Curiosidades

Peixe pré-histórico gigante, considerado fóssil vivo, é descoberto

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Em 1859, Charles Darwin criou o termo “fóssil vivo” para descrever organismos vivos que pareciam inalterados desde os seus parentes, os fósseis extintos. Desde então esse termo é usado para descrever linhagens duradouras, populações antigas, grupos com baixa diversidade e grupos com DNA que quase não se alterou em milhões de anos.

No nosso planeta existem vários exemplos de fósseis vivos. Um deles é esse peixe conhecido como celacanto gigante. Esse animal já foi considerado extinto no começo do século XX, mas agora ele surpreendeu os cientistas. Isso porque os pesquisadores descobriram que essa espécie ainda tem indivíduos vivos.

Esses verdadeiros fósseis vivos estão nadando nas profundezas do oceano e podem chegar a viver até um século, o que é cinco vezes mais do que a expectativa de vida que se tinha deles. O peixe foi chamado de fóssil vivo e é extremamente raro. Seu habitat são as profundezas entre 100 e 500 metros e ele pode chegar a pesar até 90 quilos.

Descoberta

Biólogo

Seu nome científico é Latimeria chalumna, e esse celacanto estava considerado extinto até que um indivíduo da espécie apareceu em uma rede de pesca na África do Sul, em 1938. Além dessa vez, o peixe também foi visto na costa de Madagascar por caçadores de tubarões sul-africanos.

Durante muito tempo, o que os cientistas acreditavam era que esse peixe tinha uma expectativa de vida de 20 anos. Contudo, o novo estudo mostra que as fêmeas da espécie chegam à sua maturidade sexual depois dos 50 anos, e os machos entre 40 e 69 anos. Outra descoberta foi o tempo de gravidez desses celacantos: ela é de aproximadamente cinco anos.

Por ser um animal que vive nas profundezas do oceano, eles têm características que são vistas nos animais que compartilham desse habitat, como por exemplo, um metabolismo lento e uma fecundidade baixa. Outro ponto desse fóssil vivo é que ele demora para envelhecer e para se reproduzir.

Agora que os cientistas sabem que esse peixe está realmente vivo, os próximos passos são análises das escamas do celacanto para tentar descobrir se sua taxa de crescimento tem relação com a temperatura. De acordo com o The Guardian, objetivo deles é conseguir mostrar os efeitos da mudança climática nessa espécie que já é bem vulnerável.

“Nossos resultados sugerem que ele pode estar ainda mais ameaçado do que o esperado devido à sua história de vida peculiar. Essas novas informações sobre a biologia e a história de vida dos celacantos são essenciais para a conservação e o manejo dessa espécie”, ressaltou Kélig Mahé, da Unidade de Pesquisa Pesqueira de Bolonha do Mar, na França, um dos autores do estudo.

Fósseis vivos

Galileu

Dentre todos os habitats do nosso planeta, as profundezas dos oceanos são um bom lugar para existir esses fósseis vivos, sendo eles entre duas a quatro vezes mais distintos evolutivamente do que os animais terrestres. Assim como esse celacanto foi descoberto, outros animais marinhos também são considerados um fóssil vivo.

Exemplo disso é o caranguejo-ferradura. Esses animais apareceram pela primeira vez há, pelo menos, 480 milhões de anos durante o Período Ordoviciano. E desde então, eles não parecem ter mudado muito. Hoje em dia existem quatro espécies vivas desses fósseis vivos. Todas elas são da família Limulidae, e encontradas nas águas da Ásia e da América do Norte. Um fato curioso sobre eles é que eles têm sangue azul por conta do alto teor de cobre.

Outro fóssil vivo é o tubarão-elefante, que também é conhecido como tubarão-fantasma australiano. Contudo, curiosamente, ele não é de fato um tubarão. Na realidade, esse animal é um tipo de peixe cartilaginoso conhecido como “quimera” e pertence a uma subclasse chamada Holocephali. Essa linhagem se separou dos tubarões há mais de 450 milhões de anos.

Segundo a análise feita do genoma desse animal, foi visto que ele tem o genoma de evolução mais lenta dentre todos os vertebrados. O DNA do tubarão-elefante é quase inalterado no decorrer de centenas de milhares de anos.

Além dele, o nautilus é um tipo de molusco cefalópode marinho, ou seja, está relacionado com a lula e o polvo. Contudo, ao contrário dos outros cefalópodes, ele fica dentro de uma casca lisa e dura. O que se sabe sobre esse animal que vive em alto-mar e em torno de recifes de coral no Oceano Indo-Pacífico é que eles são membros da família Nautilidae e existem desde o final do Triássico. Justamente por isso eles são considerados fósseis vivos, porque parecem ter ficado relativamente inalterados por mais de 200 milhões de anos.

Fonte: Um só planeta, Galileu

Imagens: Biólogo,Galileu

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