje através de um fenômeno conhecido como dinoturbação, ou seja, os distúrbios nas camadas sedimentares causados pelo pisoteamento do solo por dinossauros.

“Não foram uma ou duas, achamos cerca de 50 pegadas de dimensões variáveis, o que pode indicar que manadas de dinossauros adultos e filhotes vagavam por essa região, deixando pegadas como testemunhos”, disse Warren.

Evidências

CBC

Cada nova descoberta feita dá aos pesquisadores uma nova perspectiva sobre alguns capítulos que passaram, além de uma nova compreensão sobre a humanidade. Às vezes, essas descobertas são feitas ao acaso.

Como por exemplo, essa menina de quatro anos, que surpreendeu os paleontologistas ao encontrar uma pegada de dinossauro perfeitamente preservada datando de 200 milhões de anos.

A menina, chamada Lily Wilder, descobriu essa pegada em janeiro do ano passado, enquanto caminhava em uma praia de South Wales, com seu cachorro. A família da menina estava indo ao supermercado, quando Lily viu a pegada impressa em uma pedra.

“Estava em uma pedra baixa, na altura dos ombros de Lily, e ela apenas o viu e disse, ‘olha, papai’. Ela está muito animada, mas não consegue entender como é incrível isto”, disse Sally Wilder, mãe de Lily.

A princípio, a família pensou que a impressão da pegada, que tem mais de 10 centímetros de comprimento, tivesse sido feito na pedra por algum artista. Contudo, a mãe de Lily sabia que pegadas parecidas  tinham sido encontradas anteriormente ao longo daquela região da costa. Por conta disso, ela postou a descoberta nas redes sociais.
Os especialistas acreditam que a pegada encontrada foi, provavelmente, deixada por algum dinossauro com aproximadamente 75 centímetros de altura e 2,5 metros de comprimento. Esse dinossauro andava sobre suas duas patas traseiras. Entretanto, é impossível identificar com certeza qual era o tipo de dinossauro que deixou essa marca, embora os pesquisadores geralmente classifiquem a impressão como um Grallator.

Fonte: R7, CBC

Imagens: Estadão, UOL, CBC

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